A classificação dos tipos de via e velocidade no Brasil ainda é um tema confuso para muita gente, porém de necessário entendimento para quem dirige pelo País afora.
Isso porque, ao contrário do que muitos pensam, os tipos de via e velocidade não são definidos pelo fluxo de automóveis em circulação.
Há diretrizes específicas dentro do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que definem e categorizam cada uma dessas vias para que, a partir disso, seja definido o limite de velocidade permitido para que os veículos possam circular nestas áreas.
Quer saber mais? Preparamos um guia completo com tudo sobre os tipos de via e velocidade no Brasil! Siga a leitura e confira!
O que são vias?
De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, as vias são os locais onde há trânsito de pessoas, veículos ou animais, seja individualmente ou em grupo.
Isso quer dizer que calçada, por exemplo, também é considerada uma via, assim como acostamento, canteiro central, entre outros.
A classificação de uma via parte do local onde ela está situada e de sua finalidade. E dependendo desta categorização é que são estabelecidos os limites de velocidade e punições para infrações cometidas dentro deste trecho.
Quais são os tipos de vias?
De maneira geral, as vias são separadas em duas categorias: urbanas e rurais.
E o que distingue ambas? Segundo o próprio CTB, a via urbana compreende ruas, avenidas, vielas ou “caminhos e similares abertos à circulação pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão”.
Em contrapartida, a via rural compreende estradas e rodovias, como veremos a seguir.
Via urbana
As vias urbanas são separadas em quatro tipos: vias de trânsito rápido, coletora, arterial e local.
Cada uma possui suas especificações e limites de velocidade, segundo a lei brasileira de trânsito.
E o que é uma via coletora e arterial? O que quer dizer uma via de trânsito rápido ou local?
A Cobli te explica tudo, veja só:
Via arterial
As vias arteriais são, de modo geral, as avenidas. Estas vias são caracterizadas por interseções, geralmente sinalizadas por semáforos, permitindo assim o acesso às demais vias e lotes.
Além disso, as vias arteriais possuem uma capacidade de aguentar um fluxo bem menor de automóveis se comparados com rodovias e estradas, por exemplo.
Para exemplificar, podemos citar a própria Avenida Paulista na cidade de São Paulo.
E qual a velocidade máxima na via arterial? O limite nestas vias é de 60km/h.
Via coletora
As vias coletoras cumprem à risca o que prometem: servem para coletar e distribuir o trânsito.
E como elas fazem isso? Simples: reunindo os veículos que saem das vias arteriais ou de trânsito rápido.
Para isso, é preciso também respeitar a velocidade da via coletora, que é de 40km/h.
Via de trânsito rápido
Denominam-se vias de trânsito rápido, segundo o CTB, as vias que possuem acessos especiais com trânsito livre, sem intersecção ou travessia de pedestre.
Esse é o caso de avenidas como a 23 de Maio e Marginal Tietê em São Paulo.
Quando não há nenhum tipo de sinalização, a velocidade da via de trânsito rápido é de 80km/h.
Via local
Como o próprio nome sugere, as vias locais são destinadas para trânsito em locais restritos como condomínios fechados, por exemplo, e não possuem semáforos.
A velocidade máxima em uma via local é de 30km/h.
Vias rurais
Se por um lado as vias urbanas podem ser categorizadas em quatro subdivisões, as vias rurais possuem apenas duas: as estradas e rodovias e ambas se distinguem basicamente pela existência – ou não – de pavimentação.
Confira abaixo!
Estradas
De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, é classificada como estrada – ou estrada de terra como é popularmente conhecida – a via rural não pavimentada cuja velocidade máxima permitida é de 60km/h.
As estradas são pontos importantes de ligação de pequenos municípios com as capitais e fazem parte da vida de muitos trabalhadores.
Rodovias
Já as rodovias, por sua vez, são um pouco mais complexas. Elas possuem pavimento e um grande fluxo de automóveis, inclusive fazem parte do dia a dia de muitos motoristas.
Isso porque o transporte de carga rodoviário é massivo no Brasil, afinal, este é o modal mais utilizado no País hoje em dia.
Então, não é de se estranhar que os tipos de via e velocidade, incluindo as rodovias, é um tema de interesse de muitos trabalhadores.
Além disso, as rodovias possuem seis subdivisões. Veja a seguir:
- Longitudinais: trata-se de rodovias que fazem a conexão de norte a sul no País.
- Radiais: representam as rodovias que partem da capital, Brasília, com destino aos extremos do Brasil.
- Transversais: são o oposto das longitudinais e conectam o País de leste à oeste.
- Conexões ou de ligação: são rodovias localizadas estrategicamente para unir pontos primordiais de duas ou mais rodovias e, assim, diminuir o trajeto dos motoristas.
- Diagonais: ao contrário das longitudinais e transversais, as diagonais cortam o país do nordeste ao sudoeste e noroeste ao sudeste.
- Acessos: fazem a ponte para instalações federais, tais como terminais ferroviários, marítimos, fluviais e aéreos, por exemplo.
Enquanto velocidade máxima nas rodovias brasileiras, existem dois tipos de diretrizes: quando há pistas duplas, a velocidade máxima permitida é de 110km/h.
Mas atenção: isso vale somente para carros, motos e caminhonetas. Os demais veículos devem respeitar um limite de 90km/h.
Agora, quando a rodovia possui pista simples, o limite de velocidade é de 100km/h para carros, motos e caminhonetas e segue sendo 90km/h para os demais veículos.
Como funciona a administração das rodovias
As rodovias podem ser supervisionadas pelo poder municipal, estadual ou federal. E cabe a estas autoridades fiscalizar não somente o limite de velocidade das vias, mas também preservar a segurança de quem transita por elas.
Agora que você já sabe tudo sobre os tipos de via e velocidade, fica muito mais simples entender o porquê cada uma delas tem suas próprias regras, certo?
Lembrando que o transporte seguro é a melhor forma – e a mais recomendada – de percorrer Brasil afora.
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