Estar à frente de uma frota de ônibus é uma grande responsabilidade.
Afinal, esse tipo de veículo se destina ao transporte de pessoas e, por isso, eficiência e segurança são palavras-chave.
Tais compromissos se refletem no dia a dia, com demandas que vão muito além de abastecer os veículos e colocá-las a rodar.
Sobre esse aspecto, inclusive, vale observar um dado interessante, trazido pelo Relatório da Frota Circulante, da Sindipeças.
De acordo com a publicação, enquanto cresce a proporção de ônibus com tempo de fabricação entre 11 e 20 anos, diminui a de veículos mais novos, com 4 a 10 anos de uso.
A maior idade da frota sinaliza que é cada vez mais necessário implementar medidas de controle e de manutenção, especialmente a do tipo preventiva.
Se você tem o desafio de gerenciar uma frota de ônibus, siga a leitura.
Este texto destaca a importância da tarefa, dicas e como usar a tecnologia para a melhor performance e rendimento dos veículos sob sua responsabilidade.
Siga acompanhando!
Índice:
Qual a importância de um bom gerenciamento de frota de ônibus?
Frotas de ônibus estão sujeitas a regimes de trabalho dos mais intensos, principalmente nas empresas que prestam serviços de transporte público.
Por outro lado, aquelas que operam apenas para o público privado não ficam atrás, até porque seus veículos podem fazer trajetos mais longos.
Seja prestando serviços à população geral ou não, o controle da frota de ônibus é a única forma de manter os veículos em plenas condições de funcionamento.
Afinal, disponibilidade é um indicador de performance dos mais importantes.
Um ônibus que fica parado é sinônimo de prejuízo por todos os lados, já que, além do custo com reparos, a empresa deixa de lucrar com a interrupção dos serviços.
Esses e outros contratempos só podem ser evitados quando se investe em rotinas e ferramentas de gestão de frota.
E na sua empresa, como seus veículos estão sendo cuidados?
A seguir, temos algumas dicas para aumentar a eficiência dessa tarefa.
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5 Dicas para gerenciar a frota de ônibus de forma eficiente
Por mais animadora que tenha sido sua resposta à pergunta que encerra o tópico anterior, a verdade é que sempre se pode melhorar.
Isso vale ainda mais quando se trata de gestão de frota de ônibus, um tipo de veículo pesado bastante particular.
Mecanicamente, um ônibus é como um caminhão. A diferença, no caso, é que ele transporta pessoas e não cargas, embora também possa fazê-lo.
Ou seja, além da performance, é preciso cuidar para que os veículos sejam seguros e confortáveis.
Para dar conta desse desafio, siga as dicas que separamos para você:
1. Invista na formação dos motoristas
Uma frota de ônibus sempre em bom estado de conservação depende bastante de como os motoristas se comportam ao volante e conduzem os veículos.
Sendo assim, quando o condutor adota hábitos de direção ruins, tais como esticar marchas ou acelerar bruscamente, isso contribui para o aumento no desgaste de peças, componentes e sistemas.
Além disso, motoristas profissionais, ou seja, aqueles que têm CNH C, D ou E, pela Lei nº 13.103, são obrigados a fazer regularmente o exame toxicológico.
A exigência acentua a importância de se realizar programas de treinamento e capacitação.
Investir na formação também é respeitar o direito ao descanso a que todo condutor profissional tem direito.
Em paralelo, a empresa pode promover palestras, aulas e sessões de conscientização sobre direção defensiva, meio ambiente e primeiros socorros.
Assim, os condutores serão seus melhores parceiros na manutenção da frota de ônibus.

2. Programe rotinas de manutenção
Vimos, logo no começo do artigo, que a frota de ônibus brasileira está envelhecendo.
Esse é mais um bom motivo para não deixar de lado a manutenção programada, a única forma de se evitar que veículos parem por pane mecânica.
