As revisões e manutenções já são parte da rotina de uma frota. Tudo isso para garantir que os veículos estejam em perfeitas condições de funcionamento e operem com máxima eficiência. Uma das práticas dentro dessa rotina de prevenção das frotas é a inspeção visual.
A inspeção visual faz uma análise minuciosa dos veículos, mas a sua diferença está na forma como é feita: por meio de uma observação atenta e sistemática. Ou seja, não utiliza nenhum aparelho medidor, sensores ou equipamentos.
Apesar de ser uma metodologia simples, é extremamente eficaz. A inspeção consegue identificar possíveis danos, desgastes ou irregularidades nos veículos. E, muitas vezes, evita acidentes e grandes prejuízos.
Devemos lembrar que mais de 59 mil acidentes foram causados por falha mecânica do veículo. Os dados são do Atlas da Década de Ações para Segurança Viária, da Polícia Rodoviária Federal.
Neste artigo, vamos explorar o que é a inspeção visual, os diferentes tipos, como realizá-la corretamente, suas vantagens e desvantagens, além de quando é necessário realizar essa inspeção na sua frota.
Índice:
Como funciona a inspeção visual?
A inspeção visual é um processo de avaliação e análise visual dos veículos, suas partes e componentes. O objetivo é o mesmo de uma inspeção feita com equipamentos: identificar possíveis danos, falhas ou irregularidades que possam comprometer a segurança e o desempenho do veículo.
É uma prática que traz diversas vantagens, já que identifica problemas de forma rápida e assertiva e evita que pequenas falhas se transformem em problemas maiores.
Além disso, contribui para o aumento da segurança nas operações, reduzindo riscos de acidentes e garantindo a integridade dos veículos.
Mas não esqueça: a inspeção visual possui limitações. Como é feita a olho nu, sem ajuda de equipamentos, pode não identificar problemas internos que não sejam visíveis externamente. A recomendação é complementar este tipo de inspeção com outros métodos testes mais específicos.
Tipos de inspeção visual
Existem diferentes tipos de inspeção visual que podem ser realizados em uma frota. O método deve ser escolhido de acordo com a necessidade e a rotina da empresa. Confira os principais tipos:
Inspeção visual diária
É a verificação rotineira realizada pelos motoristas ou responsáveis pela frota antes de iniciar as atividades. Nesse tipo de inspeção, são analisados itens básicos como pneus, luzes, espelhos retrovisores, níveis de fluidos, entre outros.
É uma verificação que precisa ser ágil e rápida, para garantir que o veículo esteja em condições adequadas para a operação do dia.
Inspeção visual periódica
Já a inspeção periódica é realizada em determinados intervalos de tempo. Pode ser semanalmente ou mensalmente, por exemplo. Aqui, o objetivo é avaliar itens mais específicos, como sistema de freios, suspensão, direção e alinhamento.
É uma oportunidade para identificar problemas que possam surgir ao longo do tempo e corrigir quanto antes!
Inspeção visual de pré-viagem
Outra modalidade da inspeção visual é aquela feita antes de viagens mais longas ou específicas, como o transporte de alguma carga especial.
Nessa inspeção, é feita toda conferência do veículo e até mesmo da carga, para garantir que tudo esteja em perfeitas condições de segurança para a viagem.
Como fazer inspeção visual na frota: passo a passo
É importante que dentro da rotina da frota seja criado o hábito e a cultura de inspeções visuais, ainda que breves, antes dos motoristas iniciarem a rotina. Pode ser feito pelos próprios motoristas e pelos times que cuidam dos veículos.
Muitas vezes, uma inspeção rápida de alguns minutos pode ser capaz de evitar acidentes ou até mesmo problemas mais complexos no veículo.
Para isso, é necessário ter atenção aos detalhes e o conhecimento dos itens a serem verificados. A seguir, separamos um passo a passo que vai ajudar sua frota a fazer uma inspeção visual de qualidade. Veja:
Conheça os itens a serem verificados
Tenha uma lista completa dos itens que devem ser analisados durante a inspeção visual, levando em consideração as características do veículo e as especificações do fabricante.
Normalmente, uma inspeção visual observa os seguintes aspectos.
- Estrutura e carroceria: verifique se não há danos visíveis, como amassados, trincas ou corrosão;
- Pneus: verifique o estado geral dos pneus, incluindo o desgaste da banda de rodagem, a presença de cortes ou perfurações e a pressão adequada;
- Sistema de iluminação: verifique se todas as luzes do veículo estão funcionando corretamente;
- Sistema de freios: verifique o estado das pastilhas, discos e tambores de freio.
- Fluidos e lubrificantes: verifique os níveis de óleo do motor, fluido de arrefecimento, fluido de direção hidráulica e fluido de freio;
- Vidros e espelhos: verifique a integridade dos vidros, garantindo que não haja trincas ou quebras;
- Sistemas elétricos: verifique o funcionamento dos sistemas elétricos do veículo, incluindo a bateria, alternador, sistema de ignição, sistema de partida e sistema de carregamento.
Utilize um checklist como guia
Tenha uma checklist de inspeção para garantir que nenhum item seja esquecido durante a inspeção. Este checklist deve seguir o que precisa ser avaliado em cada tipo de inspeção.
Isso ajudará a padronizar o processo entre todo o time de motoristas e garantir uma avaliação completa.
Registre as observações em um relatório
Faça anotações das observações durante a inspeção, seja de problemas encontrados ou itens que necessitem de atenção posterior. Isso auxiliará na tomada de decisões e na realização de eventuais reparos.
Uma sugestão é utilizar o relatório de inspeção e manutenção. É um modelo já pronto que você pode utilizar na sua frota e ter mais controle sobre as irregularidades e riscos dos veículos.
Quando fazer a inspeção visual?
A frequência e o momento de realização da inspeção visual variam de acordo com diversos fatores, como o tipo de frota e as condições de uso dos veículos.
O recomendado é que a inspeção visual seja uma prática constante na rotina de gestão de frotas, seja na verificação diária pelos motoristas ou nas inspeções periódicas e antes de viagens mais longas. Cada uma delas tem sua importância e seu objetivo para uma operação eficiente e completa.
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