Dicionário da Gestão de Frota | Conheça os termos essenciais

RCM: como funciona a manutenção centrada na confiabilidade?

RCM: como funciona a manutenção centrada na confiabilidade?

A RCM na manutenção se destaca como uma metodologia eficiente para otimizar a gestão de ativos e garantir resultados consistentes a longo prazo, especialmente quando se trata de manter a eficiência operacional e a confiabilidade dos equipamentos.

Ao adotar um plano estratégico de manutenção, é possível evitar falhas, aumentar a produtividade e reduzir custos. Nesse sentido, a RCM na manutenção se torna uma ferramenta muito valiosa. 

Com essa abordagem, a gestão é capaz de alinhar a manutenção com os objetivos do negócio, otimizando os processos e melhorando os resultados.

Em um mercado cada vez mais competitivo, em que cerca de 71% das empresas pretendem investir mais em softwares, segundo pesquisa da Capterra, deixar de implementar sistemas que impactam diretamente na evolução da operação é perder oportunidades importantes de crescimento. 

Para evitar um cenário assim, neste artigo, você entenderá o que é RCM, quais são seus objetivos, benefícios e como implementar essa estratégia de forma eficaz na sua frota. Siga com a leitura e confira. 

O que é RCM na manutenção?

A Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM) é uma metodologia sistemática voltada para a identificação e prevenção de falhas nos equipamentos. 

Ela busca garantir que os ativos desempenhem suas funções com máxima eficiência, minimizando paradas não programadas e otimizando o uso dos recursos.

Diferente das abordagens tradicionais, o RCM é uma estratégia de manutenção que combina técnicas preditivas e preventivas, priorizando os ativos mais críticos e otimizando os recursos da manutenção a partir de uma análise de seu impacto operacional, financeiro e de segurança.

Objetivos do RCM

Com um foco claro na gestão de riscos, o RCM na manutenção oferece um plano robusto e confiável para as organizações. 

Os principais objetivos do RCM incluem:

  • Maximizar a vida útil dos ativos e otimizar os investimentos.
  • Identificar as funções críticas dos ativos e garantir seu desempenho ideal;
  • Prevenir e reduzir os riscos de falhas e suas consequências;
  • Melhorar a segurança no trabalho, a produtividade geral e a eficiência operacional;
A estruturação do RCM permite antecipar falhas nos equipamentos e programar sua manutenção de forma otimizada.

Benefícios e vantagens do RCM

O RCM na manutenção é uma estratégia que gera diversos impactos positivos na operação. Elencamos abaixo alguns de seus benefícios e vantagens, confira. 

Aumento da eficiência e do ciclo de vida dos ativos

Com o RCM, é possível identificar os ativos mais importantes para a operação e implementar técnicas de manutenção que prolongam sua vida útil. Isso significa menos paradas inesperadas e maior disponibilidade dos equipamentos, garantindo produtividade constante.

Por exemplo, em uma frota de caminhões, a manutenção centrada na confiabilidade pode prever desgastes em componentes críticos, como motores ou sistemas de freio, antes que falhas ocorram.

Redução de custos de manutenção

Com uma análise de falha bem estruturada, o RCM evita manutenções desnecessárias e diminui os custos associados a paradas inesperadas. A previsão e o planejamento adequados tornam o processo mais econômico e eficiente.

Ou seja, em vez de gastar recursos com manutenções desnecessárias ou lidar com falhas inesperadas, é possível equilibrar manutenções preventivas, preditivas e corretivas.

Melhora da segurança

Ao identificar riscos e implementar soluções preventivas, o RCM promove a segurança no trabalho, reduzindo acidentes e falhas que poderiam colocar em risco a integridade dos colaboradores e das operações, além de aumentar a confiabilidade dos equipamentos.

Como implementar a manutenção centrada na confiabilidade?

Veja a seguir dicas práticas de como implementar o RCM na manutenção em sua empresa e conseguir os benefícios que esta metodologia pode proporcionar. 

1. Selecionar os ativos adequados

O primeiro passo é identificar quais ativos são críticos para a operação. Esses ativos são aqueles cuja falha pode causar impactos significativos, como paradas na produção, prejuízos financeiros ou riscos à segurança e funções essenciais.