Quando isso acontece com um veículo de carga, o prejuízo já é grande, em função do atraso na entrega e pelo custo de reparos por problemas inesperados.
Com ônibus, temos ainda um risco adicional: se o veículo para enquanto transporta passageiros, pode causar danos em termos de imagem para a empresa.
Também se arrisca a ter um processo movido judicialmente por passageiros que se sentirem lesados.
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Por isso, é fundamental que a empresa se antecipe, realizando rotinas de manutenção periódicas.
Elas também podem ser feitas por sistema (elétrico, de suspensão e de frenagem, por exemplo) ou por veículo.
Seja qual for a sua preferência, o mais importante é que seus veículos jamais trafeguem até o limite.
Esse é o típico barato que custa caro.
3. Use a tecnologia (mesmo!)
Programar a manutenção é fundamental, mas é apenas uma parte do conjunto de iniciativas necessárias para se manter uma frota de ônibus em ordem.
Afinal, já se foi o tempo em que as empresas dependiam exclusivamente de mecânicos experientes para garantir plena capacidade operacional.
Evidentemente, esses profissionais continuam sendo muito importantes, mas existem recursos que agregam valor ao seu trabalho.
É o caso das tecnologias digitais de rastreamento e monitoramento de frotas.
A grande diferença é que elas permitem a redução de custos de forma mais inteligente.
Isso acontece porque elas captam dados que servem como referência na hora de tomar decisões.
Por exemplo: imagine que foi identificado que a sua frota está consumindo muito combustível.
Sem a tecnologia, o máximo que se pode fazer é calcular o gasto em volumes ou medindo o consumo na relação quilômetros por litro.
E se o problema estiver no estilo de condução dos seus motoristas ou mesmo em uma escolha equivocada de rota?
Esses e outros dados podem ser fornecidos por um sistema digital de gestão de frotas gerencial.
Seus mecânicos agradecem!
4. Decida a partir de dados
A tecnologia pode realmente mudar para melhor o gerenciamento de frotas em todos os sentidos.
Outra de suas vantagens é permitir que gestores tomem decisões com base em dados, ou seja, a partir do que a realidade mostra.
Um bom exemplo disso é quando se utiliza o sistema de telemetria.
Com esse recurso, a gestão se torna não só mais eficaz, como fica menos trabalhosa.
Um bom software é um excelente meio de se obter dados.
Ele pode gerar pontuação por motorista, de acordo com informações como acelerações e frenagens bruscas, curvas perigosas e velocidades excedidas.
Não é melhor do que apenas deduzir que um certo condutor não está se comportando bem ao volante?
5. Mude a cultura organizacional
Por outro lado, empresas de transportes nem sempre estão habituadas a operar a partir de recursos digitais.
É o que se verifica pelo Índice de Maturidade Digital (IMD) Brasil 2019, produzido pela agência Isobar.
Das empresas de destaque, nenhuma é do segmento de transportes.
Esse é apenas um dos indícios de que o setor como um todo pode e deve fazer um esforço para mudar sua cultura organizacional.
Outro indicativo vem da Pesquisa CNT de Motoristas de Ônibus Urbanos 2017.
Dos 1055 profissionais entrevistados, 17,3% disse que os veículos conduzidos não possuem qualquer tecnologia de rastreamento.
Não é porque o negócio não envolve tecnologia que não é possível se beneficiar dela, concorda?
Treinamento do motorista de ônibus: entenda a importância
Diferentemente dos motoristas que trabalham no transporte de cargas, os condutores de ônibus lidam constantemente com as pessoas em suas viagens.
Assim sendo, eles são, de certa forma, a primeira linha no atendimento ao cliente nas viações.
Esse já é um bom motivo para investir no treinamento dos seus profissionais, já que eles representam a sua empresa junto ao público externo.
Não menos importante, o treinamento é a única forma de garantir que eles irão adotar modos seguros de dirigir.
