gestão de fadiga

Como fazer a gestão de fadiga e deixar a frota mais segura?

A gestão de fadiga da frota está entre as medidas de segurança mais importantes para uma empresa de transporte. Tecnologia e planejamento são grandes aliados.

A alta demanda de trabalho, com prazos apertados e um grande volume de fretes e entregas, faz com que a gestão de fadiga seja um elemento essencial no gerenciamento da frota. 

Quando se pensa em gestão de fadiga estratégica, é possível adotar diversas medidas que vão aumentar a segurança dos motoristas e impactar positivamente nos resultados da companhia. 

O assunto é importante e deve ser levado a sério em qualquer empresa de transporte. Isso porque estatísticas da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostram que 42% dos 250 mil acidentes de trânsito relacionados à saúde do motorista foram causados por sono. 

E claramente a fadiga ou o cansaço são determinantes para que os condutores dirijam com sono e coloquem suas vidas e a de outros em risco. 

Para entender como gerenciar a fadiga de maneira eficiente em sua frota, siga com a leitura a e confira nossas informações e dicas. 

O que é fadiga na segurança do trabalho?

Para entender como classificar a fadiga na segurança do trabalho, precisamos conhecer as diferenças entre fadiga e cansaço. 

O cansaço é algo pontual, é um sintoma físico ou mental que acontece após um período de esforço intenso. Por exemplo, ao finalizar uma série de exercícios na academia, com alta intensidade, é comum sentir cansaço. 

O mesmo ocorre quando temos um dia corrido no trabalho, com um volume grande de demandas e muita pressão. É normal se sentir exausto no final do dia. 

A fadiga, por outro lado, é aquela sensação de cansaço o tempo todo. A pessoa sente que falta energia para realizar suas tarefas. 

Este cansaço é tanto físico quanto mental e não precisa ser desencadeado por uma situação específica, como um único dia de trabalho intenso. 

Pelo contrário, a fadiga pode ser encarada como o acúmulo de cansaço extremo. Ela pode aparecer repentinamente, contudo, suas causas são decorrentes de um longo período de esforço e até mesmo privações.

No segmento logístico, especialmente no de transporte, é comum encontrar profissionais vivendo neste tipo de situação. Por isso, a gestão de fadiga se torna tão importante e deve ser encarada como um elemento chave no gerenciamento da frota. 

Quais são os tipos de fadiga?

A fadiga traz consequências físicas e mentais para quem enfrenta esse problema. Ela pode ser classificada da seguinte forma:

Fadiga Mental

Este tipo de fadiga é comum quando o profissional faz longas jornadas de trabalho ou quando a pessoa acessa uma quantidade excessiva de informação diariamente. Essas situações provocam um desgaste no cérebro, que se cansa e prejudica a concentração. 

Entre os sintomas mais clássicos estão dor de cabeça, irritabilidade, reflexos lentos, baixa concentração e problemas de memória de curto prazo. 

Fadiga sensorial

Como o próprio nome revela, esta fadiga está relacionada aos sentidos, prejudicando suas funções. 

Um bom exemplo desse tipo é a exposição a ruído ou som excessivo, que pode acontecer com trabalhadores da construção civil, de transporte e entretenimento, especialmente quando não há uso correto de EPIs

Outra situação comum é a utilização excessiva do computador ou celular, que pode provocar a fadiga ocular, da mesma forma que o mau uso de óculos de grau ou lente de contato. 

Quando essa fadiga não é devidamente tratada, pode ocasionar danos aos órgãos sensoriais, sejam eles temporários ou permanentes. 

Fadiga crônica

Este é um tipo de fadiga muito comum em ambientes de trabalho, quando há um nível de estresse muito grande e constante. Entretanto, também é possível notar a fadiga crônica em decorrência de situações estressantes na vida pessoal.

 A condição é bastante preocupante, pois pode desencadear depressão. Por seu grau de complexidade, o responsável pela gestão de fadiga deve sempre acompanhar seus colaboradores para evitar que algum deles chegue a este nível. 

Fadiga adrenal

A fadiga adrenal é uma consequência séria da crônica. Isso acontece porque a fadiga crônica, quando não tratada, pode evoluir e comprometer as glândulas adrenais, presentes no sistema endócrino. 

