Conector OBD-II da Cobli para extrair o máximo de informações de um determinado protocolo e fazer alterações no veículo por meio de uma entrada OBD.

Sistema e protocolo OBD: funcionamento e vantagens

O avanço tecnológico na indústria automotiva trouxe uma série de inovações voltadas para a eficiência, segurança e controle ambiental dos veículos. Entre essas inovações, destaca-se o sistema de diagnóstico embarcado, conhecido como protocolo OBD (On-Board Diagnostics).

Este sistema desempenha um papel crucial na monitorização e diagnóstico dos componentes dos veículos, especialmente no que diz respeito às emissões e ao desempenho do motor. Desde a sua concepção, o OBD passou por diversas evoluções, culminando na versão OBD-II, que se tornou um padrão global para veículos fabricados a partir de 1996.

A Cobli, utiliza o sistema OBD de forma inovadora para oferecer ferramentas avançadas de telemetria e videotelemetria. Por meio dessas tecnologias, a Cobli auxilia empresas a monitorarem em tempo real o desempenho de seus veículos, melhorando a eficiência operacional e a segurança nas estradas.

A seguir, exploraremos o funcionamento do sistema OBD, desde sua origem até suas aplicações práticas no monitoramento de veículos, e como a Cobli incorpora essas tecnologias em suas soluções de telemetria e videotelemetria. Continue a leitura.

O que é o sistema OBD?

OBD significa On-Board Diagnostics, em inglês, e refere-se a um sistema de diagnóstico embarcado utilizado em veículos automotivos. Este sistema foi introduzido para monitorar o desempenho dos componentes do veículo e detectar falhas em sistemas relacionados à emissão de gases, como o motor e o sistema de controle de emissões.

O sistema OBD evoluiu ao longo dos anos, com diferentes versões e padrões de comunicação entre o veículo e o equipamento de diagnóstico. O OBD-II é a versão mais comum atualmente, sendo obrigatório em veículos fabricados a partir de 1996 nos Estados Unidos e em normas similares em outras regiões do mundo.

De onde surgiu o protocolo OBD?

O protocolo OBD surgiu nos Estados Unidos como uma resposta à necessidade de monitorar e controlar as emissões de veículos automotivos. O início do desenvolvimento do OBD remonta aos anos 1970, quando o Clean Air Act Amendments de 1970 nos EUA estabeleceu padrões mais rigorosos para a qualidade do ar e redução da poluição causada por veículos motorizados.

Os fabricantes de automóveis foram obrigados a implementar sistemas de controle de emissões mais sofisticados. A ideia inicial era garantir que os veículos cumprissem os padrões de emissões durante toda a vida útil do veículo, não apenas no momento da inspeção.

O desenvolvimento do OBD avançou ao longo das décadas, culminando na introdução do padrão OBD-II (On-Board Diagnostics II) em meados da década de 1990. O OBD-II padronizou os requisitos de diagnóstico e comunicação para veículos fabricados a partir de 1996 nos EUA, e esse padrão foi adotado em várias outras regiões ao redor do mundo.

Como funciona o protocolo OBD?

Confira a seguir uma explicação de como funciona o protocolo OBD-II:

Sensores e atuadores

O veículo possui vários sensores espalhados pelo motor, sistema de escape, transmissão e outros sistemas críticos. Esses sensores monitoram parâmetros como temperatura do motor, velocidade do veículo, pressão do combustível, posição do acelerador, entre outros. Além dos sensores, há também atuadores que respondem a comandos do sistema de controle do veículo, como as válvulas de injeção de combustível e de escape.

Unidade de Controle Eletrônico (ECU)

A ECU é o cérebro do sistema de controle do veículo. Ela recebe dados dos sensores em tempo real e processa essas informações para garantir que o motor e outros sistemas estejam operando de maneira eficiente e dentro dos parâmetros especificados.

Diagnóstico contínuo

A cada intervalo de tempo e em certas condições de operação (por exemplo, durante a condução em velocidade constante), a ECU executa testes automáticos nos sensores e atuadores para verificar se estão funcionando corretamente. Esses testes são chamados de “monitoramento contínuo”.

Detecção de falhas

Se a ECU detecta que um sensor ou atuador não está operando conforme o esperado, ou se detecta qualquer outra condição que possa afetar as emissões ou o desempenho do veículo, ela registra um “Código de Problema Diagnóstico” (Diagnostic Trouble Code – DTC). Cada DTC está associado a um tipo específico de problema, o que facilita a identificação da causa da falha.