Dessa forma, a empresa ganha ao reduzir o risco de sinistros e ao manter seus veículos sempre em boas condições.
Afinal, as boas práticas de direção são decisivas para reduzir o desgaste de um veículo, seja ele pesado ou não.
Motoristas treinados são mais seguros no que fazem e, por isso, mais motivados.
Também se mostram mais educados ao volante, o que os leva a ser mais confiáveis e a cumprir as rotas que a empresa determinar.
Ou seja, oferecer treinamentos é um dos melhores investimentos que uma empresa pode fazer por ela, pelos clientes e pelos próprios motoristas.

Como fazer a manutenção do ônibus de forma correta [Com check list]
A gente já destacou que, para ter sempre uma alta disponibilidade de veículos, a melhor solução é a manutenção programada.
Imagine que um carro a menos por dia na sua frota representa não só o gasto com consertos, mas prejuízo pelos passageiros que deixam de ser atendidos.
Logo, é muito mais vantajoso o baixo custo da manutenção preventiva do que os danos causados por veículos avariados, concorda?
Vamos ver, na sequência, o que não pode faltar nas rotinas de manutenção em uma frota de ônibus.
Check list para manutenção de ônibus
Sabemos que você não tem tempo a perder.
Por isso, apresentamos um checklist dos sistemas, componentes e procedimentos que não podem deixar de ser realizados regularmente em seus veículos.
Confira!
Pneus
A troca de pneus é, certamente, uma das maiores fontes de custos em frotas, seja de transporte de cargas ou de passageiros.
Pneus em bom estado são garantia de segurança, conforto na direção e custos menores com trocas e manutenção.
Para mantê-los nas melhores condições, a medida número 1 é cuidar da sua correta calibragem todos os dias.
A empresa também deve observar o alinhamento e balanceamento dos veículos, procedimento que veremos com mais detalhes na sequência do texto.
Outro cuidado que deve ser tomado é evitar rodar com os pneus até que fiquem carecas.
Em dias chuvosos, eles aumentam o risco de acidentes, já que podem levar o veículo a derrapar na pista molhada.
Lembre-se: mais vale o custo da troca constante do que ter que arcar com o prejuízo de um acidente.
Óleo do motor
Não há motor que funcione sem óleo lubrificante, já que ele serve para evitar o atrito de metal contra metal dentro do motor e de outras partes.
Por isso, um checklist de manutenção para frota de ônibus não pode deixar de ter a verificação do óleo.
Confira sempre a sua viscosidade e o aspecto do produto.
Se estiver muito ralo e escuro, é sinal de que é hora de trocar.
Não deixe, ainda, de seguir as recomendações do fabricante sobre os prazos de troca.
Módulos
Os ônibus de hoje são todos equipados com módulos eletrônicos, dos quais depende o correto funcionamento dos sistemas.
Verificá-los regularmente é indispensável para se manter a frota operacional e os veículos corretamente ajustados.
Isso pode ser feito por meio de softwares desenvolvidos com essa finalidade.
Na dúvida, converse com um especialista, já que módulos são componentes mais sofisticados e que pedem uma intervenção profissional.
Sistema elétrico/iluminação
Sem luzes, ar condicionado, alertas e sinais um ônibus não há como rodar e conduzir passageiros.
Assim sendo, a checagem do sistema elétrico é indispensável, especialmente porque dele depende o funcionamento da sinalização e o conforto das pessoas dentro do veículo.
Alinhamento/Balanceamento
Como destacamos antes, pneus e rodas precisam estar sempre alinhados e balanceados, evitando assim seu desgaste prematuro.
Mas também é fundamental para que o consumo de combustível seja minimizado.
Ou seja, é uma parte do checklist importante porque ajuda a eliminar custos futuros.
5 gastos com a frota de ônibus que você pode evitar
Lucros maiores são também sinônimo de custos menores.
