A logística de um País não se faz apenas com veículos de grande porte. O veículo de carga de pequeno porte também é necessário para que essas mercadorias cheguem ás pessoas, especialmente nas grandes cidades.
Muitas vezes, quando pensamos em veículos de carga, a primeira imagem que vem à cabeça são caminhões de grande porte, que cortam as estradas de todo o Brasil.
É uma imagem que faz sentido: o transporte rodoviário de cargas é muito presente na nossa realidade – estatísticas afirmam que ele é responsável por movimentar 90% de todas as mercadorias do País.
Mas, além disso, há uma série de outros tipos de serviços que demandam veículos de diferentes tamanhos – e saber escolher entre eles não é exatamente muito simples.
Nossa tarefa neste texto é te apresentar as principais características e tipos de veículos de carga de pequeno porte, para que você consiga entender qual é o ideal para a sua atividade.
Também vamos falar de alguns serviços que podem ser feitos com um veículo de carga de pequeno porte e quais são as licenças e habilitações necessárias para quem quer rodar com eles. Vamos lá?
Quais são os veículos de carga de pequeno porte?
Há diversos tipos de veículos de carga de pequeno porte disponíveis no mercado hoje em dia.
Além do preço e do tamanho, há muitas coisas que os tornam diferentes, como o design, a habilitação necessária para dirigir e até mesmo se eles podem se tornar veículos de passeio “aos finais de semana”.
Na maior parte dos casos, os veículos de carga de pequeno porte se dividem entre três tipos: utilitários tradicionais, utilitários esportivos e os VUCs, ou veículos urbanos de carga.
- Utilitários tradicionais: são usados para transportar cargas leves, realizar pequenos fretes e fazer entregas, são uma categoria ampla que inclui vans e furgões, além de outros veículos comerciais leves, como os conhecidos modelos Fiorino e Doblö.
- Utilitários esportivos: com visual mais moderno, são considerados veículos de carga porque podem trafegar em ambientes mais difíceis e serem espaçosos, mas ao mesmo tempo serem veículos de passeio – a lista inclui picapes e SUVs.
- Veículos Urbanos de Carga (VUCs): com dois eixos, é um caminhão voltado para fazer entregas e serviços dentro de cidades, com largura máxima de 2,2 metros e capacidade de transportar até 03 toneladas.
Quais são as vantagens de um veículo de carga de pequeno porte?
Existem inúmeras vantagens de se utilizar um veículo de carga de pequeno porte na sua operação – claro, dependendo do tipo de serviço que você precisa executar.
A seguir, vamos fazer uma lista das principais vantagens de quem escolhe esse tipo de veículo.
- Consumo menor: normalmente, esses veículos tem uma eficiência de combustível e outras peças muito grande, em comparação a caminhões de grande porte.
- Sem restrições de rota: ao contrário de outros tipos de veículos de carga, como caminhões médios e pesados, veículos pequenos podem rodar em qualquer lugar das cidades, sendo ótimos para quem roda em metrópoles e regiões metropolitanas.
- Facilidade de estacionamento: por serem menores, eles também conseguem ser mais versáteis em termos de estacionamento nas grandes cidades – o que é uma mão na roda não só para carga e descarga, mas também para quando não estão rodando.
- Versatilidade para os motoristas: muitos dos veículos leves que listamos acima estão inclusos na categoria B da CNH, a mesma utilizada para dirigir carros populares, dispensando que o motorista precise fazer outra habilitação.
- Versatilidade de uso: como já vimos, vários desses veículos são versáteis e podem ser usados não só para cargas, mas também para passageiros; vans e furgões, por exemplo, são bastante usados em transporte escolar, enquanto muitos SUVs também são ótimos carros de passeio (e até usados para trilhas, em passeios!), o que é muito útil para quem tem um pequeno negócio e divide o carro entre o trabalho e o uso particular.
São motivos que acreditamos que qualquer dono de negócio deveria levar em consideração na hora de optar por um veículo leve de carga.
Quais serviços os veículos leves de carga podem desempenhar?