Comunicação com equipamento de diagnóstico

Para acessar esses códigos de falha e outros dados do sistema OBD, utiliza-se um equipamento de diagnóstico compatível, como um scanner OBD-II. Este dispositivo é conectado à porta OBD do veículo (geralmente localizada no painel próximo ao volante) e pode ler os códigos de falha, mostrar dados ao vivo dos sensores, realizar testes específicos e até mesmo apagar códigos de falha depois que o problema é resolvido.

Padrões de comunicação

O OBD-II utiliza um padrão de comunicação baseado em protocolos como o CAN (Controller Area Network) para transmitir dados entre a ECU e o equipamento de diagnóstico de maneira rápida e eficiente.

Quais são as funcionalidades do sistema OBD?

O sistema OBD oferece diversas funcionalidades projetadas para melhorar o monitoramento, diagnóstico e manutenção dos veículos automotivos. Confira as principais funcionalidades do sistema:

Monitoramento contínuo de emissões

O OBD monitora constantemente o desempenho dos sistemas de controle de emissões do veículo. Ele verifica se os componentes relacionados ao sistema de escape, como o catalisador, estão funcionando corretamente para reduzir as emissões poluentes.

Detecção de falhas e códigos de diagnóstico

Quando ocorre um problema em qualquer sistema monitorado pelo OBD, como o motor, transmissão, freios, sistema de ignição, entre outros, a ECU (Unidade de Controle Eletrônico) registra um Código de Problema Diagnóstico (DTC). Estes códigos identificam a natureza específica da falha, facilitando o diagnóstico por parte dos técnicos.

Luz de avaria (check engine)

Quando uma falha é detectada e registrada pela ECU, a luz de avaria no painel do veículo é acionada (conhecida como Check Engine ou Malfunction Indicator Light – MIL). Isso alerta o motorista sobre a necessidade de verificar o veículo em uma oficina para diagnóstico adicional.

Monitoramento de componentes críticos

Além das emissões, o OBD monitora vários componentes críticos do veículo, como a temperatura do motor, pressão do óleo, velocidade do veículo, posição do acelerador, entre outros. Isso ajuda a garantir que o veículo esteja operando dentro dos parâmetros ideais de desempenho e eficiência.

Leitura de dados ao vivo

Equipamentos de diagnóstico OBD-II permitem a leitura de dados ao vivo dos sensores e sistemas do veículo. Isso inclui informações como RPM do motor, temperatura do líquido de arrefecimento, velocidade do veículo, status do sistema de combustível, entre outros. Esses dados são úteis para diagnósticos mais detalhados e para monitorar o desempenho em tempo real.

Testes de prontidão

O OBD-II realiza testes periódicos de prontidão para verificar se todos os sistemas de controle de emissões do veículo estão prontos para inspeção. Isso é especialmente relevante em regiões onde os veículos devem passar por inspeções de emissões para garantir que não há problemas significativos nos sistemas de controle de poluição.

Manutenção preventiva

O acesso fácil aos códigos de falha e aos dados do sistema OBD permite que técnicos realizem manutenções preventivas mais eficazes. Eles podem identificar problemas potenciais antes que se tornem críticos, economizando tempo e dinheiro para os proprietários de veículos.

Como o protocolo OBD acessa os dados dos veículos?

O protocolo OBD acessa os dados dos veículos por meio de uma interface padronizada de comunicação, utilizando um conector físico específico e protocolos de comunicação definidos.  Conheça a seguir os principais elementos envolvidos nesse acesso:

Conector OBD

O veículo possui um conector OBD, geralmente localizado próximo ao painel de instrumentos, abaixo do painel de controle ou próximo à alavanca de câmbio. Este conector é do tipo DLC (Data Link Connector) e é padrão para todos os veículos compatíveis com OBD-II.

Cabo e equipamento de diagnóstico

Um cabo OBD-II é utilizado para conectar o conector OBD do veículo a um equipamento de diagnóstico compatível, como um scanner OBD-II. Este equipamento pode ser um dispositivo independente, um leitor de códigos de falha ou um computador portátil com software específico para diagnóstico automotivo.

Protocolos de comunicação

O OBD-II utiliza vários protocolos de comunicação, sendo os mais comuns o ISO 9141-2, o J1850 VPW (Variable Pulse Width Modulation), o J1850 PWM (Pulse Width Modulation), o ISO 15765-4 (também conhecido como CAN – Controller Area Network) e o SAE J1939 (utilizado em veículos pesados e industriais). Cada protocolo define como os dados são transmitidos entre o veículo e o equipamento de diagnóstico.

