Todo motorista já sabe: os tipos de injeção eletrônica são basicamente os sistemas que controlam o fluxo de combustível no motor do veículo.
Os mais experientes talvez se lembrem dos antigos carburadores, aqueles que, além de fazer aquele barulho inconfundível, faziam o carro soltar a aquela fumaça preta, gastavam combustível demais, deixavam o motorista na mão nas manhãs mais geladas.
Sem falar das falhas na partida, das marchas ou muito lentas ou rápidas demais e de um punhado de outras dores de cabeça causadas pelos carburadores.
A introdução dos sistemas de injeção eletrônica nos veículos, lá pelo final dos anos 1990, amenizou muitas dessas dores de cabeça e ainda resultou em menos desperdício de combustível, menor emissão de gases poluentes e partidas mais rápidas.
Difícil ter saudade dos velhos carburadores, né? Apesar disso, muito motorista ainda tem dúvidas quanto ao funcionamento e aos tipos de injeção eletrônica disponíveis por aí e também quanto à manutenção necessária.
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Se você é um desses motoristas que entendia tudo de carburador, mas ainda quebra a cabeça para entender o funcionamento dos sistemas de injeção eletrônica, não se preocupe!
Neste texto, vamos explicar como funcionam os sistemas de injeção eletrônica, seus diferentes tipos e também como cuidar deles para otimizar o desempenho do seu veículo!
Siga a leitura e confira!
Índice:
O funcionamento do sistema de injeção eletrônica
Primeiramente, é importante lembrar que o sistema de injeção eletrônica é composto pelos sensores, pela central de informações e pelos atuadores.
Todos os componentes do sistema de injeção eletrônica começam a funcionar quase simultaneamente, no momento em que o motorista gira a chave de ignição do automóvel.
Mas o que cada um desses componentes faz?
Distribuídos por diversas partes do motor, os sensores analisam o funcionamento desse mesmo motor: verificam a pressão, a temperatura, velocidade e queima de combustível.
Todas essas informações coletadas pelos sensores são repassadas para a central de informações (também conhecida como unidade de comando).
A central confronta as informações recebidas dos sensores com os parâmetros de fábrica e, a partir disso, controla a injeção de combustível com o objetivo de otimizar o desempenho do motor.
Já os atuadores se responsabilizam diretamente por alimentar o motor e também pela queima de combustível com base nos dados gerados pela central de informações.
E depois que esses três componentes já estão em ação, o que acontece?
É aí uma peça muito importante chamada bico injetor manda o combustível para a câmara de combustão. Lá, uma centelha, ou seja, uma descarga elétrica, detona a mistura de ar e combustível que acaba por empurrar os pistões para cima e para baixo.
É assim que a válvula injetora se desloca e permite que o combustível seja pulverizado no coletor de admissão. Entendeu?
Parece complicado, mas todo esse processo é extremamente rápido: dura poucos segundos!
Os benefícios do sistema de injeção eletrônica
Se você for um desses motoristas saudosistas, que tem um fraco por carros antigos, talvez se pergunte: a substituição dos carburadores pelos sistemas de injeção eletrônica trouxe que vantagens?
Bom, se lembrar a barulheira e a fumaceira dos velhos carburadores não for suficiente para que você agradeça à indústria automobilística pela injeção eletrônica, nós temos outros argumentos.
Os carburadores com frequência falhavam na injeção de combustível na hora de ligar o carro, o que não raro resultava em desperdício.
Os sistemas de injeção eletrônica são mais eficientes e capazes de otimizar o desempenho do motor por serem mais precisos justamente na injeção de combustível, acabando com o desperdício.
Em resumo: a injeção eletrônica ajuda a economizar combustível.
Além disso, o desempenho mais eficiente do motor, garantido pela injeção eletrônica, também leva à redução da emissão de gases poluentes.
Os tipos de injeção eletrônica
Existem dois tipos de sistemas de injeção eletrônica: o analógico, que é mais simples, e o digital, permite determinadas atualizações.
Injeção eletrônica digital
Os sistemas de injeção eletrônica digital contam com uma central de processamento parecida com um computador.
Graças também a um software, a leitura e a resposta às informações das quais depende o funcionamento do sistema são automatizadas.
Por meio de um scanner automotivo, o sistema de injeção eletrônica digital é capaz de gerar relatórios detalhados sobre as condições do motor.
Outra vantagem é que o sistema de injeção eletrônica digital pode ser atualizado por meio da instalação de novas versões do software.
A atualização do software costuma ser feita durante a revisão do veículo e ajuda a otimizar ainda mais o desempenho do motor.
Injeção eletrônica analógica
O funcionamento dos sistemas de injeção eletrônica analógica é bem mais simples.
Neles, os sensores emitem sinais eletrônicos que por sua vez, geram respostas automáticas – uma única linha de comando é suficiente para liberar os impulsos elétricos.
Identificar problemas nos sistemas de injeção eletrônica analógica também é mais fácil (os sinais costumam ser evidentes).
No entanto, diferentemente dos sistemas de injeção eletrônica digital, os sistemas analógicos não geram relatórios.
Outras diferenças entre os tipos de injeção eletrônica
Os sistemas de injeção analógica também vêm em diferentes modelos.
O número de válvulas injetoras, por exemplo, pode variar.
Há veículos são do tipo single point, ou seja, possuem uma única válvula injetora de combustível.
Já os do tipo multipoint têm mais uma válvula injetora de combustível.
Atualmente, a maioria dos veículos é multipoint.
No caso dos multipoint, há um bico injetor para cada cilindro.
Cada bico é preso ao cabeçote e conectado a um duto ligado à válvula de transmissão.
Quando o combustível é injetado, ocorre a mistura como o ar que vem do duto e segue para câmara de combustão.
Como identificar problemas no sistema de injeção eletrônica
Se você perceber que o seu veículo está menos potente, o motor está engasgando ou falhando muito, preste atenção: pode ser um problema no sistema de injeção eletrônica.
Também fique atento aos seguintes sinais: aumento do consumo de combustível, dificuldade para ligar o veículo de manhã, luz da bomba de injeção acesa ou piscando.
O sistema de injeção eletrônica é importantíssimo para bom funcionamento do seu carro, portanto, se você perceber algum dos sinais listados acima, consulte um mecânico sem demora.
Como evitar problemas com o sistema de injeção eletrônica
Prevenir é melhor do que remediar, certo?
Então, fique de olho nestas dicas que vão ajudá-lo a cuidar bem do sistema de injeção eletrônica do seu veículo.
A principal dica é, nenhuma surpresa aqui, a manutenção preventiva.
A cada 30 mil quilômetros rodados, lembre-se de levar seu carro uma oficina mecânica e pedir a limpeza dos bicos e a correção do carvão na câmara de combustão.
Usar combustível aditivado ocasionalmente também ajuda a evitar problemas no sistema de injeção eletrônica.
Além disso, você pode tomar outros cuidados, como não pisar no acelerador logo ao ligar o veículo. A aceleração pode prejudicar a leitura dos sensores.
Também evite a famosa “chupeta” (ligação em paralelo com outra bateria), que pode resultar em pane elétrica devido à sobrecarga. Ou em inversão de polaridade, o que danifica os componentes eletrônicos do veículo. Se a bateria faltar, não tente fazer o carro “pegar no tranco”.
Não lave o motor do carro com jatos de pressão – isso também pode danificar alguns componentes eletrônicos.
Lembre-se de que andar com o carro na reserva aumenta a temperatura dentro do tanque de combustível e danifica a bomba elétrica.
Cuide bem do sistema de injeção eletrônica – ele é essencial para o bom desempenho do seu veículo!
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