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Compensação de carbono: como funciona para as empresas

A compensação de carbono é uma forma de diminuir as consequências e impacto no meio ambiente  que, muitas vezes, é gerado pelo modo como vivemos.

As emissões de gases do efeito estufa (GEE), principais causadores do aquecimento global, é umas das consequências que são mais danosas para o planeta, por exemplo.

Um estudo realizado pelo Observatório do Clima, aponta que as emissões brasileiras de gases do efeito estufa tiveram, em 2021, a maior alta em 19 anos, atingindo um aumento de 12,2% em relação ao ano anterior.

É papel de todo cidadão e empresa consciente dimensionar a quantidade de gases CO₂ emitidos e buscar uma maneira de neutralizá-lo no meio ambiente. 

Neste artigo você entenderá tudo que precisa saber sobre a compensação de carbono e como sua empresa pode também amenizar as emissões de CO2 da melhor forma possível. Confira a seguir.

O que é compensação de carbono e como funciona?

A compensação de carbono é uma estratégia adotada para reduzir os impactos provocados pelo efeito estufa. Criada em 1990, é um meio cada vez mais usado por empresas que preocupam com a sustentabilidade.

Essa prática é importante porque para obtenção de energia por meio de combustíveis fósseis, — derivados do petróleo, o carvão e o gás natural — uma quantidade de gás carbônico enorme é liberada na atmosfera.

Nesse sentido, o CO₂ é o grande vilão do efeito estufa, principal responsável pelo aquecimento global. Com isso, ocorre um desiquilíbrio ambiental gerando as seguintes consequências: 

  • Alterações climáticas;
  • Chuva ácida;
  • Aumento da poluição
  • Aumento de fenômenos ambientais;
  • Derretimento de calotas polares;
  • Elevação do nível do mar;
  • Extinção e migração de espécies;
  • Entre outros problemas.

Por isso, a compensação de carbono, é uma tentativa de neutralizar o gás carbônico emitido e absorvido nos últimos anos, sendo essencial para evitar maiores e piores problemas no futuro.

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A emissão de gases na atmosfera é uma das principais causas do aquecimento global.

Na prática, a compensação é feita através do plantio de árvores ou por meio de créditos de carbono, sendo o segundo o que demanda menos tempo para ser efetivo.

Em outras palavras, entender o quanto de compensação precisará ser realizada, é importante entender qual a sua contribuição diária para o aquecimento global.

Pessoas físicas podem utilizar a Calculadora de Pegada de Carbono Pessoal da Iniciativa Verde para entender como as suas atividades do dia a dia contribuem para o efeito estufa e quais são as formas de compensar estas emissões.

Empresas, indústrias e governos que emitem uma quantidade muito maior de carbono do que uma pessoa comum, precisam realizar cálculos mais complexos oferecidos por organizações especializadas que oferecem um inventário completo das emissões de CO₂.

Com este relatório é possível identificar as áreas da empresa que emitem mais carbono para focar em medidas de amenização.

Um bom começo para neutralizar e minimizar a geração de CO2 antes mesmo de realizar o inventário é adotar medidas simples como utilização de materiais 100% reciclados, diminuição do gasto com energia, uso de água de reuso.

Plantio de árvores para compensação de carbono

Uma das práticas mais comuns para auxiliar na neutralização do carbono gerado é o plantio de árvores. As plantas, durante o crescimento, absorvem o CO₂ da atmosfera e liberam oxigênio. 

Para realizar a neutralização correta, é preciso estimar quanto a empresa lançou de GEE na atmosfera e calcular a quantidade de árvores que ela precisará plantar para compensar o impacto.

As mudas utilizadas são geralmente de espécies nativas de uma determinada área como a Mata Atlântica, por exemplo, e não podem ser plantadas em qualquer lugar.

É preciso ter alguma relevância ecológica no plantio. Muitas empresas e ONGs oferecem este serviço e podem ajudar a escolher a área correta.

São necessárias, em média, de 5 a 7 árvores clímax e nativas para obter uma compensação de uma tonelada de CO₂. 

É importante ressaltar que a compensação só será realmente finalizada quando as mudas chegarem à idade adulta, em média 20 anos depois do plantio.

Compra de crédito de carbono

Outra forma de contribuir para a neutralização de CO₂ é a compra de crédito de carbono.

Os créditos de carbono são uma espécie de certificado de comprovação que uma empresa ou país reduziu a emissão de gases de efeito estufa. No acordo, uma tonelada de dióxido de carbono equivale a um crédito.

No Brasil, a compra do certificado é realizada em leilões online promovidos pela BM&FBOVESPA. Podem participar do leilão:

  • Corretoras ligadas à BM&FBOVESPA;
  • Investidores do mercado de Redução Certificada de Emissão (RCE) e de países europeus;
  • Instituições de financiamento;
  • Participantes do mercado global de carbono credenciados à BM&FBOVESPA;
  • Instituições governamentais;
  • Fundos de carbono.

Quais são os benefícios da compensação de carbono para o meio ambiente?

