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Dropshipping: essa estratégia vale a pena?

As vendas pela internet tiveram um início tímido no Brasil. O receio de cair em golpes era bastante comum nas pessoas, mas isso mudou com o passar do tempo. A consolidação do e-commerce fica nítida quando observamos os números surpreendentes do setor. De acordo com dados da Ebit | Nielsen, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 133 bilhões em 2018. Somos o país que mais vende pela internet na América Latina. 

De olho nas oportunidades de lucro, novos lojistas virtuais não param de surgir no mercado. Um levantamento do PayPal mostrou que o Brasil tinha mais de 930 mil sites de comércio eletrônico em atividade em 2019. Com tanta gente começando a trabalhar com e-commerce, modelos diferentes de negócio acabam surgindo. O dropshipping é um deles… E um dos mais controversos. Afinal de contas, será que essa estratégia vale a pena? Continue lendo e descubra!

O que é dropshipping?

O dropshipping é um jeito de começar a vender pela internet mesmo sem ter estoque. Em vez de ter o próprio depósito de produtos, o lojista que atua nesse modelo vende itens estocados por um fornecedor. Funciona da seguinte forma:

  • O cliente faz um pedido na sua loja virtual (que pode ter um site próprio e/ou estar nos marketplaces)
  • Você encaminha o pedido do cliente para o fornecedor 
  • O seu fornecedor envia o produto diretamente para o cliente

Na prática, o lojista atua como intermediador entre o cliente final e o fornecedor. Ele nem chega a ter contato direto com o produto, o que elimina a necessidade de espaço físico para armazenamento, além de reduzir o investimento inicial para começar um negócio. Se optar pelo dropshipping, o empreendedor só precisará ter duas coisas para iniciar suas vendas: acesso à internet e fornecedores confiáveis. Interessante, não é mesmo? Na sequência, vamos falar sobre as principais vantagens e desvantagens dessa estratégia. 

Quais são as vantagens do dropshipping?

O dropshipping pode ser bastante vantajoso para quem quer começar a vender pela internet, mas não tem muito capital para investir. Confira alguns benefícios de adotar a estratégia:

Investimento baixo: essa provavelmente é a principal vantagem do dropshipping. Como não é preciso montar um estoque inicial de produtos, o capital necessário para começar o negócio é bem menor. O modelo pode valer a pena para dar o pontapé inicial em uma loja virtual. 

Exige pouco espaço físico: como já falamos, quem trabalha com dropshipping age apenas como intermediador. Não há necessidade de possuir espaço para armazenar produtos, pois eles ficam em posse dos fornecedores.

Não gera problema com itens parados no estoque: produtos sem giro e que acabam “encalhados” no estoque são uma grande dor de cabeça para varejistas — e isso vale tanto para o mundo online quanto para o offline. O dropshipping elimina essa preocupação, pois o lojista apenas encaminha os pedidos recebidos para o fornecedor.

Manuseio e expedição ficam por responsabilidade do fornecedor: o lojista de dropshipping não precisa se envolver com a rotina da expedição de um produto. Todo o processo de procurar o item no estoque, separar, embalar e ir até o balcão da transportadora para fazer a postagem são responsabilidade do fornecedor. Isso significa que, no modelo de dropshipping, o eventual crescimento das vendas não vem acompanhado de um aumento de trabalho para o lojista. Isso pode ser útil para quem pretende gerenciar o negócio sozinho.

E as desvantagens?

Chegou a hora de falar sobre os aspectos negativos do dropshipping. Vamos lá? 

Não há controle sobre o envio dos pedidos: o lojista leva a responsabilidade se o fornecedor atrasar a remessa de uma encomenda. Afinal, o cliente comprou da sua loja e não do seu fornecedor. Esse tipo de situação pode manchar a reputação de um e-commerce, algo péssimo para quem pretende criar um negócio sustentável no longo prazo. Avaliações e comentários negativos espantam novos clientes. Segundo a pesquisa EQI, mais de 40% das pessoas já desistiram de fazer uma compra após ler comentários sobre o produto. 

É difícil se destacar no mercado: como é possível imaginar, muita gente começa a vender no modelo dropshipping por causa da facilidade de dar o pontapé inicial. Mas os fornecedores são bem menos numerosos que os vendedores. O resultado disso é simples: várias lojas acabam vendendo exatamente os mesmos itens, com condições muito parecidas. É complicado se destacar da concorrência nesse modelo de negócio. Isso sem falar que, muitas vezes, o cliente pode cortar caminho e comprar direto do seu fornecedor. 

A margem de lucro é pequena: para o dropshipping valer a pena, a loja virtual precisa fazer um grande volume de vendas para se manter à tona.

A logística reversa pode ser uma dor de cabeça: lidar com a devolução de produtos costuma ser difícil para qualquer um que venda pela internet, mas no dropshipping isso é ainda mais complicado. Como os fornecedores podem estar em diversos lugares do país (ou até fora dele), as devoluções e trocas têm potencial de gerar um grande problema. E o Código de Defesa do Consumidor é bem claro: o cliente tem até 7 dias para desistir da compra. Nesses casos, o lojista é obrigado a arcar com os custos logísticos da devolução, ou seja, o frete reverso não pode ser cobrado do consumidor. Isso pode comprometer a margem de lucro (já apertada) de quem trabalha com dropshipping.

Tributação: quem trabalha com fornecedores internacionais (os mais comuns estão localizados na China) está sujeito ao pagamento de taxas aduaneiras quando o produto chegar em terras brasileiras, outro elemento capaz de estrangular ainda mais a margem de lucro.

Tipos de dropshipping: nacional x internacional

O dropshipping pode ser nacional — quando o seu fornecedor está no Brasil — ou internacional — quando ele está localizado em outros países. O dropshipping nacional tende a ser mais simples que o internacional, pois não há risco de taxas aduaneiras e os prazos de entrega são menores, reduzindo o atrito com clientes em razão de atrasos.

No Brasil, sites como Hayamax e Squid Fácil são opções para quem quer começar a fazer dropshipping nacional. Para o dropshipping internacional, o recomendado é procurar assistência contábil e jurídica antes de escolher um fornecedor. Isso ajuda a evitar problemas com questões tributárias e legais que podem surgir no processo. 

Dropshipping: vale ou não vale a pena?

Quem leu até aqui conseguiu perceber que o dropshipping tem vantagens e desvantagens. E afinal, será que vale a pena vender nessa modalidade? A resposta não é tão direta quanto um sim ou não. A verdade é que depende de cada caso. O dropshipping pode ser bem vantajoso para dar o pontapé inicial em um negócio, pois não exige muito investimento. 

Os problemas podem aparecer no médio/longo prazo por questões inerentes a esse modelo de negócio, como o possível atraso nas encomendas, problemas com devoluções ou até mesmo tributações aduaneiras (nos casos de fornecedores internacionais). Com o passar do tempo, a loja virtual pode enfrentar problemas com a reputação se os atrasos nas entregas forem comuns. Isso dificulta a retenção e a aquisição de clientes. 

Tendo tudo isso em mente, é importante pensar bem antes de adotar o dropshipping como estratégia. 

Dropshipping ou não, todo e-commerce precisa ficar ligado no frete

Todo e-commerce (funcione ele via dropshipping ou não) precisa oferecer fretes competitivos se quiser realizar vendas. Afinal, o valor da entrega é responsável por mais de 80% dos abandonos de carrinho. O cliente acaba desistindo da compra por causa do custo do frete. Por sorte, tecnologias como a do Melhor Envio chegaram para modificar esse cenário. 

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*Por Lucas Zanini | Blog Melhor Envio

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