Dados transmitidos

Quando conectado ao veículo, o equipamento de diagnóstico OBD-II pode acessar uma variedade de dados, incluindo:

  • Códigos de problema diagnóstico (DTC): indicam falhas específicas detectadas pelos sistemas do veículo.
  • Dados ao vivo: informações em tempo real sobre parâmetros como RPM do motor, velocidade do veículo, temperatura do motor, pressão do combustível, posição do acelerador, entre outros.
  • Informações do veículo: como número de identificação do veículo (VIN), número de calibração do ECU, entre outros.

Comandos e respostas

O equipamento de diagnóstico envia comandos para solicitar dados específicos ao veículo através do conector OBD. A ECU responde fornecendo os dados solicitados conforme os protocolos de comunicação estabelecidos.

Diagnóstico e manutenção

Com base nos dados recebidos, o equipamento de diagnóstico pode realizar diagnósticos detalhados, verificar o status de sistemas de controle de emissões, apagar códigos de falha após a correção dos problemas, entre outras funções relacionadas à manutenção e ao diagnóstico automotivo.

telemetria em veículos de frota
A Cobli utiliza OBD para telemetria e videotelemetria, permitindo monitoramento em tempo real e melhor gestão de frotas.

Qual a diferença entre OBD e OBD2?

A diferença entre OBD e OBD-II está principalmente na evolução e na abrangência dos padrões de diagnóstico automotivo. Confira mais detalhes:

OBD

  • menos padronizado e varia significativamente entre os fabricantes de veículos.
  • não tem uma interface de diagnóstico padronizada, o que dificulta a interoperabilidade entre diferentes marcas de veículos e equipamentos de diagnóstico.
  • é mais limitado em termos de dados que podia acessar e funcionalidades de diagnóstico

OBD-II

  • versão atualizada e padronizada do sistema de diagnóstico embarcado.
  • define especificações claras para o conector OBD (DLC – Data Link Connector) e para os protocolos de comunicação, incluindo ISO 9141-2, J1850 VPW, J1850 PWM, ISO 15765-4 (CAN), e em alguns casos, SAE J1939.
  • possui maior padronização e interoperabilidade entre veículos de diferentes fabricantes e equipamentos de diagnóstico.
  • permite um acesso mais abrangente aos dados do veículo, incluindo informações detalhadas sobre emissões, parâmetros de funcionamento do motor, transmissão, freios, sistemas de segurança, entre outros.
  • além dos códigos de falha básicos (DTCs), também possui a capacidade de monitoramento contínuo de sistemas de controle de emissões e a leitura de dados ao vivo dos sensores e atuadores do veículo.

Como funciona o OBD da Cobli?

A Cobli oferece soluções avançadas de telemetria e videotelemetria através do seu sistema OBD, especialmente direcionadas para monitoramento e gestão de frotas.

É perfeito para utilização em veículos terceirizados, com fácil instalação e maior flexibilidade para troca e rastreamento. Conheça algumas das funcionalidades principais a seguir:

Telemetria

A telemetria da Cobli utiliza o sistema OBD para coletar dados em tempo real do veículo, como velocidade, RPM do motor, consumo de combustível, temperatura do motor, entre outros parâmetros. Esses dados são transmitidos via rede celular para a plataforma da Cobli, onde são analisados e utilizados para monitorar o desempenho do veículo e o comportamento do motorista.

Videotelemetria

Além dos dados tradicionais de telemetria, a Cobli oferece videotelemetria, que envolve o uso de câmeras conectadas ao sistema OBD para captar imagens e vídeos do ambiente ao redor do veículo. Essas câmeras podem registrar eventos como acidentes, comportamentos de direção agressivos, ou qualquer outra situação que necessite de registro visual.

Cobli Cam

A Cobli Cam é a câmera de telemetria básica da Cobli, que pode ser integrada ao sistema OBD para captura de vídeos e imagens relevantes durante a condução. Ela ajuda na análise de incidentes e na melhoria da segurança. A versão pro oferece recursos adicionais como maior resolução de imagem, visão noturno e armazenamento local de vídeos.

Essas soluções permitem às empresas gerenciar suas frotas de maneira mais eficiente, melhorando a segurança dos motoristas, otimizando o uso de combustível e reduzindo custos operacionais através da análise detalhada dos dados coletados pelo sistema OBD.

