Downtime na manutenção: entenda as causas e como reduzir

Downtime na manutenção: entenda as causas e como reduzir

Em operações que dependem de veículos, máquinas e equipamentos, cada minuto parado gera impacto direto nos resultados. O downtime na manutenção, ou seja, o período em que ativos ficam indisponíveis por conta de reparos ou falhas, tem impacto direto na operação

Isso porque o downtime na manutenção pode comprometer prazos de entrega, aumentar custos e reduzir a competitividade de uma empresa, prejudicando sua imagem com clientes.

Para gestores de frota e diretores operacionais, compreender esse gargalo é fundamental. Mais do que isso: é preciso saber como prever, evitar ou reduzir o tempo de inatividade para garantir maior eficiência e confiabilidade na operação.

A seguir preparamos um guia repleto de informações que vão te ajudar a entender o que é downtime na manutenção e quais são seus reflexos na operação logística. Siga com a leitura e confira tudo. 

O que é downtime na manutenção?

O downtime na manutenção representa o intervalo em que um equipamento, veículo ou sistema não está disponível para uso por causa de uma intervenção de manutenção. 

Esse período pode ocorrer de forma planejada, como em revisões periódicas, ou inesperada, como em uma quebra no meio de uma operação.

Na prática, quanto maior o downtime, mais instável e cara tende a ser a operação. É por isso que gestores modernos estão cada vez mais atentos a esse indicador e ao seu impacto na performance do negócio.

No contexto da gestão de manutenção, compreender o downtime na manutenção é essencial para alinhar a estratégia da empresa a indicadores de desempenho, controlar custos e melhorar a eficiência operacional.

Tipos de downtime

Nem todo downtime na manutenção é igual e entender seus tipos ajuda a adotar medidas adequadas para reduzi-lo. Abaixo, conheça um pouco mais sobre estas diferenças. 

Downtime planejado

O downtime planejado ocorre quando a parada do equipamento é programada, geralmente para inspeções, reparos preventivos ou atualizações. 

Embora represente tempo indisponível, esse tipo de parada tem o objetivo de evitar falhas mais graves no futuro.

Um exemplo que podemos citar é de uma transportadora que agenda a revisão de sua frota a cada 20 mil quilômetros. Essa interrupção é controlada e permite prever impactos no cronograma de entregas, sem prejudicar a operação.

Downtime não planejado

Esse é o grande vilão das operações. O downtime na manutenção não planejado acontece quando há falhas inesperadas, quebras repentinas ou problemas imprevistos. 

Além de prejudicar o fluxo de trabalho, aumenta o custo do downtime da companhia, já que afeta diretamente contratos, produtividade e reputação.

Mecânica registra dados em tablet ao realizar reparos na frota para diminuir o downtime na manutenção.
Compreender o downtime na manutenção e o uso de tecnologia são essenciais para alinhar a estratégia de reparos preditivos da empresa.

Causas comuns do downtime

Vários fatores podem levar ao downtime na manutenção. Identificá-los é o primeiro passo para adotar estratégias eficazes. Na sequência, elencamos algumas de suas principais causas, o que pode nortear um plano estratégico para atender a este quesito na gestão da frota. 

Falha humana

A falta de treinamento adequado, erros de operação ou negligência nos processos podem causar quebras, ou aumentar o tempo de reparo. Neste sentido, criar uma cultura de manutenção é essencial para mitigar esse risco.

Problemas na infraestrutura

Equipamentos antigos, ausência de peças de reposição ou instalações inadequadas comprometem a confiabilidade operacional

Muitas vezes, a substituição preventiva ou atualização de recursos é mais vantajosa do que o custo recorrente de falhas, por isso, é importante que o gestor da frota implemente um planejamento de manutenção eficiente e que leve em consideração dados históricos da frota.  

Falta de monitoramento

Sem dados periódicos sobre a performance dos veículos e máquinas, os gestores perdem a chance de agir de forma preventiva. O monitoramento de sistemas permite antecipar falhas e reduzir o impacto das paradas, este é um investimento que vale a pena para a empresa. 

Alta demanda e capacitação

Em picos de operação, muitas empresas negligenciam inspeções básicas, o que aumenta a incidência de falhas. Além disso, a falta de equipes capacitadas gera atrasos no diagnóstico e nos reparos.

Por isso, é fundamental investir em tecnologias efetivas e realizar treinamento com a equipe, de forma que a cultura preventiva se torne parte integrante do dia a dia do gerenciamento da frota. 

