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Um dos itens mais utilizados pelos motoristas no dia a dia, a transmissão automática é uma peça muito importante em qualquer veículo.
Não é à toa: ela é a peça que indica para o motor e para as rodas a força e a velocidade que o carro precisa para andar a qualquer momento, superando valetas, lombadas ou acelerando quando necessário.
Nos últimos anos, um sistema de transmissão tem se popularizado no veículos no Brasil: a transmissão automática.
Ela traz inúmeras vantagens aos motoristas, como a necessidade de não trocar a embreagem a todo momento e um nível maior de segurança.
Por outro lado, é um sistema que precisa de muita adaptação dos motoristas, muitas vezes acostumados com o sistema de transmissão manual.
Neste texto, vamos explicar o que é a transmissão automática, por que ela importa e que vantagens traz para quem dirige.
Também vamos explicar seu funcionamento em diferentes veículos e como se podem identificar problemas na transmissão automática. Vamos lá?
Índice:
O que é transmissão?
Antes de entender o que é a transmissão automática, é importante dar um passo atrás e entender o que é a transmissão e qual sua função em um veículo.
É um sistema dos mais importantes: ela é a responsável por transferir a força produzida pelo motor (o torque) às rodas do veículo, que vão levá-lo para a frente ou para trás.
Sim, isso mesmo: a maioria dos carros hoje utiliza pelo menos três ou quatro marchas (isto é, um sistema de engrenagens com combinações de força e velocidade diferentes) para a frente e uma marcha-ré, que coloca o carro para trás.
Não é só uma questão de conforto, mas também de desempenho: com o uso da marcha correta, o veículo pode ser mais eficiente ao utilizar a força que vem do motor.
Quer entender como isso funciona? É só pensar em quem tenta acelerar o carro com a primeira marcha engatada – ou precisa subir uma ladeira com a quarta marcha engatada.
Lembrou como é? Pois bem, agora você entende a importância da transmissão.
Vale lembrar ainda que em outros veículos, como caminhões e carros off-road, a quantidade de marchas é bem maior, podendo a chegar a 18 ou até mesmo 36 marchas.
O que é a transmissão automática?
A maioria dos veículos hoje no Brasil utiliza um sistema de transmissão manual: um conjunto de engrenagens capaz de regular o torque aplicado às rodas.
Cada vez que uma marcha é trocada, o veículo troca também a engrenagem que está sendo utilizada – algo que é simples de se visualizar, por exemplo, numa bicicleta.
Na magrela, quando o cicilista troca a marcha, ele está justamente alterando os discos utilizados pela corrente para impulsionar o veículo pela frente.
No entanto, usar um sistema de transmissão manual pode não ser a tarefa mais cômoda – para quem dirige bastante, utilizar a embreagem constantemente pode ser um problema sério.
Além disso, a distração do motorista ao não trocar uma marcha quando necessário também pode afetar bastante a eficiência do veículo e até mesmo comprometer sua segurança, dependendo da situação.
Foi por isso que foi criada a transmissão automática, um componente que hoje combina sistemas hidráulicos, elétricos, mecânicos e até mesmo computadorizados para administrar melhor essa relação entre o motor e as rodas.
São sistemas que funcionam não só em automóveis, mas também existem transmissões automáticas para caminhão e para motos – levando em conta, claro, as particularidades de força e velocidade desses dois veículos.
Qual é a diferença da transmissão automática para a manual?
Hoje, existem diversos tipos de transmissão automática (e falaremos mais deles adiante), mas basicamente existe uma grande diferença da transmissão automática para a manual.
Se no primeiro caso há várias engrenagens, mas só uma delas está “ligada” de cada vez, na transmissão automática todas as engrenagens estão ligadas ao mesmo tempo.
É um sistema chamado de engrenagens planetárias, cuja variação está na força e na intensidade com que cada engrenagem é ativada na hora da direção.
Além disso, o sistema tem uma série de controles que relacionam automaticamente a velocidade do veículo com a marcha correta – daí o nome transmissão automática.
Isso faz com que as marchas também mudem dentro de um sistema de transmissão automática. Vamos a elas.

Quais são as principais marchas da transmissão automática? E qual sua função?
Apesar da transmissão automática ter o poder de trocar de marcha, há situações especiais na condução de um veículo que a maioria dos sistemas não é capaz de prever.
É o que acontece quando o veículo precisa ser parado ou entra em marcha-ré, por exemplo.
Por conta disso, o sistema de transmissão automática também tem diversas marchas que podem ser selecionadas pelo motorista no câmbio. As principais delas, em carros, são as seguintes:
- Park (P): serve para quando o veículo está parado (park significa estacionar, em inglês); a posição tem ainda a vantagem de travar os eixos do veículo para evitar que ele se movimente.