Esta publicação te ajudou? Confira essa e outras explicações sobre questões de logística e gestão de frota em nosso blog.

De onde surgiu o protocolo OBD2?

Em 2010, as fabricantes atuantes aqui no Brasil decidiram adotar um protocolo de padronização: o protocolo OBD2. Antes, cada um profissional mecânico tinha o seu jeito de acessar as informações do veículo e cobravam muito caro pelo uso dos scanners que tinham essa capacidade. Hoje em dia, ainda há muita coisa para as quais esses scanners são necessários. O problema é que eles são caríssimos. Mas também existem aparelhos Bluetooth e/ou GSM que têm acesso a diversos tipos de protocolo e que podem acessar tudo isso. Mas por que os scanners são tão caros? Simples. Porque eles conseguem extrair o máximo de informações de um determinado protocolo e ainda são capazes de ler vários protocolos e fazer alterações no veículo via entrada OBD.

Como funciona o protocolo OBD2?

Para saber melhor como isso é possível, basta entender que os protocolos são basicamente como logins e senha diferentes para acessar a mesma coisa, a rede do veículo. A entrada OBD2 possui um conector com 16 pinos (J1962), e cada um é responsável por transmitir uma determinada informação. Cada protocolo serve como uma espécie de dicionário que “traduz” o que cada pino “fala”. No começo existiam basicamente 4 tipos de protocolo: SAE J1850 PWM (Ford), SAE J1850 VPW (General Motors), ISO 9141-2 (Chrysler, carros europeus e asiáticos), ISO 14230 KWP2000 (Maioria dos carros europeus). As variações entre estes protocolos vão desde o mapa dos pinos (qual pino transmite o que) até a frequência de informações da rede ou velocidade da conexão. Hoje em dia, com o aumento do volume de dados transmitidos pela eletrônica dos veículos, surgiu uma necessidade de um padrão mais completo e poderoso. Foi a partir daí que foi criado o protocolo ISO 15765 CAN, ou protocolo OBD2, que atualmente é utilizado em todos os carros comercializados nos Estados Unidos desde 2008, eliminando a necessidade de leitura de 5 protocolos ambíguos.

Como posso acessar os dados dos veículos?

Muitas vezes, os dispositivos usados podem ser um scanner, um dispositivo bluetooth que conecta com um aplicativo instalado no celular (como o Torque para Android) ou até mesmo um dispositivo com um chip telefônico instalado, capaz de enviar estes dados ao vivo para um servidor, que trata essas informações e disponibiliza para o usuário, como é o caso da Cobli e seu OBD2 que traz a internet das coisas (IoT) para seu veículo. Se você for do tipo curioso (como eu), um dispositivo bluetooth pode ser encontrado na internet por um preço bem acessível. Você pode plugá-lo no seu veículo, parear com seu smartphone e se divertir com os dados que forem disponibilizados pelo protocolo! Dá até para resolver algum problema, identificando um erro de diagnóstico e trocando alguma peça defeituosa. Mas é claro: só se você tiver as ferramentas e a conhecimento para isso, senão, deixe esse trabalho com um mecânico especializado para evitar maiores dores de cabeça. Um ponto que você deve ter em mente quando quiser acessar os dados do seu veículo é a “entrada” dele. Aquela que falamos no terceiro texto da série, lembra?. Então…é necessário estar atento porque muitas montadoras não adotaram desde o início o padrão J1962 (trapezoidal de 16 pinos). Um exemplo é a Iveco, com a 35S14, que até o ano de 2013, era necessário utilizar um cabo adaptador que transforma a entrada não usual da Iveco em uma comum J1962, para realizar a conexão e acessar os dados da VUC.

O que é o OBD da Cobli?

Nós desenvolvemos um sistema de gestão de frotas e todos os dados que fornecemos aos nossos clientes, são graças ao OBD2. Então, essa é uma de nossas especialidades! O dispositivo utilizado na Cobli é amplamente utilizado por empresas que optam pelo gerenciamento de sua frota veicular. Por ser um dispositivo com a entrada J1962, basta conectar no carro (com o cabo adaptador, se precisar) e sair usando. Este dispositivo envia tudo via rede celular e nossos engenheiros de software e seus algoritmos decodificam tudo e disponibilizam de uma forma inteligente no nosso painel!

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Estamos disponíveis para tirar dúvidas e demonstrar o sistema de rastreamento e monitoramento de frotas da Cobli em ação.

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