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Diagrama de Ishikawa: como usar essa técnica de resolução de problemas

Uma das técnicas mais populares para resolver problemas, é o Diagrama de Ishikawa, também chamado de diagrama de causa e efeito ou “espinha de peixe”. 

Resolver problemas e tornar a operação de uma empresa mais eficiente é algo que todo empresário busca, não é mesmo? 

Mas muitas vezes, é difícil descobrir exatamente quais são esses problemas e como solucioná-los de uma forma fácil e simples. 

Felizmente, nos últimos anos começaram a se popularizar técnicas, como a do diagrama de Ishikawa, que permitem a empresas conseguirem descobrir suas falhas e possíveis soluções sem grandes custos. 

Neste texto, você vai entender porque esse método de resolução de problemas é interessante e porque ele pode ser aplicado em qualquer empresa para melhorar sua operação. 

Vai entender ainda sua origem e todos os passos para aplicá-lo já na sua companhia, resolvendo falhas do dia a dia ou grandes problemas em projetos importantes. Vamos lá? 

O que é o Diagrama de Ishikawa? 

O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta para resolver problemas de uma forma fácil e rápida nas empresas. 

Ele também é chamado de diagrama de causa e efeito, diagrama 6M ou diagrama “espinha de peixe”, porque seu formato visual se assemelha a uma espinha de peixe. 

Ao contrário de outros métodos de gestão e resolução de problemas, o Diagrama de Ishikawa não precisa de grandes recursos para ser utilizado.

Basta apenas papel e caneta, se for um grupo pequeno, ou então de um painel/lousa e uma ferramenta que permita que todos escrevam suas ideias. 

Se você estiver fazendo um Diagrama de Ishikawa sozinho, pode também tentar fazer um modelo no Excel, programa popular para fazer planilhas. 

Qual é a origem do Diagrama de Ishikawa? 

Criado pelo engenheiro químico japonês Kaoru Ishikawa, o diagrama de causa e efeito foi publicado pela primeira vez em 1943. 

Entusiasta de uma união de métodos de gestão americanos ao método japonês de trabalho, Ishikawa propôs o modelo como uma forma de ajudar não-especialistas (isto é, qualquer pessoa) a discutir como problemas de qualidade podem ser resolvidos.

Originalmente, o método de Ishikawa se destinava ao ambiente de fábricas, mas ele também pode ser aplicado por qualquer empresa. 

Uma de suas vantagens é ser uma ferramenta visual, sendo bastante simples, o que permite que qualquer pessoa entenda o que ali se passa, podendo contribuir com sugestões independentemente de seu nível de instrução? 

Como fazer um diagrama de Ishikawa? Confira os passos a seguir

Para identificar o que faz um problema ser um problema de fato, Ishikawa propôs um sistema de análise que olha para seis aspectos diferentes – todos eles iniciados por M. São eles: 

  • Método: aqui, é importante se perguntar se as tarefas estão sendo feitas de forma adequada ou não;
  • Materiais: será que os materiais utilizados são impróprios para o efeito que se busca obter? 
  • Mão de obra: os funcionários trabalham corretamente ou precisam de mais treinamento? Falta alguma informação ou há algum problema entre eles? 
  • Máquinas: será que os equipamentos necessários para o trabalho ser realizado estão adequados e estão em bom estado, sendo atualizados e eficientes? 
  • Medidas: todo trabalho dá resultados que podem ser medidos, mas será que as medidas estão adequadas? Ou é preciso utilizar outras métricas para avaliar o sucesso da produção? 
  • Meio ambiente: aqui, a análise não é apenas sobre a natureza, mas tudo que está em volta do trabalho, como o espaço do trabalho, o barulho e até mesmo o clima entre as pessoas. 

É por conta dos seis aspectos diferentes que o diagrama de Ishikawa também é chamado de diagrama 6M. 

Agora que você já entendeu como classificar as causas para o problema que quer solucionar, é hora de desenhar o diagrama. 

Como já dissemos, você pode fazer isso num papel, num cartaz, num flip chart ou numa lousa, dependendo do ambiente em que deve fazer essa demonstração. 