Como já citamos anteriormente, veículos leves de carga podem desempenhar inúmeros tipos de serviço.
O mais óbvio deles, como você pode imaginar, é o transporte de bens de consumo nas grandes cidades, entregando itens de centros de distribuição para consumidores finais ou para o varejo.
Além disso, veículos leves de carga também podem fazer várias outras atividades:
- Carretos e mudanças;
- Transporte de móveis e materiais de grande porte;
- Serviços de entregas, sejam elas para um mesmo cliente ou para vários;
- Serviços de distribuição;
- Apoio para quem presta serviços de manutenção;
- Apoio para profissionais liberais.
Também vale dizer que vários desses veículos também costumam ser adaptados a outras funções – vans, por exemplo, frequentemente são usadas como estações para vendas de refeições rápidas, como cachorro quente e churros.
Essa adaptação pode incluir também o transporte de passageiros, no caso das vans – quem tem mais idade vai se lembrar que a Kombi, um sinônimo de veículo de carga, tinha os bancos dos passageiros removíveis, para torná-la ainda mais útil.
É preciso ter habilitação especial para dirigir veículos de carga?
Depende. As regras de habilitação para um veículo de carga leve variam bastante de acordo com o veículo – e principalmente, seu peso.
A categoria B, que é válida para carros populares, permite que os motoristas dirijam veículos de quatro rodas, com lotação máxima de 9 lugares (incluindo o condutor) e peso bruto total de 3.500 quilos.
Ou seja, é importante ficar atento ao peso do veículo e à quantidade de lugares para não ter problemas – algumas vans e furgões podem estar inclusas, enquanto outras não.
No entanto, se o motorista desejar fazer o transporte de passageiros também, ele precisará ter uma habilitação da categoria D.
Se o peso do veículo for superior a 3,5 toneladas, será necessária uma habilitação de categoria C, a mesma que é usada por motoristas de caminhão.
Isso pode incluir diversas picapes e SUV, a depender do seu peso total.

Além disso, o motorista também deve ficar atento para a necessidade de fazer o registro de seu veículo junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Isso porque a ANTT exige que todos os veículos que façam o transporte rodoviário de cargas com remuneração sejam registrados no RNTRC, o Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga.
Se esse for o seu caso, o processo para tirar o registro é simples: basta acessar o site da ANTT para tirar as dúvidas e procurar a ANTT ou postos credenciados ao redor do país.
Qual é o melhor veículo de carga para o seu serviço?
Essa é uma pergunta que só você vai saber dizer – em vez de indicar um ou outro modelo específico, achamos melhor levantar alguns pontos para você prestar atenção na hora da compra.
Afinal de contas, são tipos de veículo bastante diferentes e eles também podem ter bastante variação em termos não só de preço, mas conforto, tipos de uso, design, consumo, facilidade de manutenção, segurança e confiabilidade.
Assim, vale a pena prestar atenção em alguns aspectos:
O primeiro é a ligação entre peso e combustível: normalmente, quanto mais leve for o veículo, menos combustível ele vai consumir, algo importante em tempos de preços cada vez mais caros.
Outro é o tamanho e a utilização que você vai dar para o veículo – quem presta serviços talvez não precise de um VUC, mas uma van estará de bom tamanho.
Para quem está pensando em uma picape, vale a pena prestar atenção na capacidade de ter cabine simples ou dupla, bem como na carroceria aberta ou fechada — algo que pode mudar bastante o tipo de carga que poderá ser levada.
A capacidade do motor e a tração do veículo (caso sua intenção seja passar por terrenos mais difíceis, como estradas de terra ou até mesmo ausência de estradas) também são pontos bastante importantes.
Além disso, para quem pretende usar o veículo de forma mista, também como carro de passeio, é importante considerar o conforto e a quantidade de lugares.
Agora que você já sabe tudo o que considerar sobre o veículo de carga de pequeno porte, é uma boa hora para pensar se eles cabem mesmo na sua operação. Mãos à obra?
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