Diante do boom de bitcoin, criptomoeda validada pelo blockchain, alguns parceiros da Cobli se perguntam se é possível aplicar o blockchain na logística de suas empresas e como isso ajudaria na missão de tornar seus negócios mais eficientes.
Blockchain
Blockchain é a grande inovação que permite o bitcoin. Na prática, a ideia é descentralizar o processo de validação em uma transação. Neste caso, um conjunto independente, sem interesse direto naquela troca, valida as transações.
Em uma transação comum usando, por exemplo, um cartão de crédito, quem valida a transação é a operadora do cartão que ganha uma porcentagem da compra por esse serviço.
No caso do bitcoin, quem valida as transações são grupos que “emprestam” poder computacional em troca também de uma pequena taxa (que idealmente seria menor que as alternativas mas que nos últimos tempos tem sido relativamente alta).
O sistema de blockchain funciona a partir de 4 princípios:
- Imutável: As transações do passado não podem ser alteradas
- Transparente: Todas transações são visíveis para todos
- Robustez: Nenhum nó(imagine um computador processando as informações) é necessário para o funcionamento. Na prática, qualquer computador pode ser retirado sem comprometer o funcionamento.
- Sem intermediação: Cada transação possui validade pela rede, sem necessidade de um órgão central para fazer a validação
O bitcoin é uma estrutura de dados construída utilizando a blockchain e portanto pode ser trocada sem necessidade de um órgão regulador ou identificação das partes. Este foi um dos motivos iniciais seu sucesso no “sub-mundo”.
Contudo, um dos grandes ganhos da blockchain, é que ela pode aumentar a confiabilidade na troca de informações de maneira rápida e confiável. Portanto, seus ganhos estão muito orientados à processos que podem se beneficiar de mais transparência.
Com isso, já conseguimos antecipar alguns dos potenciais usos dessa tecnologia:
Garantir a rastreabilidade e qualidade de produtos finais
Bens para consumo humano, como alimentos, precisam ter informações como prazo de validade, ingredientes, produção, modo de armazenagem e transporte claras para seus consumidores.
Imagine você, consumidor final, conseguindo averiguar toda a procedência de um alimento no supermercado: onde foi plantado, como foi o transporte, há quanto tempo está em estoque?
Wal-Mart e IBM já estão em pilotos com uma solução que aplica blockchain para melhorar a segurança alimentar.
Na prática, não só o consumidor final, mas todos os elos da cadeia logística de um produto conseguiriam aumentar sua visibilidade dos passos anteriores. A cadeia permitiria que todos vissem a precedência, lotes e interações que todos os itens passaram.
Com essa informação em posse, a priorização de transportes, por exemplo, poderia ser muito mais eficiente.
Aviação e saúde são outros setores que poderiam se beneficiar muito deste tipo de solução. Tudo o que aumenta a garantia de qualidade do produto final nesses setores traz ganhos para a sociedade.
Na aviação, inclusive, a manutenção das aeronaves tem potencial de ser mais eficiente entendendo melhor a precedência de todas as peças e suas características.
Compartilhamento de caminhões
Diversas empresas poderiam dividir uma frota de caminhões. Um exemplo simples: 3 empresas poderiam comprar 100 caminhões para se beneficiar de descontos de escala com a montadora, postos de gasolina e oficinas mecânicas.
Atualmente, as dificuldades principais das empresas fazerem isso são a falta de confiança na cadeia e maneiras de ratear o custo de forma justa. Há medo que as empresas parceiras tomem vantagem e você acabe pagando um valor desproporcional.
Com a blockchain, seria possível garantir a veracidade de toda a informação trocada como kilometragem, modo de condução, manutenções, acidentes e outros. Essas informações poderiam vir diretamente de uma rede de dispositivos de IoT e poderiam ser validadas automaticamente dentro da mesma.
Isso permitiria um rateio muito mais eficiente e um menor investimento em ativos.
Compartilhamento da ociosidade de caminhões
Um caso semelhante, seria dividir a ociosidade dos veículos e não a sua propriedade. Poderia-se novamente utilizar um pool de caminhões, talvez os mesmos do exemplo de cima, e compartilhá-los com outras frotas que queiram utilizar a sua capacidade ociosa.
A blockchain garantiria novamente as informações pertinentes para todas as partes envolvidas e seria de grande ajuda na solução de conflitos como atrasos e roubos.
Precificação de usados
Seria possível garantir informações de todo o período de uso do veículo como manutenções, modo de condução, tempo de motor ligado e acidentes através da rede.
O comprador então teria uma visibilidade muito maior do seu potencial de custos com manutenção e conseguiria incorporar isso na precificação, seja para aumentar o preço de veículos bem cuidados ou diminuir o preço dos maus.
Quem já comprou um carro usado, pode imaginar o tamanho desse benefício, até mesmo para paz de espírito. Uma solução inovadora para o vencedor do prêmio Nobel George Akerlok e seu problema com os “limões” – estratégias nem sempre honestas para venda de carros usados.
O futuro
Na prática, os ganhos da blockchain estão associados com a confiabilidade da informação em sua rede. Isso soluciona muitos dos problemas de falta de confiança da cadeia que muitas vezes tem sido solucionados com excessos de burocracia.
A Cobli já está em discussões com grandes parceiros do setor e espera em breve trazer casos reais de aplicação do blockchain no Brasil.
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