Um acidente com veículo da empresa pode ocorrer a qualquer momento e gerar consequências graves tanto para o funcionário envolvido quanto para a companhia.
É importante estar preparado para lidar com situações como essa e entender quais são as responsabilidades e deveres de cada parte envolvida, especialmente para evitar que novos casos ocorram com certa frequência.
Se os danos ao automóvel e a paralisação das operações são pontos importantes, os impactos na saúde do colaborador em decorrência de um acidente com veículo da empresa são ainda maiores.
As estatísticas mostram que o cenário é bastante preocupante. O Brasil soma mais de 33 mil mortes por acidentes no trânsito anualmente. Na capital São Paulo, entre janeiro e novembro de 2022, foram mais de 5 mil óbitos.
Estes dados colocam o Brasil como o terceiro país que mais registra mortes no trânsito em todo o mundo, ficando atrás apenas da Índia e China.
Para evitar esse tipo de problema em sua frota, notar a importância do treinamento de motoristas é apenas o primeiro passo.
Se você quer entender melhor a responsabilidade da empresa e quem deve arcar com os prejuízos desse tipo de acidente, siga com a leitura e confira nossas informações.
Índice:
O que fazer durante um acidente com veículo da empresa?
Quem já se envolveu em um acidente de trânsito sabe que as emoções ficam à flor da pele naquele determinado momento. Contudo, é preciso tentar manter a calma para agir da forma correta e evitar consequências, muitas vezes, evitáveis.
A primeira medida que deve ser tomada após um acidente com um veículo da empresa é a verificação das condições físicas e mentais dos envolvidos, sejam eles funcionários ou terceiros.
Caso o gestor da frota seja avisado sobre o acidente imediatamente após o ocorrido, é muito importante que priorize a integridade física dessas pessoas.
Por isso, se alguém estiver ferido, é necessário acionar imediatamente o socorro médico. Também é importante comunicar a ocorrência à polícia e registrar um Boletim de Ocorrência.
Em relação ao veículo, caso o acidente tenha sido mais grave, provavelmente a polícia realizará uma perícia no local para colher evidências sobre a colisão.
Mas se o acidente tiver causado apenas danos materiais, ou seja, tenha danificado apenas o automóvel e ninguém sofreu ferimentos, a indicação é que o veículo seja retirado da via o quanto antes e que seja colocada sinalização adequada.
Além de ajudar a preservar a segurança dos envolvidos que não estarão no meio da via, ainda evita engarrafamentos e até mesmo novos acidentes.
Neste caso, o funcionário deve comunicar imediatamente o ocorrido à empresa, que deverá tomar as providências necessárias para resolver a situação, acionando o seguro do veículo, por exemplo.
Quem paga o acidente com veículo da empresa?
Segundo o Código Civil brasileiro, artigo 932, o empregador é responsável pelos danos causados por seus empregados no exercício do trabalho.
Portanto, se um funcionário se envolver em um acidente com um veículo da empresa, a responsabilidade é da companhia de arcar com os custos decorrentes desta situação.
Caso o funcionário tenha agido com negligência, imprudência ou imperícia, a empresa pode ser responsabilizada parcialmente ou integralmente pelos danos causados.
Se houver terceiros envolvidos no acidente, a responsabilidade da empresa será mensurada a partir do que houve no momento da colisão.
Por exemplo, se ficar comprovado que o acidente ocorreu por falha mecânica ou por negligência na manutenção do veículo, a companhia deverá pagar pelos gastos do terceiro. O mesmo acontece quando é verificada imprudência do motorista da frota.
E em um caso assim, pode descontar do salário do empregado o pagamento do conserto do veículo da empresa?
Esta resposta envolve diversas variáveis, contudo, a Consolidação das Leis de Trabalho é bastante rígida em relação a esse tipo de procedimento.
Para que isso aconteça, a companhia deve levantar uma série de provas robustas que têm como função garantir a comprovação de um comportamento inadequado ou imprudente do colaborador no momento do acidente.
É importante ressaltar que o funcionário deve ter seu direito de defesa garantido. Por isso, é imprescindível que exista diálogo, levantamento de evidências factuais e a correta responsabilização de cada parte.
Quais as principais causas de acidentes?
São diversas as condições que podem causar um acidente com veículo da empresa, incluindo aí o acaso. Contudo, há alguns fatores que têm influência direta neste problema, especialmente quando falamos sobre treinamento adequado, má gestão e falta de manutenção preventiva.
Confira abaixo alguns dos pontos que podem gerar acidentes.
Falta de treinamento
Muitos acidentes ocorrem porque os motoristas não foram devidamente treinados para dirigir veículos comerciais. Isso inclui não apenas a operação do automóvel em si, mas também as precauções que devem ser tomadas para garantir a segurança dos passageiros e pedestres.
Fadiga
A fadiga é um fator importante que contribui para muitos acidentes de trânsito. Quando os motoristas estão cansados, é mais difícil para eles manterem a atenção na estrada ou ruas e reagirem rapidamente a situações inesperadas.
O excesso de entregas e prazos apertados influenciam muito nesta equação pouco saudável.
Manutenção inadequada
A manutenção regular dos veículos é fundamental para garantir que eles estejam em boas condições de funcionamento, por isso, é essencial que o gestor implemente um plano de manutenção eficiente. A falta de reparos preventivos pode levar a falhas mecânicas, como problemas nos freios, suspensão ou pneus, que podem causar acidentes graves.
Má gestão da frota
Quando o gestor não utiliza tecnologias e ferramentas que ajudam a gerenciar a frota, é comum que aconteçam acidentes e outros problemas operacionais, como atrasos nas entregas.
A falta de um planejamento estratégico, acompanhamento adequado, roteirização eficiente e dispositivos que auxiliam os condutores e sua liderança são alguns dos fatores que podem culminar em um acidente.
Imprudência no volante
Por fim, a imprudência no volante é uma das principais causas de acidente com veículo da empresa. Isso inclui dirigir em excesso de velocidade, não sinalizar mudanças de faixa ou conversões, ignorar sinais de trânsito, entre outros comportamentos que podem aumentar o risco de acidentes.
A importância do treinamento de motoristas para reduzir acidentes
Depois de conhecer algumas das principais causas de acidentes, é possível notar que é primordial que seja realizado um treinamento eficiente dos condutores.
Logo após a contratação do profissional e com intervalos periódicos, deve-se oferecer aos colaboradores cursos, workshops e orientações sobre como realizar uma direção respeitosa no trânsito.
Outro ponto muito importante é que a empresa deve investir em tecnologia para a frota. A utilização da Cobli Cam, sistema de videotelemetria, por exemplo, é um excelente recurso para os casos de acidente com veículo da empresa.
Isso porque este dispositivo pode tanto inibir comportamento inadequado por parte do motorista, como servir de coletor de provas para o caso, uma vez que colhe imagens internas e externas durante o trajeto do automóvel.
Por meio da videotelemetria, a empresa consegue identificar o condutor e os terceiros envolvidos na colisão, tornando muito mais fácil a resolução do problema.
A combinação de formação educacional sobre o trânsito e ferramentas de gestão, além de um plano de manutenção elaborado e seguido da forma correta, é essencial para evitar gastos desnecessários e prejudicar a imagem da companhia.
Esta publicação te ajudou? Confira essa e outras explicações sobre questões de logística e gestão de frota no blog da Cobli.
Fale com nossos especialistas!
Estamos disponíveis para tirar dúvidas e demonstrar o sistema de rastreamento e monitoramento de frotas da Cobli em ação.
Teste grátis