Fazer uma construção ou mesmo uma reforma pequena não é algo fácil – e controlar os custos de obra é um dos principais desafios para quem se aventura nessa jornada.
Saber quanto vão custar os materiais, a mão de obra e até mesmo custos indiretos, como regularizar o que foi feito, é muito importante para saber se vale a pena construir.
Afinal, a construção civil é uma atividade cheia de imprevistos, atrasos e problemas, e é fácil perder o controle das contas – algo que ninguém deseja, não é mesmo?
É por isso que nesse texto vamos falar sobre custos e orçamentos de obras, ajudando você a ter uma estimativa de quanto vai custar cada etapa da construção ou reforma.
Mais do que isso, o custo de obra também vai te ajudar a ter previsibilidade e mais eficiência dentro da sua obra.
Também vamos falar sobre diferentes tipos de orçamentos de obra e dar dicas para te ajudar a baratear o custo da sua obra, com conselhos simples e com apoio da tecnologia. Vamos lá?
Índice:
O que é custo de obra?
Custo de obra, ou ainda, orçamento de obra, é algo muito importante para quem deseja construir ou reformar algo.
Nada mais é do que uma estimativa de quanto o trabalho vai custar, considerando não só os principais gastos, mas sim todas as despesas – em uma lista que inclui mão de obra, serviços, equipamentos, impostos, materiais, encargos, entre outros.
De maneira geral, todos os gastos em uma obra podem ser divididos em dois grupos: os custos diretos e os custos indiretos.
- Custos diretos: representando de 70% a 90% dos custos da obra, são gastos aplicados diretamente na construção, como materiais, mão de obra e aluguel de equipamentos;
- Custos indiretos: são despesas relacionadas à obra, mas não aplicadas diretamente nele, como taxas pagas para ligar água e energia, impostos, taxas, seguros, honorários dos profissionais executivos, entre outras despesas, normalmente representando de 10% a 30% do valor total.
É importante pensar que todos os gastos importam – até mesmo o combustível gasto para ir visitar a obra deve entrar na conta; quanto mais detalhado for seu custo de obra, melhor é sua estimativa.
Como calcular os custos de obra?
Existem diversas maneiras de calcular o custo de uma obra, com tipos de precisão diferentes e níveis de esforço variados.
Não há certo ou errado: às vezes, é difícil precisar o valor exato de uma obra sem um projeto de arquitetura ou engenharia, mas ao mesmo tempo também é necessário fazê-lo para dar os primeiros passos – como justamente encomendar esses projetos.
Neste texto, vamos falar sobre as principais técnicas usadas em obras residenciais – mas as mesmas técnicas também podem ser aplicadas para alguns tipos de negócios, ok?
Estimativa de custos (CUB)
Muito usada para quem quer apenas saber se uma reforma é viável, antes mesmo de dar os primeiros passos, o CUB é uma ótima técnica para quem ainda não possui nenhum projeto.
Abreviatura de Custo Unitário Básico, o CUB é calculado e divulgado por sindicatos de construção em todo o Brasil, mostrando o preço de uma obra pelo metro quadrado.
Para isso, o CUB tem diferentes padrões de projetos, considerando número de pavimentos, tipos de construção, número de cômodos e padrão do acabamento – fatores que você deve considerar na sua obra.
Para acompanhar os valores, basta acessar o site do CUB e verificar o padrão em que sua obra se encaixa.
No entanto, vale lembrar que o CUB não leva em consideração alguns fatores importantes, como custo de projetos, taxas de alvará e mesmo partes relevantes da obra, como fundações e áreas de lazer.
Histórico de custos por etapa
Outra forma comum de fazer um orçamento está baseada justamente no histórico de quem costuma trabalhar bastante na área – e não à toa, essa modalidade é chamada de histórico de custos.
É uma prática muito comum para quem já executou diversos projetos similares, como um empreiteiro ou uma pequena construtora, mas que não funciona muito bem para quem está se aventurando pela primeira vez.
A técnica consiste basicamente em estimar o valor da construção ou da reforma com base em valores gastos em obras parecidas, etapa por etapa.
No entanto, é importante pensar que esse tipo de orçamento pode falhar por pequenos detalhes, ou ainda se o tempo entre as obras for diferente – e os custos de materiais e mão de obra mudam bastante em pouco tempo.
Composição de custos prontas
Para quem não tem a experiência de lidar com obras, é possível usar índices já prontos para fazer o seu orçamento.
Uma forma prática e mais precisa é usar as chamadas composições de custo prontas, como a Sinapi, da Caixa Econômica Federal, e a TCPO.
São índices que ajudam engenheiros e empreiteiros a calcular a composição do preço, a partir de um conjunto de insumos usados para a execução de um serviço, como reformar um banheiro.
Assim, é possível calcular de forma fácil a mão de obra (pedreiro, encanador, azulejista), materiais (pias, privadas, canos, azulejos) e os equipamentos usados (furadeira, parafusadeira), para saber quanto vai custar a reforma do banheiro.
Orçamento analítico
Para quem já tem mais certeza sobre a viabilidade da obra e inclusive já tem todos os projetos prontos, um orçamento analítico é o mais recomendado.
Bastante detalhado e feito sob medida, o orçamento analítico leva em consideração os materiais requisitados pelos projetos para calcular tudo que será gasto na obra, bem como os equipamentos e profissionais necessários.
Além disso, com os projetos definidos é possível ter noção de toda metragem da obra, organizando todos os serviços em diferentes etapas.
