Neste ano, o programa de estímulo à indústria automotiva brasileira, o Inovar-Auto, vai chegar ao fim. Após quatro anos definindo critérios para o desenvolvimento da cadeia produtiva de carros no país, o plano termina no dia 31 de dezembro de 2017 e dá lugar à Rota 2030.
Com novas regras e incentivos, a ideia é tornar o Brasil um dos maiores mercados de veículos do mundo por meio de um programa de longo prazo, que auxilie o setor de autopeças e estabeleça novas propostas para a eficiência energética.
Para que você conheça o que é a Rota 2030 e o que muda com o fim do Inovar-Auto, separamos todas as metas, objetivos e informações importantes sobre a nova política automotiva brasileira neste post. Confira!
Índice:
Como surgiu a Rota 2030
O novo plano, lançado no dia 18 de abril de 2017 pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, foi formulado junto à iniciativa privada e surgiu junto à necessidade de estabelecer um plano de incentivo à indústria automotiva por um período mais amplo do que o tradicional de quatro anos.
Como o Inovar-Auto não conseguiu alcançar todas as metas necessárias para o desenvolvimento do setor durante sua execução, a ideia é que o novo programa, vigorando entre 2018 e 2030, promova os incentivos necessários para a produção automotiva e faça a diferença na economia brasileira.
Objetivos da nova política
Ao contrário do atual plano brasileiro, a Rota 2030 deverá dar vantagens a produtos sustentáveis e com maior eficiência energética. Confira seus principais objetivos:
- incentivar as inovações tecnológicas no setor automotivo;
- promover um novo ciclo produtivo de veículos baseado em competitividade, alta produtividade e conceitos inovadores de mobilidade urbana;
- organizar ações que atendam às exigências de preservação do meio ambiente;
- reduzir a emissão de gases poluentes;
- garantir a segurança de motoristas e passageiros;
- conceder créditos tributários a empresas que produzem veículos no Brasil e também às empresas importadoras brasileiras.
Com isso, a ideia é chegar ao ano de 2030 com tecnologias de ponta, equivalentes às dos mercados globais, e fazer com que o Brasil desponte com projetos diferenciados e se torne um polo de produção de veículos.
Mudanças no mercado automotivo
Com a iminente implementação da Rota 2030, novas diretrizes para promover o mercado de veículos no Brasil já estão sendo pensadas, destacando, principalmente, o desenvolvimento, a inovação e a segurança veicular.
Diversas mudanças estão chegando junto à nova proposta, como o aumento de pesquisas de desenvolvimento tecnológico, a renegociação de dívidas de fornecedores de autopeças e um programa de fiscalização de carros que tenha abrangência em todo o território nacional.
Além disso, a nova política poderá trazer uma possível reforma tributária e trabalhista no setor automotivo, com o objetivo de tornar o país mais competitivo e atrair mais investidores.
Simplificando todas as mudanças previstas para ocorrer depois da efetivação da Rota 2030, podemos destacar os seguintes pontos:
- eficiência energética;
- integração do mercado brasileiro com as cadeias automotivas globais;
- segurança veicular;
- melhora do ambiente de negócio automotivo;
- aumento da produção brasileira.
Rota 2030 X Inovar-Auto
O Inovar-Auto foi muito criticado por especialistas por ser considerado protecionista e voltado ao mercado interno, além de ter sido condenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por infringir as leis de livre comércio.
Ao dificultar a entrada de veículos importados, o plano impedia que o Brasil atuasse ativamente no mercado global e desenvolvesse sua competitividade frente às grandes potências mundiais.
Outros pontos que geraram críticas entre os profissionais do setor automotivo foram os excessos de impostos e as altas taxas destinadas a veículos importados, que são questões a ser combatidas pelas propostas do novo plano.
Para alcançar os melhores resultados, o objetivo é fazer com que a nova política funcione a longo prazo e inserir o país na competição global, contribuindo para que ele se destaque cada vez mais no setor automotivo.
Benefícios para motoristas
A implantação da Rota 2030, além de beneficiar os profissionais envolvidos no setor, será acompanhada também por inúmeras vantagens aos consumidores de automóveis.
Veículos mais seguros, repletos de inovações tecnológicas e com um preço mais em conta do que os comercializados atualmente no país são alguns dos principais pontos positivos que devem surgir a partir de 2018.
Como os carros movidos a etanol devem receber incentivos a mais, os motoristas poderão perceber uma grande economia na hora de abastecer o veículo com esse combustível. Afinal, o etanol é considerado mais limpo que outros combustíveis e contempla os ideais de eficiência energética propostos pelas novas diretrizes.
Mudanças no novo plano automotivo
Agora que você conheceu todas as metas e objetivos da Rota 2030, resumimos as seis principais mudanças que vêm por aí. Fique atento!
- Como a tecnologia automotiva é essencial para o desenvolvimento do setor, a ideia é que inovações apareçam cada vez mais nos veículos.
- Os programas de incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento automotivo, que se destacaram durante o período de efetivação do Inovar-Auto, deverão continuar em alta para que o desenvolvimento do setor aumente cada vez mais nos próximos anos.
- Não dá para pensar em veículos sem lembrar de segurança. Por isso, o plano que entra em vigor em janeiro de 2018 pretende incluir novos sistemas e recursos nos carros para proteger motoristas, passageiros e todas as pessoas no trânsito brasileiro.
- O custo logístico brasileiro ainda é considerado muito alto por profissionais da área. Por isso, um dos desafios da Rota 2030 é baratear esse custo e aumentar a competitividade do país.
- Muitos veículos podem não atender os critérios adequados para rodar nas vias brasileiras, contribuindo para altos índices de acidentes e poluição. Por isso, um programa de inspeção veicular é uma das propostas do novo plano.
- Os impostos cobrados durante a fabricação de veículos leva em conta a cilindrada do motor. Para garantir a eficiência energética, especialistas defendem que é necessário levar em consideração o nível de emissões e consumo dos carros.
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Parabéns aos idealizadores, bela Iniciativa.