- Neutro (N): aqui, o veículo pode ser movimentado mas o motor está desligado; útil para garagens e oficinas.
- 1 ou Low (L): é a famosa primeira marcha, utilizada para dar a partida no veículo e em trechos em que força é necessária.
- 2: a segunda marcha, com um pouco menos de força e um pouco mais de velocidade disponível para as rodas
- Drive (D): aqui é onde o sistema de transmissão automática começa a funcionar, a partir da terceira marcha, regulando a engrenagem a partir da velocidade do veículo
- Rear (R): é a famosa marcha-ré.
Quais são os tipos de transmissão automática?
De forma simples, a convenção da indústria automotiva é que existem quatro tipos diferentes de transmissão automática. Acima, nós explicamos como funciona a transmissão do tipo convencional.
Nela, para mudar a alavanca do câmbio, é preciso utilizar o pé no freio – e o câmbio podem ser o tradicional, com alavanca, ou então com borboletas atrás do volante.
Há ainda outros três tipos importantes. São eles:
- CVT (Continuous Variable Transmission): aqui, a variação da correia determina a relação das marchas, o que faz a condução ter menos trancos que na transmissão automática convencional e também uma aceleração contínua. Não há engrenagens, mas sim duas polias metálicas. Sua desvantagem é o custo
- MTA (Manual Transmission Automated): É um sistema que mistura o câmbio tradicional, manual, com um sistema automatizado. Por conta disso, os veículos têm embreagem e o sistema é mais barato, mas também é o mais sujeito a trancos e engasgos por parte do motorista.
- DCT (Dual Clutch Transmission): como o nome diz, é um sistema de marcha engrenada dupla – com duas polias, ele consegue deixar a segunda marcha engatada e, caso a tendência seja de aceleração, a terceira também, evitando engasgos. É um sistema econômico, mas ainda de alto custo no Brasil
Quais são as vantagens da transmissão automática para quem dirige?
Há inúmeras vantagens para veículos que utilizam a transmissão automática.
Já citamos algumas delas aqui, como conforto e segurança, mas agora vamos aprofundar a questão.
No conforto, é importante citar alguns benefícios:
- Não é necessário o pedal da embreagem, o que reduz a dificuldade de se conduzir o veículo
- Sair e parar o carro é mais simples, além da facilitação de manobras como curvas e ultrapassagens
Já quanto à segurança, as duas principais vantagens são as seguintes:
- A posição P evita que o veículo se movimente para frente ou para trás, mesmo com o freio de mão desapertado.
- Além disso, o fato de não precisar trocar de marcha constantemente permite que o motorista fique com as duas mãos no volante, tendo uma condução mais segura.
Como identificar problemas na transmissão automática?
Há diversos sinais que podem ajudar a identificar problemas na transmissão automática.
Afinal, assim como o corpo de um ser humano, o carro também traz sintomas de que algo pode estar errado.
No caso do câmbio automático, há várias coisas que podem ser importantes de conferir. Aqui a seguir, algumas delas:
- Vestígios de óleo: se a parte externa da caixa de câmbio estiver com vestígio de óleo ou pingando, é sinal de que pode haver um vazamento – comprometendo a lubrificação do veículo, o que é algo preocupante
- Trancos e solavancos: câmbios automáticos foram feitos para terem comportamento suave. Se houver trancos, é bom checar: pode ser fluido velho, falta de lubrificação, sensores desregulados ou até mesmo componentes internos quebrados, como molas e engrenagens.
- Câmbio patinando: se a marcha não engata direito, pode haver algum problema na pressão do óleo ou nas molas da válvula do câmbio e é bom procurar uma oficina
- Luz de advertência no painel: é um sinal óbvio, mas é um sinal que indica qualquer defeito na caixa de transmissão
- Cheiro doce: Se o carro estiver com cheiro adocicado perto da caixa de câmbio, é possível que a caixa esteja superaquecendo. Fique de olho e procure um mecânico!
Quais são as melhores maneiras de conservar a transmissão automática?
Há algumas dicas bem importantes para o motorista que deseja conservar bem a sua transmissão automática. Aqui abaixo, vamos listar algumas delas, bem simples, mas importantes:
- Prestar atenção para ver se a transmissão está no modo correto
- Cuidar do nível de lubrificante presente na caixa de transmissão
- Verificar o líquido do radiador para evitar superaquecimento
- Use bem o freio motor
- Saiba estacionar combinando bem o freio de mão e a posição P
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