Basta seguir os seguintes passos: 

  • Para começar, faça uma linha reta horizontal por quase todo o papel;
  • Depois, na ponta direita dessa linha, faça um retângulo;
  • Dentro do retângulo, escreva o problema que você deseja solucionar;
  • Agora, a partir da linha horizontal, faça seis linhas inclinadas para a esquerda, sendo três para baixo e três para cima;
  • Na ponta dessas linhas, faça seis retângulos (um para cada linha) e escreva dentro deles os 6M: Método, Material, Mão de Obra, Máquinas, Medidas e Meio Ambiente;
  • A partir das linhas inclinadas, é possível fazer outras linhas horizontais. Nelas, você vai escrever os detalhamentos desses aspectos, levantando causas para os problemas;
  • Antes de escrever, porém, seu diagrama deve ficar mais ou menos assim. Parece ou não parece com uma espinha de peixe? 
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Não basta, porém, apenas elencar as possíveis causas para o problema. 

É preciso submeter essas respostas a um teste até que se chegue a uma solução definitiva – não basta dizer que os funcionários trabalham mal porque a sala é quente, mas entender porque ela é quente e o que pode ser feito para resolver esse problema. 

É por isso que o diagrama de Ishikawa é chamado de causa e efeito: ele busca entender as causas dos problemas e os efeitos que podem resolvê-los. 

Só assim vai ser possível resolver os problemas ou fazer melhorias nos processos. 

Se você não quiser desenhar, é possível utilizar diversos sites na internet que possuem esquemas do diagrama de Ishikawa online, já prontos para serem usados. 

Entre eles, estão o Canva, o Miro e o Lucid Chart. Vale a pena dar uma olhada. 

Já para quem gosta de usar o Excel, não é difícil encontrar planilhas já esquematizadas com o Diagrama de Ishikawa para download. 

Quem deve utilizar o diagrama de Ishikawa? 

Não há contraindicações para o diagrama de Ishikawa. 

Praticamente todas as empresas e áreas dentro de uma empresa podem utilizar o diagrama de Ishikawa para resolver problemas. 

É importante, porém, que quem for comandar a atividade tenha noção de como o diagrama deve ser preenchido, para evitar que erros aconteçam ou atrapalhem a atividade. 

A parte mais interessante sobre o diagrama de Ishikawa, como já dissemos, é que qualquer pessoa pode participar dele, uma vez que basta entender como sua estrutura visual funciona e ter uma opinião sobre as causas do problema. 

Uma maneira bastante inteligente de usar o diagrama de Ishikawa é reunir um grupo de funcionários de diferentes áreas para discutir o problema – assim, eles podem dar visões de diferentes áreas sobre os entraves. 

Quais são os benefícios do diagrama de causa e efeito?

Existem inúmeros benefícios para adotar o diagrama de Ishikawa na sua empresa – e também na sua vida, se fizer algum sentido para você. 

Entre eles, estão: 

  • A capacidade de isolar os problemas em pedaços menores, reduzindo a complexidade da resolução;
  • É uma forma barata de entender quais são as dificuldades da empresa no momento;
  • É uma atividade que permite o envolvimento da equipe e a organização de grupos;
  • Serve não só para resolver problemas, mas também para aperfeiçoar processos com o tempo;
  • Justamente por conta da última vantagem, também permite que sejam explorados desdobramentos e evoluções de acordo com o tempo;
  • Permite ainda a hierarquização de prioridades entre os pequenos problemas que devem ser resolvidos; 
  • Por fim, vale repetir que sua estrutura visual é de fácil compreensão.

Veja exemplos do diagrama de Ishikawa já preenchido

Para encerrar, vamos deixar aqui alguns exemplos de um diagrama de Ishikawa já preenchido, para você entender como ele pode funcionar. 

Este aqui, por exemplo, mostra os principais fatores que influenciam a qualidade do solo em plantações de cana de açúcar. 

diagrama de causa e efeito
Fonte: Esalq

Este mostra as causas para um produto com defeito:

diagrama de causa e efeito 02
Fonte: blog Luz

Este mostra possíveis causas para atrasos no trabalho:

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Fonte: Citisystem

Agora que você já entendeu como montar um diagrama de Ishikawa, já pode se organizar para fazer o seu primeiro diagrama. 

Qual problema você vai resolver primeiro, hein?

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