Quem é tutor de pet sabe das inúmeras preocupações que rondam o transporte de animais, porque o que todos querem é que o bichinho faça uma viagem segura e tranquila.
Entretanto, escutar relatos de outras pessoas que tiveram experiências ruins no transporte de animais pode gerar angústia, medo e insegurança.
Quem não viu, por exemplo, o caso da Pandora, a cadelinha que ficou perdida por 45 dias no aeroporto? Ou ainda a história do Zyon, um filhote de Golden Retriever, que morreu em um voo do Rio de Janeiro para São Paulo?
Ambos episódios tiveram repercussão nacional, o que acendeu novamente um debate importante que é o transporte seguro de animais.
Isso ocorre, porque hoje em dia muitas pessoas preferem levar os bichinhos de estimação em uma viagem do que deixar o animal aos cuidados de terceiros.
E não somente as companhias precisam estar preparadas, como os tutores devem saber dos cuidados necessários para realizar este deslocamento.
Por isso, preparamos um guia completo com tudo o que você precisa saber sobre como e quando é permitido o transporte de animais. Siga a leitura e confira!
Índice:
Como realizar o transporte de animais de maneira segura?
O primeiro passo na hora de viajar com o pet é saber quais serão os veículos para essa locomoção.
Só assim é possível realizar o transporte de animais em segurança, afinal, cada meio de deslocamento necessita de determinados tipos de cuidados, e até mesmo de documentação.
É importante frisar que o transporte de carga viva é delicado e deve ser muito bem pensado, porque como todo tipo de locomoção, ele também gera riscos ao animal.
Documentos para a viagem
Antes de embarcar com o seu pet, é preciso ter todos os documentos e idas ao veterinário em dia, afinal as vacinas devem estar atualizadas.
Além disso, o tutor precisará de um documento atestando a saúde do animal.
Para espécies como coelhos, aves, furões ou iguanas também é obrigatório a Guia de Trânsito Animal (GTA) ou Guia de Transporte Animal, um documento expedido por um veterinário credenciado e habilitado pelo Ministério da Agricultura ou outro órgão estadual responsável, que contém informações de destino, origem e finalidade do transporte do animal.
Vale destacar que cães e gatos não precisam da Guia de Transporte Animal.
Já para animais silvestres, o Ibama é o órgão responsável por expedir essa autorização. E para quem quiser transitar entre países com o bichinho de estimação precisa obter o Certificado Zoossanitário Internacional.
Caixa de transporte
A caixa de transporte deve ter as medidas especificadas pela companhia aérea, no entanto mais do que isso, o animal precisa estar confortável lá dentro.
Ele tem que conseguir sentar e levantar a cabeça sem problemas, além de poder dar uma volta completa sem dificuldades dentro da caixa.
Se a rota for muito longa, é possível deixar um pouco de ração e água dentro da caixa, mas ambos devem estar bem fixados nas paredes.
Preparo antes da viagem
Uma boa dica é acostumar o animal com a caixa de transporte antes da viagem, desde espaço até cheiro.
Isso pode ser feito com incentivo de petiscos, por exemplo, e vai ser fundamental para que o seu pet não veja aquele local como algo estressante e ameaçador.
Outro ponto é tentar simular o som do avião. Afinal, os animais percebem o mundo muito mais pela audição e pelo olfato.
Por este motivo, o barulho das turbinas pode ser bastante incômodo, mas se o bichinho já tiver tido contato com este som, a viagem tende a ser um pouco mais tranquila.
Alimentação leve no dia do embarque
Com todo o estresse que ficar preso pode causar, é melhor ter uma alimentação mais leve.
Assim, você evita que o animal passe mal e até vomite dentro da caixa.
O ideal é dar a última refeição entre 2 a 3 horas antes do embarque.
Evite prender o bichinho antes do necessário
Quanto menos tempo o pet ficar preso, melhor vai ser para ele. Toda essa experiência da viagem é nova para o animal e, por isso, o ideal é tornar o menos estressante possível.
Então, evite deixar ele trancado na caixa de transporte antes dele, de fato, necessitar estar ali.
Não dê sedativos para o animal
Muitas pessoas acreditam que uma maneira do pet ter uma viagem mais tranquila é oferecendo sedativos, mas isso não é bem verdade.
Quando o animal acorda, pode ficar ainda mais desorientado e estressado, sem contar nos efeitos colaterais que o sedativo pode gerar.
Aliás, muitas companhias aéreas não chegam a realizar o transporte de animais sedados.
Transporte de animais em aviões
As regras para o transporte de animais em aviões variam de acordo com a companhia aérea escolhida.
Aliás, esse é o primeiro passo para quem quer voar com o pet: escolher muito bem a empresa que irá cuidar dele.
No caso da Latam, por exemplo, animais com até 7kgs – contando com o peso da caixa de transporte ou kennel – podem viajar na cabine da classe econômica se for em uma das rotas habilitadas pela empresa.
A Azul também transporta pets com peso total de até 7kgs na cabine, contudo, a companhia não realiza despache de animais para o compartimento de carga.
Já na GOL, pets com até 10kgs, contando o peso da caixa de transporte ou kennel, podem viajar junto aos seus donos.
A empresa também é dona da Gollog, um serviço de transporte de cargas e que pode fazer essa locomoção dos pets independentemente do peso.
Bichinhos que não se enquadram nas exigências de viagem dentro da cabine, independentemente da empresa, vão para o porão do avião e é justamente com estes animais que a preocupação fica ainda maior.
Por isso, separamos algumas dicas para que toda essa logística seja mais tranquila.
Existe alguma raça que não pode viajar de avião?
Sim, cães e gatos com focinho curto, as chamadas raças braquicefálicas, não são transportados no avião, já que o seu sistema respiratório pode ser comprometido durante o trajeto.
Transporte de animais nas rodoviárias
Assim como o transporte de animais nos aviões, as empresas operadoras de ônibus estabelecem as regras e condições para que o pet realize a viagem.
No entanto, em todos os casos o bichinho vai em uma caixa de transporte, com o dono dentro do veículo e jamais no compartimento de cargas.
Em casos de pets de pequeno porte, o kennel pode ir abaixo do assento da frente.
Já para animais de porte médio ou grande, a empresa pode cobrar o valor de uma segunda poltrona para acomodar a caixa de transporte.
Como enviar animais para outra cidade, estado ou país?
O transporte de animais para outra cidade, estado ou país pode ser feito com base nos exemplos vistos nesse texto.
Se for somente um trânsito entre cidades, o tutor do pet pode contratar uma transportadora de animais ou um táxi dog. O pagamento é feito diretamente com a empresa e/ou pessoa contratada.
Também existe a possibilidade de contratar uma transportadora de animais para outro estado.
Vale destacar que qualquer tipo de transporte de animais deve ser muito bem pensado e planejado.
É preciso colocar na balança os prós e contras de tirar o pet de um ambiente tranquilo e que ele já está acostumado para se submeter a uma viagem que pode ser estressante.
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