Impactos do downtime nas empresas

As consequências do downtime na manutenção vão muito além da parada em si, fique por dentro de algumas delas abaixo. 

Perda de produtividade

Um veículo fora de operação significa entregas atrasadas e equipes paradas. Isso afeta diretamente a produtividade da operação.

Consequências financeiras

Paradas não planejadas geram custos com horas extras, terceirização emergencial e multas por não cumprimento de prazos. Esses impactos reforçam a necessidade de foco na redução de downtime.

Comprometimento da reputação

O não cumprimento de prazos e a falha na qualidade do serviço impactam diretamente a confiança de clientes e parceiros. A reputação é um ativo difícil de recuperar, e o downtime na manutenção pode influenciá-la rapidamente.

Como calcular o downtime?

Para medir o impacto do downtime, é preciso usar indicadores que ajudam no diagnóstico e na gestão. Conheça quais são eles e veja um exemplo prático de aplicação. 

MTBF e MTTR

Dois dos principais indicadores de desempenho aplicados à manutenção são:

Com dashboards inteligentes, essas métricas podem ser acompanhadas constantemente, fornecendo insights estratégicos para o planejamento de manutenção.

Vamos a um exemplo de como realizar o cálculo do downtime na manutenção na prática :

Imagine que um caminhão da frota ficou indisponível 5 vezes em um período de 1.000 horas de operação. O tempo total gasto em reparos foi de 50 horas.

  • Para calcular o MTBF, basta dividir o total de horas de operação pelo número de falhas:
    MTBF = 1.000 ÷ 5 = 200 horas entre falhas;
  • Já o MTTR é calculado dividindo o tempo total de reparo pelo número de falhas:
    MTTR = 50 ÷ 5 = 10 horas para reparo, em média.

Esses dados mostram que, em média, esse caminhão falha a cada 200 horas de uso e demora 10 horas para voltar a operar. Com essas informações, o gestor pode avaliar se o desempenho está dentro do esperado ou se é preciso rever a estratégia de manutenção.

Mecânicos realizam reparos preventivos para reduzir o downtime na manutenção da frota.
O downtime na manutenção pode comprometer prazos de entrega, aumentar custos e reduzir a competitividade de uma empresa.

Estratégias para reduzir o downtime

A boa notícia é que o downtime na manutenção pode ser previsto e minimizado com práticas estruturadas e apoio tecnológico. Confira algumas dicas para isso.  

Manutenção preventiva e preditiva

Ao programar inspeções periódicas (preventiva) ou usar sensores e análises avançadas para prever falhas (preditiva), as empresas evitam paradas inesperadas. 

A manutenção preditiva é uma das principais tendências do setor e está diretamente ligada ao uso de dados e IoT. É certamente um recurso que qualquer gestor que busca eficiência na frota deve levar em consideração. 

Treinamento de equipes

Profissionais bem treinados reduzem erros de operação e realizam reparos mais rápidos. O investimento em capacitação fortalece a cultura de manutenção e melhora os resultados.

Investimento em tecnologia

Ferramentas de telemetria, automação e tecnologia na manutenção permitem prever falhas, acompanhar indicadores e otimizar processos. 

Plataformas de automação industrial e de gestão de frota, como a da Cobli, centralizam informações e facilitam a tomada de decisão. Com esses recursos, as empresas conquistam maior confiabilidade operacional e eficiência em seus processos.

Vale ainda destacar a utilização cada vez mais crescente da inteligência artificial no segmento logístico, que tem ajudado a melhorar processos e otimizar a operação de forma mais assertiva. 

Já deu para notar que o downtime na manutenção é um dos maiores desafios para operações que dependem de frotas e equipamentos. Ele gera impacto financeiro, reduz a eficiência e compromete a reputação da empresa. 

No entanto, com boas práticas, treinamento e investimento em tecnologia, é possível transformar esse desafio em oportunidade de crescimento. 

É possível reduzir o downtime por meio de soluções completas de gestão de frota. Com telemetria avançada, dashboards inteligentes e relatórios claros, a operação se torna mais previsível, eficiente e competitiva.

Esta publicação te ajudou? Confira essa e outras explicações sobre questões de logística e gestão de frota no blog da Cobli.

Amanda Romualdo

Escrito por

Amanda Romualdo

Estudante de Psicologia e Analista de Marketing de Conteúdo para estratégias digitais, responsável pela produção e edição do blog da Cobli.

Fale com nossos especialistas!

Estamos disponíveis para tirar dúvidas e demonstrar o sistema de rastreamento e monitoramento de frotas da Cobli em ação.

Teste grátis