A maneira como usamos as palavras e nos comunicamos tem forte influência sobre nosso comportamento. Por essa razão, o termo sinistro de trânsito vem sendo adotado pelas autoridades para se referir a colisões, atropelamentos e outros eventos do tipo.
Essa mudança, que em um primeiro momento parece pequena, é uma reivindicação que especialistas em segurança viária vêm fazendo há bastante tempo. Afinal, a forma de descrever o evento influencia como as pessoas irão se relacionar com ele.
Continue a leitura para entender o que é um sinistro de trânsito, a diferença em relação ao acidente, tipos de sinistro, como lidar com essas ocorrências na gestão de frota, além de dicas e recursos para preveni-los. Vamos lá?
Índice:
O que é um sinistro de trânsito?
Um sinistro de trânsito é qualquer ocorrência que cause danos ao veículo, sua carga, ou que provoque lesões a pessoas ou animais, podendo gerar prejuízos materiais ou impactos negativos ao trânsito, à via ou ao meio ambiente.
Essa é a definição adotada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) desde 2020, quando foi publicada uma revisão da NBR 10697.
Vale lembrar que o termo sinistro já era usado por seguradoras para se referir às ocorrências envolvendo os bens segurados.
Seguindo a mudança, em 2023 foi aprovada a Lei 14.599, que altera o Código de Trânsito Brasileiro — CTB, substituindo o termo “acidente de trânsito” por “sinistro de trânsito”.
Diferença entre sinistro de trânsito e acidente
Para entender a diferença entre sinistro de trânsito e acidente, é preciso analisar o significado das palavras.
Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o termo acidente se refere a um acontecimento negativo inesperado, capaz de provocar danos, prejuízos ou mortes. Já a palavra sinistro significa acontecimento muito negativo, avaria, prejuízo.
Perceba que o significado de acidente remete a algo que, por ser inesperado, reduz a responsabilidade dos envolvidos. Por outro lado, sinistro significa apenas algo ruim, sem reforçar a ideia de algo que ocorreu “sem querer”.
É exatamente nesse ponto que está a diferença entre sinistro e acidente. Afinal, sabemos que grande parte das ocorrências de trânsito poderiam ser evitadas por meio de medidas preventivas.
Quais são os tipos de sinistro?
Como foi possível perceber até aqui, o termo sinistro se refere a uma grande variedade de ocorrências. Para facilitar a classificação, o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) considera 03 tipos de sinistro, sendo eles:
- Dano de pequena monta (DPM) ou sem dano: para casos de colisões leves, quando o veículo pode voltar a circular sem precisar passar por uma vistoria.
- Dano de média monta (DMM): nesse caso, os danos são mais significativos, sendo necessário submeter o veículo a uma avaliação obrigatória antes de voltar a circular.
- Dano de grande monta (DGM): classificação usada para casos extremos, nos quais o veículo não poderá ser recuperado, pois foi danificado de modo irreversível.
O que fazer em casos de sinistro na gestão de frota?
Empresas que possuem frotas precisam estar preparadas para lidar com sinistros. Dessa forma, quando houver uma ocorrência, as medidas necessárias serão realizadas rapidamente, contendo danos e prejuízos.
Confira as principais medidas a serem tomadas:
- Certificar-se de que todos os envolvidos estão seguros.
- Acionar o seguro do veículo, enviando todos os documentos necessários.
- Acompanhar os reparos, incluindo os custos e prazos da conclusão.
- Criar um relatório para centralizar dados, como veículos envolvidos, motoristas, boletim de ocorrência, custos de reparo e outros detalhes.
- Utilizar as informações registradas para investigar as causas, encontrando formas de evitar novas ocorrências
Aproveite os materiais gratuitos disponibilizados pela Cobli que poderão ajudar a lidar com sinistros na gestão de frota. São eles: Modelo de relatório de acidentes de trânsito e Ficha de investigação de acidentes.
Dicas para diminuir sinistros de trânsito na operação
Segundo dados da Abramet (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego e da PRF (Polícia Rodoviária Federal), as principais causas de sinistros registrados nas rodovias brasileiras em 2022 foram: falhas humanas, imprudência, sonolência e problemas mecânicos.
Com base nessas informações, confira dicas para diminuir as ocorrências na operação da sua empresa.
Oferecer treinamentos aos motoristas
Uma das primeiras medidas para combater as falhas humanas e os comportamentos imprudentes na frota é oferecer treinamentos periódicos aos motoristas.
Essa é uma forma de lembrá-los da importância da direção defensiva e da responsabilidade que cada um tem no trânsito.
Realizar manutenções nos veículos periodicamente
A correta manutenção da frota é uma medida imprescindível para evitar sinistros. Por meio de um bom controle de revisões é possível realizar procedimentos diversos, como troca de óleo, substituição de peças e pneus, além da identificação precoce de falhas em potencial.
Essa antecipação é importante porque aumenta a segurança e também contribui para uma gestão estratégica das manutenções, evitando paradas inesperadas e atrasos na operação.
Investir em tecnologia para gestão de frota
A tecnologia oferece uma série de recursos para auxiliar na redução dos sinistros de trânsito. Entre as principais soluções podemos citar duas que se destacam:
Monitoramento: proporciona visibilidade da operação, com informações atualizadas sobre a localização dos motoristas, modo de condução, veículos parados ou em movimento, etc.
Videotelemetria: ferramenta que, por meio de câmeras embarcadas, funciona como os olhos do gestor dentro de cada veículo. Consegue identificar sinais de fadiga, uso do celular ao volante e sinais de direção perigosa, emitindo alertas sonoros.
Cobli Cam Pro: mais segurança para a sua gestão de frota
A Cobli conta com uma solução completa de videotelemetria: a Cobli Cam Pro. Após sua instalação nos veículos, a ferramenta funciona como um copiloto, auxiliando motoristas e gestores na prevenção de sinistros.
Através de inteligência artificial, a câmera detecta sinais de fadiga, direção distraída, proximidade com o veículo da frente, aceleração brusca, etc. Então, emite alertas para chamar a atenção do motorista, além de registrar as imagens e enviar para o painel do gestor.
Uma das grandes vantagens da solução é que seus efeitos são tanto imediatos quanto educativos. Afinal, os motoristas ficarão condicionados a cada vez mais evitar os alertas e, consequentemente, evitarão as atitudes que os acionam.
Os sinistros de trânsito são um problema sério, que precisa da colaboração de todos para ser combatido. As empresas podem e devem contribuir, realizando ações como programas educativos com os motoristas e investimentos em tecnologia para aumentar a segurança da frota.
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