O resultado disso é chamado normalmente de memorial descritivo de materiais e insumos, com o qual é possível criar um orçamento de obra real, levando inclusive em consideração os preços praticados na região da construção.
Como escolher o tipo de orçamento certo para cada obra?
Existem diferentes tipos de orçamento de obra, como você percebeu, mas cada um tem suas vantagens e desvantagens.
Ter um orçamento detalhado ajuda na previsibilidade, mas às vezes dá muito trabalho, então é importante saber o que sua obra precisa a cada momento.
Na parte anterior deste texto, elencamos os tipos de orçamento em ordem crescente de complexidade e detalhe.
Ou seja: se você ainda está nos primeiros passos ou só quer estimar o custo de obra por metro quadrado, talvez seja bom usar o CUB.
Agora, se você está preocupado com o quanto vai gastar em cada centavo, pode ser mais interessante fazer um orçamento analítico. Deu pra entender?
Para começar a fazer bem seu planejamento de obra, a Cobli preparou uma planilha especial para te ajudar – clique aqui para baixá-la!
Como fazer um bom orçamento de obra?
Além de aprender sobre os tipos de orçamento, é importante também levar em consideração algumas ideias importantes na hora de fazer um custo de obra.
Entre elas, podemos dar algumas dicas:
- Seja realista: não adianta fazer um orçamento ou planejamento que não condiz com a realidade – como o de calcular custos abaixo do mercado ou imaginar que a obra não sofrerá com atrasos e problemas;
- Cada obra é diferente: projetos similares podem ter custos muito parecidos, mas as condições podem mudar rapidamente; algo que vai do terreno específico até o clima de quando a obra será feita, passando por variações de material e mão de obra;
- Faça boas aproximações: às vezes, errar pouco é mais importante do que acertar sempre; como uma obra é cheia de imprevistos, um orçamento será sempre estimado, mas dificilmente será exato – e ter isso em mente ajuda a evitar frustrações;
- Preste atenção no tempo: todo orçamento tem prazo de validade, e algo que foi feito há um ano pode já não fazer mais sentido; assim, é importante prestar atenção nas condições de quando uma estimativa foi realizada.
Além disso, é importante prestar atenção em algumas estimativas comuns do mercado – especialistas costumam fracionar os custos de uma obra entre as seguintes etapas dessa forma:
- Projeto e aprovações burocráticas: entre 3% e 5%;
- Estrutura inicial: 3%, em média;
- Fundação: entre 3% e 7%;
- Estrutura da obra: entre 12% e 20%;
- Fechamento: entre 10% e 19%;
- Cobertura: entre 3% e 5%;
- Instalações elétricas: 8%, em média
- Hidráulica: 9% a 12%;
- Acabamentos: entre 20% e 30%;
- Retoques, arremates e limpeza: normalmente, giram em torno de 1%.
É claro que sua obra pode ter números um pouco diferentes do que está aqui – mas preste atenção se eles forem muito diferentes!
É possível calcular os custos de obra por metro quadrado (m²)?
Se você leu esse texto até aqui, sabe que a resposta é sim: o CUB, ou Custo Unitário Básico, é uma boa forma de se calcular o custo de obra por metro quadrado.
No entanto, vale afirmar de novo: é uma estimativa que pode ser bastante grosseira, com um valor final bem abaixo do custo real daquela obra.
Como baratear o custo de uma obra?
Você seguiu os passos desse texto, calculou o orçamento da obra e viu que ainda não cabe no seu bolso, mas precisa fazer a reforma?
Calma: existem várias dicas que podem te ajudar a baratear o custo de uma obra.
Algumas delas são bastante simples e já deveriam estar na sua cabeça, mas sempre vale a pena repetir. Vamos a elas:
- Pesquise preços: por mais que você confie em uma loja, pesquise sempre em três ou mais fornecedores, a fim de estabelecer uma média; mas tome cuidado para não comparar materiais de qualidade diferentes;
- Procure descontos: com um planejamento de obra, é possível ter noção dos materiais que serão utilizados; muitas lojas costumam fazer promoções, pontas de estoque ou fornecer descontos para grandes compras, então pode valer a pena;
- Divida o projeto em fases: por outro lado, estocar materiais a longo prazo pode ser caro, dependendo das condições da sua obra; assim, é importante dividir a obra em fases para não aumentar os gastos de maneira desproporcional;
- Busque substituições: em alguns casos, materiais de obra tem custos parecidos, como areia, tijolo e cimento, mas em outros, como os itens usados em acabamentos, materiais parecidos têm preços diferentes, então é possível achar bons descontos;
- Negocie a mão de obra: conversar com os profissionais que vão trabalhar na sua obra e negociar os valores pode ser algo bem importante para mudar os custos; se você vai fazer várias obras no futuro ou em paralelo, isso pode ajudar nas negociações.
Além dessas dicas simples, a tecnologia também pode te ajudar bastante a baratear os custos de uma obra.
Fazer planilhas de controle e pesquisar preços na internet são apenas duas formas bastante simples de facilitar seu trabalho.
Dependendo do tamanho da sua obra, pode valer a pena contratar até um software dedicado para construções.
Além disso, se sua obra for de grande porte e tiver muito uso de caminhões e veículos para buscar materiais, pode ser uma boa ideia contar com a ajuda da Cobli.
A Cobli possui diversos serviços para roteirização e rastreamento de veículos, que podem ajudar a reduzir custos e atrasos na entrega de materiais, evitando atrasos ao longo da obra.
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