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Como funciona o sistema e-frete?

Em 2011, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a Resolução nº 3.658/2011, que regulamentou o Pagamento Eletrônico de Frete (e-frete), previsto na Lei nº 11.442/2007. A Resolução determinou que serviços de transporte realizado por motoristas autônomos, cooperativas ou empresas com frota de até três veículos devem ser pagos por meio de crédito em conta bancária ou outro meio regulamentado pela ANTT e proibindo a Carta-Frete.

Mas o que é “Carta-Frete”? Carta-Frete era uma espécie de vale com que eram pagos aos caminhoneiros que incluía também uma verba para alimentação, combustível e hospedagem e deveria ser trocado em postos de gasolina. Para trocar esse vale às vezes o motorista era obrigado a consumir determinado valor mínimo, o que podia ser bem desvantajoso.

Agora, cada e-frete gera um CIOT (Código Identificador de Operação de Transporte) e a ausência desse código pode resultar em multa. Os sistemas de e-frete permitem que as transportadoras gerem o CIOT sem precisar recorrer a administradoras de meios de pagamento eletrônico, que também oferecem esse serviço.

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Variáveis consideradas no cálculo de frete

Antes de usar a plataforma do e-frete e gerar o CIOT, é preciso saber calcular o preço do frete, não é mesmo?

É bom lembrar que há mais de um tipo de frete: 

Direto ou Normal: a carga é retirada no endereço do remetente e levada até o destinatário. 

Subcontratação: a transportadora contratada para o serviço aciona outra empresa para fazer a entrega, o que pode gerar mais rapidez e eficiência.

Redespacho: a transportadora contratada faz parte da entrega, que é completada por outra empresa parceira.

Mas e o preço?

Bom, um punhado de variáveis influenciam o preço do frete:

Frete Peso: para que a cobrança seja justa, quanto o espaço ocupado pela carga é maior do que seu peso, é espaço ocupado que será considerado no cálculo do preço.

Frete Valor: quanto maior o valor da nota fiscal da carga, mais caro o frente.

Distância percorrida: o valor cobrado é proporcional à distância percorrida.

Características do destinatário: dificuldades para a entrega provocadas pelo destinatário aumentam o valor do frete.

Modal de transporte: existem cinco modais de transporte (aéreo, ferroviário, dutoviário, rodoviário e aquaviário) e se houver combinação de mais de um deles o frete sai mais caro.

Características da carga: cargas valiosas, perecíveis ou perigosas impactam o valor do frete porque exigem embalagens reforçadas e, às vezes, veículos adaptados e transporte mais rápido.

Taxas específicas: as principais taxas cobradas no mercado são taxa de coleta e entrega, taxa de restrição de trânsito (TRT), taxa de dificuldade de entrega (TDE), taxa de reentrega e frete mínimo.

Gerenciamento de risco: são as precauções tomadas para que o transporte seja seguro, que podem resultar em duas taxas cobradas no frete, a GRIS, para cobrir custos gerados pelas medidas de prevenção, e a Ad Valorem, que é uma espécie de seguro a acobertar as cargas em trânsito.

Tributos e pedágios: para fechar o preço, não esquecer de calcular o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e os pedágios pelo caminho.

Correios x transportadoras

Os Correios também realizam transporte de mercadorias. Às vezes, os prazos são menores, mas o preço é mais salgado. Os Correios calculam o frete diferente das transportadoras, pois levam consideração a relação entre o peso da carga e o espaço que ela ocupa. 

Nas transportadoras, o cálculo é muito mais complexo e leva inclui as variáveis explicadas acima para chegar ao valor ideal do frete. Como essas contas são realmente difíceis, algumas empresas optam por tabelas de frete que reúnem as informações necessárias a serem cruzadas para se chegar ao valor ideal.

Calcular frete errado é um perigo. Se o valor do frete for muito elevado, o cliente vai reclamar se não vir justificativa nenhuma para um preço tão alto. Se o frete for muito baixo, pode causar prejuízo, o que complica as contas da transportadora e sua capacidade de honrar seus compromissos, como os salários dos colaboradores e os custos da manutenção. Quando o valor do frete é justo, todo mundo ganha.

A importância da tecnologia no processo

As inovações tecnológicas são uma mão na roda para quem trabalha com logística. Um Sistema de Gerenciamento de Transporte (TMS), por exemplo, automatiza diversas atividades e consegue até formar o valor do frete a partir dos dados fornecidos pelas tabelas de frete. E isso tudo em pouquíssimos instantes.

A tecnologia também ajuda a gerir os despachos, a rastrear as cargas, a auditar as faturas e melhora inúmeros outros processos, gerando eficiência, rapidez e economia.

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