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Greve dos caminhoneiros 2021: entenda a situação

Para esta segunda-feira (01/02), promete-se o início da greve dos caminhoneiros 2021, por tempo indeterminado.

Diferente de 2018 quando houve uma paralisação com grande adesão desses profissionais, este ano a categoria encontrou resistência de algumas entidades. Elas acreditam que não é o momento adequado para uma paralisação.

Por conta disso, o tamanho e a adesão de caminhoneiros à mobilização está incerto.

E isso se reflete nas movimentações nas estradas. Segundo o portal Canal Rural, um boletim divulgado hoje às 7h pelo Ministério da Infraestrutura e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que todas as rodovias federais tinham fluxo livre, sem pontos de retenção.

Porém, no mesmo horário, caminhoneiros interditavam duas faixas da Rodovia Castello Branco, na altura de Barueri (SP), no sentido Capital. A pauta era diferente daquela apresentada pelas entidades que convocaram a greve.

Quem participa e quem não participa

À frente da convocação, estão A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística), a ANTB (Associação Nacional de Transporte no Brasil), e o CNTRC (Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas).

No entanto, outras entidades (inclusive algumas que participaram da greve de 2018) são contra a paralisação. É o caso da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) e da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos).

Reivindicações da greve

Os caminhoneiros reclamam da alta do preço de combustíveis e são contra a política da Petrobrás, baseada na paridade com os preços internacionais.

Outros pontos levantados são os baixos preços dos fretes e o descumprimento da lei que prevê o piso mínimo de fretes. A constitucionalidade dessa medida deve ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal.

Além disso, os motoristas também pedem mudanças na BR do Mar. Esse marco regulatório do transporte marítimo incentiva a navegação por cabotagem (entre os portos do país) e melhores condições de trabalho, incluindo alterações nas regras de jornada e aposentadoria especial.

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Entidades divididas

Pelo relato acima, percebemos que a greve não é consenso entre os caminhoneiros e que as entidades se encontram divididas.

Não se sabe ainda qual será o tamanho do apoio à greve. A categoria é muito pulverizada, com diversas lideranças e entidades representantes.

Em reportagem do UOL, cita-se trechos de notas divulgadas pelas entidades explicando os motivos da falta de adesão.

Algumas delas se colocam contra a paralisação publicamente. Por exemplo: a CNT (Confederação Nacional do Transporte), representante de empresas do setor, afirmou na quinta-feira (28/01) que não apoia nenhum tipo de paralisação.

Uma nota assinada pelo presidente da CNT, Vander Costa, afirma: “se houver algum movimento dessa natureza, as transportadoras garantem o abastecimento do país, desde que seja garantida a segurança nas rodovias“.

Outra entidade que não irá participar do movimento este ano é a Abrava. O presidente da associação, Wallace Landim, afirmou em nota que os caminhoneiros estão sendo usados politicamente.

“A Abrava não participará da paralisação do dia 1º de fevereiro por entender que estão tentando utilizar a categoria dos caminhoneiros como massa de manobra e perdendo o objetivo de luta de direitos da categorias”, disse.

Vale lembrar que tanto a CNT quanto a Abrava participaram da greve em 2018. E, apesar da não adesão de alguns grupos, quase todos possuem as mesmas pautas de reivindicações.

Proibição sobre interdições

Há também alguns impasses legais quanto à paralização nas estradas.

No final de semana, uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) proibiu qualquer paralisação na Rodovia Presidente Dutra.

Em outra decisão sobre a Rodovia Regis Bittencourt, foram proibidos bloqueios entre os KM 268 (Taboão da Serra) e KM 569 (divisa com o Paraná). Decisões similares também foram concedidas em outros estados, inclusive pela Justiça Federal.

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