Com isso, nota-se que as pessoas afetadas por elas podem sofrer de mau-humor, ter dificuldades de concentração e também desenvolver compulsão alimentar, como forma de aliviar o estresse. 

Fadiga emocional 

Muitos a entendem que a fadiga emocional e a mental ou mesmo com a crônica são a mesma coisa, porém, vale a pena dar um lugar de destaque para a fadiga emocional porque sua principal causa é a exposição a situações estressantes excessiva e constantemente. 

Suas consequências são bastante conhecidas: ansiedade, perda de sono, irritabilidade, mau-humor, desmotivação, depressão e até mesmo alucinações. 

O que causa a fadiga?

A definição do que causa a fadiga engloba diversas variantes, que vão desde fatores ambientais à predisposição genética. 

Contudo, há alguns fatores determinantes para esta condição, como alimentação, estresse, bebidas alcoólicas, sobrepeso, falta de vitamina, baixos níveis de testosterona, sedentarismo, maus hábitos de sono e também distúrbios do sono, como apneia, condições médicas, diabete e anemia, depressão, etc. 

Há ainda diversos elementos encontrados no trabalho diariamente e que também causam fadiga, independente do segmento em que o profissional atua.

Podemos destacar o estresse por não atingimento de metas, pressão para realizar demandas em prazos apertados, trabalhos por turnos, trabalho que exige esforço físico excessivo, rotina estressante (ambientes com muitos ruídos ou altas temperaturas), burnout, etc. 

Como gerenciar a fadiga

Mas o que fazer para evitar a fadiga no trabalho? O primeiro passo é implementar a gestão de fadiga na empresa logística, independente da área.

Feito isso, é hora de colocar em prática algumas dicas que podem ajudar no gerenciamento dessa condição nos colaboradores de sua frota. Veja abaixo: 

  • Jornada de trabalho

Planejar jornadas menos desgastantes é essencial para evitar que os motoristas fiquem fatigados. Para isso, trace rotas inteligentes, distribua fretes e entregas com prazos adequados, programe paradas ao longo da viagem e mantenha um canal de comunicação aberto para ouvir o que os colaboradores têm para apontar. 

Investir em treinamento de direção defensiva faz toda a diferença para evitar a fadiga no trânsito, especialmente em rotas urbanas de grandes centros e capitais. Além de aumentar a segurança dos condutores, esta iniciativa ajuda a diminuir situações estressantes durante o deslocamento.

  • Monitoramento da frota

Aplicativos e softwares de monitoramento de frota, como a videotelemetria, ajudam a planejar e otimizar a viagem em diversos aspectos. É possível encontrar as melhores rotas, acompanhar o andamento do veículo, verificar se as paradas de descanso estão sendo feitas adequadamente e também garantir assistência ao condutor, especialmente em caso de roubos e acidentes. 

O uso da tecnologia é um grande aliado para a gestão de fadiga. Há diversos modelos de câmeras de fadiga no mercado, que monitoram o motorista durante todo o seu percurso e ao menor sinal de cansaço, sono ou distração, emite um alerta sonoro para chamar sua atenção. 

O dispositivo envia ainda uma comunicação sobre esse tipo de situação para o gestor da frota, que pode entrar em contato com o colaborador e orientá-lo para realizar uma parada de descanso. 

Importância da gestão de fadiga 

Após saber o que fazer para evitar a fadiga no trabalho e entender melhor como esta situação impacta na saúde dos funcionários, fica fácil entender como é essencial gerenciar a frota de maneira estratégica e empática. 

A produtividade da companhia, o atingimento das metas e a satisfação do cliente dependem muito de como os colaboradores desempenham suas funções. 

Para que isso aconteça da melhor forma possível, seguindo normas trabalhistas e de saúde (tanto física quanto mental), é essencial que todos na direção da empresa saibam a importância da gestão de fadiga na logística

Investir em um plano amplo de gerenciamento humano, com práticas que incentivem hábitos saudáveis dos funcionários e com uma distribuição eficiente e sem pressões, além de tecnologia, como sensor de fadiga, podem ser fundamentais para o sucesso do negócio. 

Esta publicação te ajudou? Confira essa e outras explicações sobre questões de logística e gestão de frota no blog da Cobli.

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