Colocando óleo novo no carro.

Quando e como trocar o óleo do carro? [Guia]

Você sabe quando e como trocar o óleo do carro? Esse é um cuidado muito importante a se ter com os veículos em geral, especialmente os que fazem parte de frotas e são usados para fins profissionais.

Neste guia vamos explicar por que a troca é importante, os sinais de que chegou o momento de realizá-la, a frequência indicada, os tipos de óleo disponíveis no mercado, além do passo a passo para trocar e fazer a verificação periódica.

Acompanhe a leitura e tire as suas dúvidas!

Por que é importante trocar o óleo do carro?

O óleo exerce funções muito importantes para o funcionamento de um veículo, como:

  • Mantém as peças internas do motor lubrificadas para reduzir o atrito, retardando seu desgaste;
  • Evita o acúmulo de impurezas e a formação de ferrugem;
  • Auxilia no resfriamento do motor.

Quando passa da validade, o óleo não consegue cumprir essas funções corretamente. Como consequência, o carro pode perder a sua potência ou, em casos mais graves, ter seu motor fundido, gerando um grande prejuízo.

Por isso, realizar a troca de óleo respeitando o prazo de validade ajuda na redução dos custos de manutenção, especialmente de frotas, situação em que as despesas são multiplicadas.

Quais são os sinais de que o óleo do carro precisa ser trocado?

Existem alguns sinais que os veículos costumam dar de que é hora de trocar o óleo do carro, veja!

Fim do prazo recomendado pelo fabricante

No manual do veículo é informada a frequência com que o óleo deve ser trocado. Geralmente, é recomendada a troca a cada 12 meses ou 10 mil quilômetros rodados.

Cor e consistência do óleo

A cor e a consistência do óleo mudam conforme o tempo de uso. O óleo novo é fluido e tem cor clara, tornando-se espesso e escuro quando está perdendo sua validade.

Nível do óleo

A quantidade de óleo também diminui conforme o uso. Por isso, os veículos possuem uma vareta de medição que indica o nível adequado.

Luz de advertência do óleo ou de checagem do motor no painel

Os veículos mais modernos possuem uma luz que acende no painel informando que é hora de trocar, seja pelo nível de óleo estar baixo ou pelo excesso de sujeira.

Além disso, existem carros que, embora não possuam esse indicativo, contam com um alerta de checagem do motor. Como o óleo tem ligação direta com seu funcionamento, esse sinal pode estar relacionado.

Com que frequência é preciso trocar o óleo do veículo?

Conforme explicado anteriormente, o fabricante do veículo é quem determina a frequência para trocar o óleo. Por isso, o ideal é sempre consultar o manual do proprietário, respeitando o que vier primeiro, o tempo ou a quilometragem.

A periodicidade varia conforme o modelo e o uso, podendo ir de 5 a 10 quilômetros e de 6 meses a 1 ano.

Quais são os tipos de óleo de motor disponíveis e como escolher o ideal?

Além de identificar a hora da troca, é preciso saber como escolher óleo para motor de carro. Afinal, são 03 tipos disponíveis no mercado, tendo indicações segundo o tipo de veículo e uso, observe:

Mineral: feito a partir de várias substâncias, é o mais barato dos três tipos, além disso, tem durabilidade menor, não sendo tão indicado por especialistas.

Sintético: por ser fabricado em laboratório, existe um maior controle sobre as suas propriedades, por isso é mais puro. É o mais caro entre os tipos de óleo disponíveis, sendo o mais indicado pelas montadoras.

Semissintético: obtido através da mistura dos outros dois, é indicado para tipos de motores com maior potência. Assim como o óleo sintético, também possui valor elevado.

Seja para escolher o melhor óleo para moto ou carro, a recomendação é a mesma: verificar o manual do fabricante do veículo e seguir o tipo indicado.

Quando é preciso trocar o óleo do meu veículo? 

Esqueça todos os mitos e conversas aleatórias que você já ouviu a respeito desse assunto: ao contrário de outros tópicos, trocar o óleo é algo que é bom seguir a recomendação da fabricante do seu veículo. 

Não sabe onde achar isso? É simples: você deve checar o manual do carro, caminhão ou moto para ver exatamente qual é a recomendação. 

Além da periodicidade, a marca também vai recomendar a especificação correta do óleo para o seu veículo – e isso leva em consideração modelos, motores e anos. 

Isso significa que sim, o óleo que vai bem no seu carro ou caminhão pode não funcionar no do seu vizinho. 