Embora os projetos de compensação de carbono evitem e reduzam as emissões de gases de efeito estufa de serem liberados na atmosfera, isso não é tudo que eles fazem. 

Em relação ao meio ambiente, a prática contribui para:

  • Aumento da biodiversidade;
  • Ajuda na manutenção do habitat para espécies nativas de animais e plantas;
  • Melhora a qualidade do ar e da água;
  • Evita o desmatamento;
  • Ajuda no restabelecimento da vegetação em áreas previamente desmatadas;
  • Contribui para uma melhor gestão ambiental.

Mas, além disso, ainda contribui para fatores sociais, culturais e econômicos:

  • Contribui para a criação de novos empregos;
  • Aumenta a expectativa de vida da população;
  • Melhora a saúde e educação de comunidades;
  • Proporciona energia limpa e acessível;
  • Entre outros;

Quais são os principais projetos de compensação de carbono disponíveis no mercado?

A compensação de carbono pode ser feita de várias maneiras e os principais projetos disponíveis no mercado consistem em: 

1. Silvicultura

A silvicultura é a ciência que estuda maneiras naturais e artificiais de restaurar e melhorar florestas, de modo a atender as demandas do mercado. O maior objetivo da prática é o aproveitamento consciente das árvores cultivadas.

Na compensação, as árvores absorvem e retêm o carbono e sem elas, os gases permaneceriam em maior quantidade na atmosfera, piorando o aquecimento global.

2. Agricultura

A agricultura tem evoluído com o passar do tempo e junto a isso, a implantação de novas tecnologias contribui para uma prática mais sustentável.

Com isso, os produtores rurais ajudam a maximizar os recursos com maior sustentabilidade e redução de desperdícios durante o cultivo.

3. Aviação

Assim como na agricultura, o setor de aviação também tem se beneficiado com a tecnologia. Dessa forma, cada vez mais, as companhias aéreas otimizam as rotas de voo com inteligência artificial para minimizar os rastos de condensação.

4. Energia renovável

Os projetos de renovação de energia para a compensação de carbono substituem o uso de combustíveis fósseis por energia mais limpa e renovável, como a gerada por um parque eólico.

5. Gestão da água e resíduos 

Os projetos de compensação de carbono ajudam na gestão e distribuição de água limpa para áreas poluídas ou contaminadas, para poderem reduzir a necessidade de tratar quimicamente ou ferver a água.

Além disso, ainda existem os projetos que gerenciam a captação do metano em aterros sanitários, a partir da eliminação de resíduos.

6. Sequestro de carbono

O sequestro de carbono consiste na captura, remoção e armazenamento de dióxido de carbono(CO₂) da atmosfera. Essa prática pode ocorrer de forma natural, biológica ou geológica.

Quando retirado o carbono do ar, o mesmo pode ser armazenado no solo, pântanos, árvores e até mesmo nas rochas.

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A energia eólica não emite gases e nem gera resíduos, ajudando a diminuir o efeito estufa.

Como empresas de frotas podem reduzir a emissão de CO₂?

A compra de créditos de carbono e até o plantio de árvores é uma realidade muito distante da sua empresa? Não tem problema! Algumas atitudes simples podem ajudar a reduzir a emissão de gás carbônico e ajudar a diminuir custos.

Confira algumas dicas que vão te ajudar a diminuir a pegada ambiental da sua gestão de frotas:

Fique atento à direção do veículo

Mantenha uma velocidade constante e evite freadas e arrancadas. Acelerações suaves e lentas podem evitar a emissão de até uma tonelada de CO₂ por ano.

Sempre que possível, evite utilizar o ar condicionado

O ar condicionado aumenta em 10% o consumo de combustível, liberando, por consequência, mais CO₂ na atmosfera.

Faça revisões periódicas no veículo

Um veículo mal regulado aumenta a poluição e pode consumir até 50% a mais de combustível. Mantenha as revisões em dia para garantir economia, segurança e qualidade na prestação dos serviços.

Calibre os pneus dos veículos constantemente

O veículo pode gastar muito mais combustível se estiver com a calibragem desregulada. Além disso, a pressão errada dos pneus é responsável por reduzir as condições de direção do veículo, aumentando as chances de acidente.

Se possível, escolha combustíveis mais ecológicos

Veículos movidos a álcool ou com biocombustíveis, economizam cerca de 500 kg de CO₂ por ano a cada 20.000 km rodados.

O sistema de gestão de frotas da Cobli pode te ajudar a controlar gastos, monitorar o modo de condução do motorista, rastrear e planejar rotas, proporcionando uma maior visibilidade da sua operação e auxiliando na redução da pegada ambiental da sua frota.

Dessa forma, além de aderir à prática de compensação de carbono na sua empresa de frotas, é possível diminuir a produção de CO₂ conscientemente também, ajudando assim o meio ambiente.

Esta publicação te ajudou? Confira essa e outras explicações sobre questões de logística e gestão de frota no blog da Cobli.

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