Considere, nesse caso, que de pouca utilidade será aumentar a quantidade de passageiros ou de viagens se as despesas com a frota forem altas demais.
Então, confira a seguir que gastos você pode evitar e algumas maneiras de se fazer isso.
1. Combustíveis
O consumo de combustíveis é uma das fontes de despesas principais em frotas.
No entanto, poupar diesel ou GNV é sempre um desafio.
Afinal, frotas de ônibus costumam operar em trajetos mais ou menos fixos.
Por isso, vale recordar do que já falamos sobre treinamento e capacitação de motoristas, já que o estilo de conduzir afeta diretamente o consumo.
Também vale ficar atento à procedência do combustível utilizado.
O barato, nesse caso, costuma sair muito caro.
2. Pneus
O estilo de condução afeta ainda a durabilidade dos pneus.
Um motorista que freia bruscamente colabora para a diminuição da vida útil desses componentes essenciais.
Outra medida fundamental para reduzir os gastos com pneus, como você já viu, é cuidar do alinhamento e balanceamento.
3. Seguros
Por determinação da Agência Nacional de Transporte de Passageiros (ANTT), toda empresa de transporte devidamente credenciada deve contar com um seguro para as pessoas transportadas.
Por isso, uma cotação ampla de preços é a melhor forma de se assegurar custos menores com apólices de seguros.
Também vale investir em tecnologia de rastreamento, já que as seguradoras oferecem redução na cobrança para veículos que contam com esses dispositivos.
4. Peças e componentes
Revisões periódicas nos veículos servem justamente para verificar se o motor e seus componentes estão em ordem ou se é necessária alguma troca.
Não se esqueça de que mais vale trocar uma peça de forma preventiva do que usá-la até a falha total.
5. Multas
Motoristas que recebem multas geram um problema porque, se não for apurado dolo, é de responsabilidade da empresa o pagamento das infrações.
O mesmo vale para a interposição de recursos, que pode resultar em custos com assessoria e advogados.
Sendo assim, mais vale investir em treinamento para que seus profissionais não venham a ser flagrados em desacordo com a legislação de trânsito.
Isso ajuda a evitar também a suspensão do direito de dirigir e, por consequência, que a empresa tenha que contratar novos motoristas para cobrir os que estiverem impedidos de conduzir no período

Qual a importância de usar um sistema para gerenciamento de frota de ônibus
O exemplo das multas serve para ilustrar a importância de um sistema de gerenciamento de frotas.
Isso porque o monitoramento funciona não só para verificar a velocidade de cada veículo em tempo real, mas como fator para coibir o mau comportamento ao volante.
Ajuda, ainda, a avaliar com mais precisão o desgaste de peças, o consumo de combustível e se as rotas estão sendo cumpridas.
É o que destacamos lá no início do texto: eficiência e segurança são compromissos que você consegue atender na sua frota com o apoio da tecnologia.
Como escolher o melhor sistema para gerenciar sua frota de ônibus
A escolha do sistema para gerenciar sua frota de ônibus exige conhecer as soluções que o mercado oferece.
Em segundo lugar, vale observar depoimentos de clientes e casos de sucesso que possam comprovar o valor da ferramenta.
Outra boa prática é avaliar se ela oferece as funcionalidades que você precisa, o que depende de identificar as suas necessidades na gestão da frota.
Por fim, é sempre interessante aproveitar o período de teste grátis do software para avaliar como ele se comporta na prática.
Seguindo esses passos, você faz o melhor uso da tecnologia e consegue controlar sua frota com resultados superiores.
Conclusão
Ao longo deste texto, você viu que gerir uma frota de ônibus é uma tarefa que demanda recursos, ferramentas e os profissionais certos.
Felizmente, com a tecnologia, o desafio pode ser superado com mais facilidade.
Essa é a missão da Cobli: fornecer facilidades para você superar todos os obstáculos no gerenciamento de sua frota.
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