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A greve dos petroleiros completou dez dias na última segunda-feira (10) com adesões em 13 estados. Segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros), cerca de 20 mil trabalhadores estão mobilizados em 40 plataformas, 11 refinarias e outras 20 unidades operacionais da estatal. Quatro sindicalistas ocupam uma sala na sede da empresa desde o dia 31 de janeiro.
A greve foi iniciada em protesto contra demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), previstas para terem início na próxima sexta-feira (14). Além disso, os trabalhadores também se colocam contra a privatização de unidades da empresa, principalmente as refinarias, e pedem pelo cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho. Eles reclamam de mudanças feitas pela área de recursos humanos da companhia em relação ao sistema de turnos e o pagamento de horas extras, entre outros.
Na semana passada, o ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Ives Gandra autorizou a Petrobras a contratar temporários para manter a operação das unidades, por considerar o movimento abusivo. No pedido, a empresa informa que a refinaria de Paulínia (SP), a maior to país, tinha apenas 23% do pessoal necessário.
Na sexta-feira (7), a Petrobras anunciou o início do processo de contratação emergencial. A companhia não informou ainda quantos serão chamados e qual será o custo. De acordo com os petroleiros, a Petrobras vem procurando aposentados para essas vagas temporárias — o sindicato, por sua vez, desaconselha esses profissionais a aceitarem.
Embates na justiça
No início desta semana, a federação foi à Justiça contra a autorização para a contratação de temporários devido à greve dos petroleiros. Também pediram que Gandra suspenda o bloqueio nas contas dos sindicatos estabelecido na semana anterior, por descumprimento de ordem para manter em atividade 90% do pessoal de cada unidade.
Do outro lado, a FUP questiona a Petrobras sobre como manter esse contingente e alega que a empresa não dá resposta. A federação também afirma que não há riscos de deterioração de bens e máquinas durante a paralisação, pois há equipes de empregados cuidando dos ativos.
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A greve em cada estado*:
Amazonas
Terminal de Coari (TACoari)
Refinaria de Manaus (Reman)
Ceará
Plataformas – 09
Terminal de Mucuripe
Temelétrica TermoCeará
Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor)
Pernambuco
Refinaria Abreu e Lima (Rnest)
Terminal Aquaviário de Suape
Bahia
UO-BA – 07 áreas de produção terrestre
Refinaria Landulpho Alves (Rlam)
Terminal Madre de Deus
Usina de Biocombustíveis de Candeias (PBIO)
Espírito Santo
Plataforma P-58
Terminal Aquaviário de Barra do Riacho (TABR)
Terminal Aquaviário de Vitória (TEVIT)
Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC)
Sede administrativa da Base 61
Minas Gerais
Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité)
Refinaria Gabriel Passos (Regap)
Rio de Janeiro
Plataformas (34) – PCH1, PCH2, PNA2, P07, P09, P12, P15, P18, P19, P20, P26, P31, P32, P35, P37, P43, P47, P48, P50, P51, P52, P53, P55, P56, P61, P62, P63, FPSO Capixaba, FPSO Cidade de Vitória, P56, P58, P74, P76, P77
Terminal de Cabiúnas, em Macaé (UTGCAB)
Terminal de Campos Elíseos (Tecam)
Termelétrica Governador Leonel Brizola (UTE-GLB)
Refinaria Duque de Caxias (Reduc)
Terminal Aquaviário da Bahia da Guanabara (TABG)
Terminal da Bahia de Ilha Grande (TEBIG)
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)
São Paulo
Terminal de São Caetano do Sul
Terminal de Guararema
Terminal de Barueri
Refinaria de Paulínia (Replan)
Refinaria de Capuava, em Mauá (Recap)
Refinaria Henrique Lages, em São José dos Campos (Revap)
Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (RPBC)
Plataformas (04) – Mexilhão, P-66, P-67 e P-69
Terminal de Alemoa
Terminal de São Sebastiao
Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA)
Termelétria Cubatão (UTE Euzébio Rocha)
Torre Valongo – base administrativa da Petrobras em Santos
Mato Grosso do Sul
Termelétrica de Três Lagoas (UTE Luiz Carlos Prestes)
Paraná
Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar)
Unidade de Industrialização do Xisto (SIX)
Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FafenPR/Ansa)
Terminal de Paranaguá (Tepar)
Santa Catarina
Terminal de Biguaçu (TEGUAÇU)
Terminal Terrestre de Itajaí (TEJAÍ)
Terminal de Guaramirim (Temirim)
Terminal de São Francisco do Sul (Tefran)
Base administrativa de Joinville (Ediville)
Rio Grande do Sul
Refinaria Alberto Pasqualini (Refap)
Rio Grande do Norte
Polo de Guamaré, Base 34 e Alto do Rodrigues – mobilizações parciais
*Informações da FUP
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