Os tipos de manutenção/Preditiva

O terceiro tipo de manutenção, que é menos conhecido pelas frotas aqui do Brasil, é a questão da manutenção preditiva.

O que a preditiva quer dizer? De um jeito bem simples, ela é uma manutenção que depende da gente estar mensurando o que está acontecendo no carro e ver quais são as peças, o que que está acontecendo ali que vai quebrar, para aí sim definir qual manutenção fazer. Ela acaba sendo a melhor de todas, porque ela garante que você não troca um item cedo demais e nem tarde demais.

A gente faz essas regras gerais da manutenção de 10 mil Km, por exemplo, mas a gente sabe que alguns itens têm desgaste por outros fatores.

Depende de quanta carga eu coloquei no carro, depende de quanto tempo o carro passou ligado.

Então tem outras variáveis que também impactam o desgaste dos itens e nas regras gerais você não consegue fazer isso e você acaba gastando mais dinheiro, por ter que fazer ali tudo no mesmo dia, na mesma hora, dadas essas regras gerais.

Qual é o problema prático da manutenção preditiva?

Hoje a gente ainda tem pouca tecnologia embarcada nos veículos para conseguir mensurar quais itens estão na hora da gente mudar ou não.

Conforme a tecnologia está avançando, está ficando cada vez mais barato da gente “sensoriar” os veículos e conseguir acompanhar essa informação em tempo real. Vai ficar cada vez mais comum fazer esse tipo de manutenção, que já acontece muito mais em veículos mais pesados.

Quem trabalha com alguns tipos de caminhão, indústria de mineração, por exemplo, já tem um costume muito maior de realizar esse tipo de mensuração para fazer a manutenção da maneira mais precisa possível.

Então, para dar um exemplo um pouco mais prático de como que a manutenção preditiva aparece o nosso dia a dia, vale a pena lembrar do próprio painel do carro.

O painel do carro tem sempre aquela imagem ruim, de quando a luzinha acende porque alguma coisa já quebrou, e a gente está com problema agora.

Mas ele também acende para indicar que alguma coisa está prestes a acontecer.

Dois exemplos muito comuns, que a gente vê hoje em dia, são a questão da luz do óleo.

O nível do óleo está baixo, vale a pena a gente ficar esperto já fazer uma troca agora.

E também a questão da bateria.

A tensão da bateria está baixa, vale a pena você ficar esperto para fazer a troca, porque talvez seu carro não ligue na próxima.

Então, esses exemplos funcionam exatamente como eu falei.

O veículo está mensurando alguma coisa, está medindo alguma coisa, e ele usa essa informação para te ajudar a fazer a manutenção na hora certa. Não cedo demais e não tarde demais.

E com isso a gente consolida aqui esse primeiro capítulo, que eu sei que é um pouco mais teórico, desse módulo, que explica mais quais são os principais componentes da sua manutenção.

No segundo módulo a gente vai começar a te trazer, mais em detalhes, dicas práticas do que você pode fazer no dia a dia para reduzir o seu custo com manutenção.