Há algumas marcas que fazem recomendações diferentes para a primeira troca de óleo ou para as subsequentes – normalmente, a primeira troca de óleo costuma acontecer mais rápido que as demais

Para carros novos, a recomendação costuma girar em torno de 10 mil km rodados ou 12 meses de uso. Algumas marcas, como Fiat, Jeep ou Renault, recomendam a troca a cada 20 mil km para motores a diesel, por exemplo. 

O tempo recomendado também pode ser reduzido pela metade em caso de uso severo do motor, com algumas situações específicas. São elas: 

  • Se o veículo passa frequentemente por estradas com muita poeira, barro ou lama;
  • Se o percurso normal do veículo não soma mais do que 5 km de viagem (na cidade); 
  • Se o veículo frequentemente anda em engarrafamentos, com velocidade média de menos de 10 km/h. 

Essas regras acima são convencionais para todos os tipos de veículo, mas caminhões e motos têm ainda comportamentos específicos. Confira-os abaixo: 

  • Caminhões

Há mecânicos que estipulam prazos como 5 mil ou 10 mil km rodados para cada troca de óleo, mas o melhor é consultar o manual da fabricante. 

Além do período da troca, ele contém detalhes sobre a manutenção correta para diferentes tipos da vida do motor. 

É bom ficar atento ainda à condição do veículo – barulhos ou ruídos fora do normal podem sinalizar problemas de lubrificação e que é hora de trocar o óleo. 

  • Motos

Em fóruns na internet ou conversas com motociclistas, é comum ouvir que as motos devem trocar o óleo a cada 1 mil km. 

No entanto, isso não é verdade. Há motos de baixas cilindradas, por exemplo, que têm como recomendação trocar o óleo apenas a cada 3 mil km. 

Homem verificando o nível de óleo na vareta
Verificar o nível de óleo regularmente é importante para identificar o momento de fazer a troca.

Outro mito comum é o de que motoboys e motociclistas profissionais devem trocar o óleo da moto uma vez por semana, devido ao desgaste intenso – mas, de novo, o que vai determinar como e quando trocar o óleo da moto é a recomendação da fabricante. 

É preciso também trocar o filtro do óleo? 

Sim! O filtro de óleo tem uma função muito importante: eliminar partículas de metal geradas pela fricção das peças do motor, reduzindo a quantidade de impurezas do óleo. 

Antigamente, recomendava-se que o filtro fosse trocado a cada duas ou três trocas de óleo. 

Isso não é mais verdade: as principais montadoras recomendam a troca do filtro junto com a troca de óleo. 

Há razões para isso: as novas tecnologias existentes nos motores provocam mais atrito e calor entre as peças, o que pode gerar maior quantidade de impurezas, criando riscos para danos ao veículo. 

Qual é o problema de andar com óleo acima ou abaixo do nível ideal? 

Todo veículo tem um sistema de varetas para ajudar na indicação de medição do nível de óleo ideal. 

Andar com óleo abaixo do nível mínimo pode, obviamente, atrapalhar a lubrificação do seu motor. 

Isso pode aumentar o desgaste das peças, fazendo o motor perder potência, esquentar e até fundir. 

Já o excesso de óleo pode fazer o lubrificante transbordar além do sistema de lubrificação, gerando acúmulo de material, o que também pode comprometer o desempenho do motor. 

Além disso, vale a lembrança: o nível de óleo deve sempre ser verificado com motor frio e em lugar plano. 

Como trocar o óleo do carro, da moto e do caminhão? 

Se você leu este texto até aqui, já sabe que antes de tudo deve olhar o manual do seu veículo para saber a periodicidade e a especificação do óleo que deve usar. 

A recomendação do óleo deve ser seguida à risca – tanto nos números, que indicam a viscosidade e o nível de desempenho do óleo, quando no material (mineral, sintético ou semissintético).

Se por acaso você perdeu o manual do seu veículo, não tem problema: marcas de óleo costumam ter uma tabela específica para diferentes veículos. 

Aqui, por exemplo, você pode conferir tabelas da Ipiranga para motos, caminhões e carros. 

Não há problema em utilizar óleo de marcas diferentes na mesma troca, desde que essa especificação seja respeitada. 

Por outro lado, é recomendado que você troque todo o óleo do veículo de uma vez só – juntar óleo velho com óleo novo pode gerar contaminação do lubrificante e atrapalhar o desempenho do motor. 