2. Definir funções e parâmetros de desempenho

Para cada ativo selecionado, é necessário definir suas funções principais e os parâmetros de desempenho esperados. Isso garante um monitoramento preciso da performance.

Por exemplo, um caminhão deve ser capaz de realizar entregas dentro de um tempo médio determinado e com segurança, caso contrário, afeta a produtividade da operação.

3. Identificar falhas funcionais

As falhas funcionais são aquelas que impedem o ativo de desempenhar suas funções corretamente, por isso é essencial conseguir prever o momento em que elas podem acontecer.

Dessa forma, é possível entender o que pode dar errado e quais são suas consequências, e traçar um plano de ação eficaz para evitar esse tipo de problema ou minimizar seus efeitos.  

4. Análise de falhas e riscos

Nesta etapa, é realizada uma análise detalhada das causas das falhas e dos riscos associados a elas. Ferramentas como a FMEA (Failure Mode and Effects Analysis) podem ser utilizadas para identificar modos de falha, causas prováveis e impactos.

5. Selecionar o tipo de manutenção ideal

Com base na análise, é possível determinar o tipo de manutenção mais adequado para cada situação e ativo: 

6. Implementar e acompanhar o plano de manutenção

Por fim, é hora de implementar o plano e acompanhar os resultados obtidos. O monitoramento constante é fundamental para garantir a melhoria contínua e ajustar as estratégias sempre que necessário.

Como medir os resultados do RCM?

Medir os resultados da implementação de RCM na manutenção envolve acompanhar indicadores-chave de desempenho (KPIs), como:

  • MTBF (Mean Time Between Failures): tempo médio entre falhas;
  • MTTR (Mean Time to Repair): tempo médio para reparo;
  • Disponibilidade dos ativos;
  • Redução de custos de manutenção;
  • Redução do tempo de inatividade dos equipamentos;
  • Aumento da produtividade e do ciclo de vida dos ativos;
  • Melhora nos níveis de segurança e conformidade.

Essas métricas ajudam a comprovar a eficácia da metodologia e a ajustar o plano conforme necessário.

Relação entre RCM e FMEA

O RCM e a FMEA estão diretamente relacionados, pois ambas as metodologias visam identificar falhas e minimizar seus impactos.

O FMEA (Failure Mode and Effects Analysis) é uma ferramenta amplamente utilizada para identificar e avaliar modos de falha. O RCM, por sua vez, utiliza o FMEA como parte de sua abordagem para entender as falhas funcionais e seus impactos.

Ambas as metodologias trabalham juntas para garantir uma análise detalhada e uma resposta estratégica eficiente aos riscos e problemas identificados.

Ao implantar o RCM, é possível identificar o tipo de manutenção que cada equipamento deve receber.

Tecnologia e RCM: como a tecnologia pode ajudar?

A tecnologia na manutenção é uma das principais aliadas na aplicação do RCM. Ferramentas modernas, como softwares de gestão de frotas e demais ativos e sensores IoT, permitem um monitoramento em tempo real e fornecem dados precisos para a tomada de decisões.

Com a ajuda dessas ferramentas de manutenção, é possível automatizar processos, prever falhas com mais assertividade e garantir a eficiência operacional das operações.

Por exemplo, sensores IoT instalados nos veículos podem monitorar a temperatura do motor, o desgaste dos pneus e o consumo de combustível, fornecendo dados essenciais para o planejamento e controle da manutenção da frota.

A metodologia RCM é uma solução eficaz para empresas que desejam otimizar seus processos de manutenção, aumentar a confiabilidade dos ativos e reduzir custos. 

Ao aliar estratégias bem definidas às tecnologias mais avançadas, é possível implementar planos de manutenção robustos, com foco na gestão de ativos e na melhoria contínua.

Adotar o RCM na manutenção significa não apenas aumentar a eficiência, mas também promover a segurança e a sustentabilidade das operações logísticas.

Esta publicação te ajudou? Confira essa e outras explicações sobre questões de logística e gestão de frota no blog da Cobli.

Isadora Soares

Escrito por

Isadora Soares

Publicitária, com especialização em Marketing, Inbound e Influência Digital, é responsável pela criação e edição de conteúdo no blog da Cobli.

Fale com nossos especialistas!

Estamos disponíveis para tirar dúvidas e demonstrar o sistema de rastreamento e monitoramento de frotas da Cobli em ação.

Teste grátis