Durante a quarentena, muitos setores e atividades econômicas precisaram se readequar.
A Cobli usou dados de rastreamento e monitoramento inteligente de frotas para analisar o impacto das medidas preventivas contra a covid-19 na circulação dos times de campo de pequenas e médias empresas de todo o Brasil.
A análise leva em consideração o total de quilômetros rodados pelas frotas a partir do dia 23 de março — quando as medidas de restrição comercial começaram a entrar em vigor.
A análise é feita a partir da variação semanal no total de quilômetros rodados, comparando sempre com a semana anterior à quarentena (de 16 a 22 de março).
Além disso, apenas segmentos com 10 ou mais empresas foram considerados.
É possível observar um impacto severo na circulação dessas frotas nas primeiras semanas, seguido de um aumento gradual.
Na primeira semana, as empresas chegaram a reduzir 28% na circulação. Nas semanas mais recentes, essa redução se estabilizou por volta de 10%.
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Os setores mais e menos impactados
As restrições comerciais impostas em algumas regiões impactaram alguns setores de forma mais bruta.
Por esta tabela, vemos como os principais segmentos da economia (de acordo com a classificação CNAE, Classificação Nacional de Atividades Econômicas) foram afetados:

Um fato interessante é o aumento expressivo de setores como o de serviços para edifícios, puxado principalmente por serviços relacionados à limpeza.
Como era esperado, também houve um aumento na operação de empresas da área da saúde e assistência psicossocial.
Outro tipo de frota que teve aumento de circulação foi a de empresas relacionadas à fabricação de bebidas. Por outro lado, houve uma queda no segmento de alimentação.
Os setores que mais sofreram o impacto até o momento foram educação e a área de fabricação e manutenção de móveis, maquinas e equipamentos.
“Um dos grandes problemas que começa a aparecer são os efeitos secundários do impacto. A queda da quilometragem rodada já está influenciando o consumo de combustível e a manutenção, por exemplo”, diz Rodrigo Mourad, diretor executivo da Cobli.
Segundo ele, esse movimento atinge setores como petróleo e autopeças e, assim, o efeito se estende.
“O petróleo, por exemplo, já está no menor preço desde 2002. Esse efeito em cadeia também irá acontecer na retomada, tornando o processo de recuperação mais lento para algumas indústrias”, continua Mourad.
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