A malha rodoviária do Brasil é incrivelmente extensa e muito importante para o desenvolvimento socioeconômico do país. A intensa movimentação também envolve elementos que são desafiadores para empresas, como a grande quantidade de pedágios.
Para manter a competitividade no mercado, corporações precisam manter custos enxutos, e as despesas com transporte abocanham boa parte do orçamento de empresas.
Nesse cenário, pode parecer tentador optar por trajetos que fogem as principais rodovias — repletas desses postos de cobrança — e adotam como alternativa as estradas vicinais.
Contudo, como saber se essa é a melhor saída para conter gastos? Continue lendo esse artigo e descubra se vale a pena desviar a rota para evitar pedágios. Acompanhe!
Quais são as condições das estradas vicinais no Brasil?
Apesar da magnitude das principais vias do país, grande parte do escoamento da produção e transporte de cargas dependem de estradas vicinais — não somente pelo fator econômico — já que elas propiciam mais capilaridade e acessibilidade para determinados locais.
Estradas vicinais são municipais e representam um importante elo entre as cidades e, diversas vezes, são o único caminho viável para se chegar às rodovias federais e estaduais. No estado de São Paulo, a João Colombo, que liga os municípios de Pindorama, Catanduva e Ariranha, é uma estrada vicinal muito movimentada.
Outros exemplos dessas estradas são a que corta o município de Itajobi, também em São Paulo, e a Serra da Rocinha, que liga diversas cidades no Rio Grande do Sul.
Todavia, a realidade delas, em sua grande maioria, não condiz com sua relevância. Dirigir por elas significa um enorme transtorno para motoristas, já que pesquisas apontam que muitas estão esburacadas e sem nenhum sinal de manutenção.
Além disso, pesquisas apontam que, infelizmente, 80% das estradas no país não são pavimentadas, o que é um péssimo sinal para o transporte de qualidade.
Por que elas não são a melhor opção?
A condição precária da maior parte das estradas vicinais no Brasil indica que optar por elas para evitar pedágios não é a melhor solução para economizar.
Muito pelo contrário, os riscos que elas oferecem podem inclusive pesar ainda mais no bolso da empresa. Entenda porque adotar essas rotas não é a melhor ideia para o transporte:
1. Risco de acidentes
O maior problema da falta de manutenção nas estradas vicinais é o alto índice de acidentes facilitado pela grande quantidade de buracos e falta de sinalização.
Muitas dessas vias são extremamente sinuosas, estreitas e a vegetação malcuidada toma conta tanto da pista como do acostamento. Em alguns casos, o excesso de rachaduras no caminho colabora para desmoronamentos e formação de crateras.
Nessa situação, acidentes são frequentes. Logo, adotar trajetos que colocam a vida dos motoristas em risco não é uma opção viável.
2. Possibilidade de perdas
Além de submeter à vida dos condutores ao perigo, a integridade das cargas também está comprometida. Muitos acidentes terminam em capotamentos, que ocasionam a perda de mercadorias e geram grandes prejuízos para empresas.
Ademais, ao conduzir por vias muito acidentadas, as caixas e produtos dentro dos caminhões se movimentam em demasia e, assim, os itens podem sofrer amassados, arranhões ou danos irreversíveis. Frutas, legumes e alguns alimentos, por exemplo, estão suscetíveis a estragar por completo.
Logo, mesmo deixando de arcar com custos dos pedágios, um empreendimento corre o risco de ter desperdícios, de não conseguir comercializar toda a sua produção ou sofrer perdas que vão prejudicar sua imagem diante dos clientes.
3. Danos aos caminhões
Uma das maiores despesas logísticas estão relacionadas ao consumo de combustível e manutenção de caminhões. No entanto, dirigir por estradas vicinais para evitar pedágios pode elevar ainda mais esses custos.
A conservação e disponibilidade dos veículos são itens essenciais para as operações de uma empresa. Caminhões ociosos e com defeitos mecânicos prejudicam o fluxo das entregas e acumulam gastos desnecessários.
Estradas em péssimas condições contribuem para a redução da vida útil de um caminhão e provocam complicações como:
- a nuvem de poeira levantada por conta da terra solta entopem os filtros de ar, o que acaba exigindo trocas mais constantes;
- terreno acidentado promove desgaste prematuro dos pneus;
- problemas na suspensão;
- desgaste e quebra da suspensão ocasionam o desalinhamento do veículo;
- os impactos das mercadorias dentro do carro podem causar rachaduras e danos a estrutura do baú.
4. Suscetibilidade ao perigo
Estradas vicinais sem cuidado, sinalização e, sobretudo, a fiscalização adequada são regiões onde o motorista está mais suscetível ao perigo de sofrer assaltos, por exemplo.
Casos de roubo e furto de cargas são uma realidade no país e os números só aumentam. A sensação de insegurança é grande, o que leva empresas a investir em tecnologia — como o rastreamento e monitoramento de veículos — e boas práticas a fim de se preservar desse risco e impedir que prejuízos e problemas aconteçam.
Uma orientação comum dada aos motoristas é a de evitar vias com luminosidade precária e baixo efetivo policial, fatores que refletem a realidade da maior parte das estradas vicinais que não recebem atenção devida do governo. Portanto, trafegar por essas rotas pode representar uma ameaça mais acentuada do que o usual, já que esses aspectos favorecem a ação de criminosos.
5. Atrasos nas entregas
Em rodovias asfaltadas, a velocidade máxima permitida é de 110 km/h, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Em estradas vicinais não pavimentadas, esse número cai para 60 km/h. Além disso, a necessidade de desviar de buracos e contornar outros obstáculos tornam o trajeto ainda mais lento.
Otimizar rotas é fundamental para conseguir fazer entregas mais rápidas. Cada vez mais, empresas são pressionadas a fazer remessas ágeis e eficientes, o que as leva a apostar em métodos e tecnologias capazes de encurtar distâncias. Um exemplo disso são os softwares de roteirização.
Adotar rotas por meio de estradas vicinais, mesmo que mais curtas, pode acometer a competitividade da empresa e motivar atrasos nas entregas, causa de aborrecimento para os clientes.
Como você pode perceber, evitar pedágios por meio das estradas vicinais possivelmente não é a melhor manobra para o seu negócio. Uma empresa pode economizar no pagamento dessas taxas, porém sofrer com outros transtornos que afetam sua frota e sua equipe de condutores.
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