Inspeção de segurança da frota: como fazer?

Se a inspeção de segurança da frota ainda não faz parte da rotina da sua empresa, é importante começar a pensar em implementá-la. Afinal, medidas de prevenção como essas são fundamentais para evitar imprevistos capazes de prejudicar a operação.

Através de medidas simples, é possível identificar riscos em potencial, prevenir acidentes e falhas que possam deixar veículos parados por dias, além de reduzir custos com manutenções corretivas e multas.

Vamos entender o que é a inspeção de segurança e quais são os seus objetivos? Também daremos dicas de como treinar seu pessoal para realizar esse processo na sua empresa e disponibilizaremos um relatório gratuito para guiar a verificação. Vamos lá?

O que é inspeção de segurança da frota?

Veículos são máquinas que dependem de diversos componentes para funcionar. Assim como ocorre com equipamentos, precisam passar por verificações periódicas para garantir que estejam em perfeito estado de funcionamento.

A inspeção de segurança é um processo realizado com objetivo de prevenção, também aplicado a maquinários de diferentes tipos. Através dele é possível acompanhar o desgaste de peças, identificar o momento de realizar substituições e diversos tipos de manutenção.

Inclusive, existe uma determinação do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) sobre a obrigação das empresas de realizarem a autofiscalização dos veículos movidos a óleo diesel.

Trata-se da Portaria nº 85 de 17/10/1996, que diz respeito à fumaça liberada através da queima do diesel pelo motor. Existe um nível máximo permitido que deve ser respeitado, visando reduzir a emissão de gases na atmosfera. As empresas que não cumprirem estão sujeitas a multas.

Quais são os objetivos da inspeção de segurança em uma frota?

A inspeção de segurança pode ser realizada com diversos objetivos, como:

• Cumprir a Portaria do IBAMA e outras leis do Código de Trânsito sobre o estado de conservação dos veículos;
• Reduzir os riscos de acidentes causados por falhas nos veículos, aumentando a segurança dos colaboradores;
• Reduzir os custos com manutenções corretivas;
• Evitar interrupções na operação devido a defeitos e, consequentemente, atrasos na prestação de serviços;
• Reduzir o consumo de combustível;
• Aumentar a durabilidade dos veículos.

Como preparar uma equipe para realizar uma inspeção de segurança?

Para começar a realizar a inspeção de segurança em sua frota, uma empresa precisa preparar a equipe. Esses profissionais podem ter especificamente essa função ou serem os próprios motoristas, em uma modalidade chamada manutenção autônoma, onde os próprios operadores verificam os equipamentos e veículos.

A preparação dos colaboradores deve incluir:

• Treinamentos para torná-los aptos a realizar os procedimentos;
• Oferecimento de equipamentos de proteção e instruções para usá-los;
• Disponibilização de um modelo de relatório para guiar a inspeção de segurança.

O que é avaliado durante uma inspeção de segurança veicular?

Existem diversos aspectos de um veículo que podem ser considerados em uma inspeção de segurança veicular, conheça os principais!

• Hodômetro, para verificar a quilometragem percorrida;
• Documentação do veículo;
• Freios;
• Validade da bateria;
• Gestão de pneus, com verificação da calibragem e dos sulcos;
• Cintos de segurança;
• Equipamentos de emergência (triângulo, macaco e chave);
• Funcionamento dos faróis;
• Nível de óleo;
• Presença de vazamentos;
• Mangueiras, tubos e reservatórios do motor;
• Condições gerais do veículo, como desgastes, pintura e adesivos.

Como avaliar os riscos e determinar a probabilidade e o impacto de acidentes?

Um dos maiores objetivos da inspeção de segurança, seja de veículos ou máquinas, é evitar acidentes. Por isso, faz parte do processo avaliar riscos através dos problemas identificados. Assim, pode-se traçar um planejamento para corrigir as questões levantadas de modo efetivo.

Para uma avaliação adequada, é preciso ter um processo padronizado, com direcionamento do que precisa ser analisado. A Cobli está disponibilizando gratuitamente um modelo de relatório de inspeção de manutenção. É só baixar e usar!

Essa ferramenta facilitará a verificação, proporcionando mais clareza sobre os riscos e inconformidades. Como consequência, a aplicação de correções será simplificada.

Como elaborar um plano de ação para corrigir os problemas identificados?

Existem diferentes metodologias para criar um plano de ação, entre os mais conhecidos estão: Ciclo PDCA e Diagrama de Ishikawa. Eles servem como base para a aplicação de correções dos problemas identificados durante a inspeção de segurança, observe!

Ciclo PDCA

O Ciclo PDCA (acrônimo de Plan, Do, Check, Act, em português Planejar, Fazer, Checar e Agir) é uma abordagem sistemática e repetitiva para a resolução efetiva de problemas. As etapas realizadas são:

• Plan: o problema é identificado, as metas são definidas e um plano de ação estabelecido;
• Do: o plano é executado e as ações são implementadas;
• Check: é feita uma avaliação dos resultados obtidos em relação às metas estabelecidas, por meio da coleta de dados e análise;
• Act: com base nos resultados da verificação, são tomadas ações corretivas para eliminar as causas raízes do problema e melhorar o processo. 

Diagrama de Ishikawa

Também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe, auxilia na identificação e análise das causas raiz de um problema ou efeito indesejado em um processo.

O diagrama recebe esse nome por sua aparência semelhante à espinha de um peixe. A espinha representa o efeito ou problema a ser investigado e as ramificações são as possíveis causas. 

A ferramenta é utilizada para promover uma compreensão mais profunda do problema, identificar suas causas potenciais e fornecer uma base sólida para a tomada de decisões e a implementação de medidas corretivas eficazes.

Como garantir que as medidas corretivas sejam implementadas de forma efetiva?

A melhor forma de garantir que as medidas corretivas sejam implementadas de forma efetiva é através do acompanhamento contínuo. Afinal, em uma empresa nenhuma solução é definitiva, sendo necessário manter o controle sobre os processos.

Por essa razão, a inspeção de segurança deve ser realizada regularmente, com uma periodicidade específica para cada aspecto do veículo. Existem componentes que precisam de análises semanais e outros podem ser verificados quinzenal ou mensalmente. 

A manutenção dos pneus, por exemplo, devem ter sua pressão verificada semanalmente, com medição mensal dos sulcos. Já as datas de validade da bateria e extintor de incêndio podem ser revistas mensalmente.

Todos esses detalhes devem ser gerenciados através de cronogramas, registros ou, se possível, sistemas que automatizem o gerenciamento. Assim, as medidas corretivas serão realmente efetivas, contribuindo para a segurança da operação e da equipe.

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