Caso seja inevitável só completar e não fazer uma troca total, aí sim o recomendado é de que você coloque óleo da mesma marca no veículo – e faça a troca total assim que for possível. 

Um mito bastante comum é o de que carros com alta quilometragem devem utilizar óleo mais grosso. 

Não é verdade: isso pode comprometer o veículo e fazer o motor precisar de mais energia pra se movimentar, elevando o gasto com combustível. 

É preciso usar lubrificantes ou aditivos na troca de óleo? 

Não! O óleo por si só já é um lubrificante, de maneira que você não precisa colocar outros materiais lubrificantes na hora da troca. 

Além disso, utilizar aditivos é jogar dinheiro fora: qualquer óleo, por si só, já tem em sua composição um conjunto de aditivos. 

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) inclusive manda que marcas de aditivos coloquem em sua embalagem que eles não são essenciais para os veículos. 

O prazo da troca de óleo passou. O que fazer? 

Calma, está tudo bem: segundo engenheiros e especialistas, de modo geral não é algo grave deixar o prazo de troca passar. 

O importante, nesse caso, é verificar se o nível do óleo está acima da indicação mínima da vareta. 

Agora, com essas informações, chegou o momento de ficar de olho na saúde do seu veículo, fazendo a troca de óleo sempre que necessário!

Passo a passo para trocar o óleo do carro

É mais indicado fazer a troca do óleo em uma oficina especializada. No entanto, esse não é um impeditivo para o proprietário do veículo realizá-la por conta própria. Acompanhe o passo a passo.

Passo 1: prepare o veículo e o ambiente

Para realizar a troca, o veículo precisa estar em posição plana. Se você não couber debaixo dele, será necessário elevá-lo com o auxílio de 04 cavaletes automotivos, lembrando sempre de mantê-lo reto.

Forre o chão com jornais ou papelão para evitar sujeira e prepare uma bandeja para coletar o óleo velho.

Passo 2: dispense todo o óleo usado

Abra o bujão do cárter e deixe todo o óleo escorrer na bandeja posicionada debaixo do carro. Depois disso, recoloque o bujão, lembrando de incluir a arruela de vedação nova.

Lembre-se de, em seguida, descartar o óleo usado seguindo as recomendações do fabricante informadas na embalagem. Geralmente, as empresas realizam a logística reversa desses resíduos, a fim de seguir as normas relacionadas.

Passo 3: coloque o óleo novo

Retire o filtro de óleo e a borracha de vedação. Pegue o filtro de óleo novo, lubrifique a borracha de vedação com uma pequena quantidade de óleo e rosqueie novamente.

Com o bujão do cárter e o filtro bem vedados, é hora de abrir o cofre do motor e despejar o óleo novo. Contar com um funil irá evitar sujeira e desperdício.

Como verificar o nível de óleo após a troca?

A verificação do nível de óleo é a etapa final do processo de troca, devendo ser realizada cerca de 20 minutos após o procedimento ser concluído, para dar tempo do fluido escorrer internamente.

Para verificar, basta retirar a vareta, limpá-la com um tecido que não solte fiapos, reintroduzi-la no orifício, girar para os lados e retirá-la novamente, observando o nível da marca deixada pelo óleo, que deve estar sempre entre o sinal mínimo e máximo.

Mecânico de automóveis trocando o óleo do motor em uma oficina.
Trocar o óleo do carro periodicamente é um cuidado fundamental para evitar o desgaste prematuro dos componentes do motor.

Importante: realize a verificação uma vez por semana, sempre após o veículo estar desligado há, pelo menos, 20 minutos. A verificação nos postos de gasolina não é indicada, pois o motor quente dificulta a análise.

Quais são as melhores práticas para manter a qualidade do óleo e a saúde do motor entre as trocas?

Além das verificações e da troca periódica, é válido adotar práticas para manter a qualidade do óleo e a saúde do motor, confira!

  • Utilize óleo de qualidade;
  • Não utilize aditivos misturados com o óleo, pois um produto de qualidade já possui todos os componentes que precisa;
  • Evite reutilizar o filtro ao realizar a troca de óleo;
  • Abasteça sempre com combustível de qualidade;
  • Mantenha atenção sobre possíveis resíduos de óleo na garagem, eles podem indicar vazamentos;
  • Faça a verificação do nível de óleo periodicamente;
  • Somente faça a troca de óleo por conta própria se tiver total segurança do procedimento, do contrário, é melhor levar em uma oficina de confiança.

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