A falta de atenção é uma das principais causas de acidentes de trânsito. Bastam alguns segundos de desatenção para que alguma situação de risco aconteça — muitas delas podendo ser evitadas. Na linguagem técnica, essa prática é conhecida como atenção dispersiva.
De forma prática, a atenção dispersiva é quando um condutor está desatento na direção do veículo e no seu entorno. Muitas vezes, são situações de uso do celular ao volante ou conversas com passageiros, por exemplo.
Vale lembrar que a atenção dispersa é um dos tópicos abordados pelo DETRAN (Departamento de Trânsito), no módulo de Direção Defensiva.
Garantir que os motoristas estejam atentos durante a condução dos veículos é um dos grandes desafios na gestão de frotas. Afinal, é algo que não se pode controlar mecanicamente.
No entanto, existem algumas práticas que podem ajudar o gestor de frotas a monitorar o desempenho dos motoristas. Isso é o que vai fazer a diferença na hora de mapear as melhores ações para reverter esse cenário e aumentar a segurança da frota, dos veículos e, claro, dos próprios condutores.
Neste artigo, você vai entender mais sobre a atenção dispersiva, os riscos que isso traz à frota e como melhorar a performance dos motoristas no trânsito.
03 tipos de atenção no trânsito: fixa, dispersa e difusa
Há uma série de condutas de segurança que um motorista deve seguir ao dirigir um veículo. Esse conjunto de práticas é também conhecido por direção defensiva.
Já é algo regulamentado por lei no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o que inclui a obrigatoriedade do ensino de direção defensiva nas autoescolas e o envio de manual com práticas de direção defensiva pelos fabricantes de veículos, na aquisição de um novo automóvel (Art. 38 do CTB).
Existe até mesmo uma regulamentação específica para empresas de frotas sobre o assunto. O parágrafo único do Art. 150 do CTB determina que:
“A empresa que utiliza condutores contratados para operar a sua frota de veículos é obrigada a fornecer curso de direção defensiva, primeiros socorros e outros conforme normatização do Conselho Nacional de Trânsito (Contran)”.
Isso significa que a empresa de frotas tem obrigação de treinar seus motoristas com as práticas de direção defensiva.
Na direção defensiva, são abordados os três tipos de atenção observados no trânsito — uma delas já mencionada, a atenção dispersiva. Além da dispersiva, há mais duas classificações para a atenção: a fixa e a difusa. Veja a diferença entre as três:
Atenção fixa
É quando o condutor tem sua atenção fixada em um único ponto. Por exemplo: o motorista fica atento ao que está a sua frente, mas não observa suas laterais, nem sua retaguarda pelos retrovisores.
Assim como a atenção dispersiva, é considerada uma conduta incorreta.
Atenção difusa
Ao contrário de fixa e dispersa, a atenção difusa se caracteriza pelo motorista que dirige com o banco na posição correta e consegue ter uma visão de todos os pontos do veículo.
É o condutor que faz bom uso de retrovisores e de movimentos com a cabeça para eliminar pontos cegos.
A atenção difusa é a conduta que deve ser adotada por todos os motoristas.
Atenção dispersa
Dirigir com atenção dispersa põe em risco qualquer condutor. Mas para as empresas de frota, os riscos são potencializados não apenas para a segurança, mas também ao gerar custos imprevistos e prejuízos que prejudicam a operação.
A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego aponta que 76% dos acidentes de trânsito que geram vítimas são causados por falta de atenção causada por fadiga, estresse ou cansaço.
Olhando estes três motivos que levam à desatenção, percebemos o quão é importante que a gestão de frota realize um trabalho de conscientização aos motoristas sobre as pausas para descanso.
Então, antes de colocar em prática ações para que isso seja evitado, é preciso entender o que está levando à atenção dispersiva na frota.
No contexto do trânsito, tanto o motorista quanto outras pessoas podem ter sua segurança colocada em risco — seja outros condutores ou pedestres.
Outro risco que a atenção dispersiva traz é a da integridade do próprio veículo, que pode acabar se desgastando com uso excessivos de frenagens e acelerações bruscas, levando a possíveis gastos com manutenção.
E, por falar em gastos, outro prejuízo que a atenção dispersiva causa à frota é com multas de trânsito. A falta de atenção aumenta os riscos tanto de acidentes quanto de infrações de trânsito, como velocidade excedida, ultrapassar sinal vermelho, etc.
Além do cansaço, outros hábitos que levam à desatenção devem ser corrigidos, como uso de celular ao volante — principalmente na rotina de comunicação do motorista com a central de monitoramento da frota.
Ao reconhecer as práticas mais comuns de atenção dispersiva, o gestor de frotas consegue agir com mais assertividade para corrigir estes comportamentos entre seus motoristas.
Como identificar motoristas com atenção dispersiva na sua frota?
Com as tecnologias presentes na gestão de frotas, é possível identificar comportamentos na condução dos motoristas que podem ser causados pela atenção dispersiva.
O gestor deve se atentar a situações recorrentes durante a operação e orientar sua equipe para evitar que alguma situação perigosa aconteça.
Confira a seguir tecnologias que ajudam a monitorar o comportamento dos motoristas da frota.
Telemetria
A telemetria traz uma combinação de tecnologias, com uso de câmeras, sensores e rastreadores, que monitora a condução do veículo em tempo real.
Com esse sistema, é possível coletar informações do veículo, como:
- Velocidade média;
- Freadas e acelerações bruscas;
- Jornada de trabalho dos motoristas;
- Localização em tempo real;
- Distância percorrida;
- Temperatura do motor;
- Consumo de combustível.
Os dados são coletados remotamente e enviados em tempo real para a central de monitoramento da frota. Quando integrado a um sistema de gestão de frotas, é possível identificar o motorista que cuja condução não está adequada ao padrão de qualidade.
Por exemplo: a telemetria ajuda a monitorar se o motorista está realizando as pausas para descanso no tempo necessário. Caso não esteja, há mais chances de que sua atenção fique dispersa.
Com essas informações, o gestor pode criar uma rotina de treinamentos com sua equipe, focando no cenário real da sua frota. Se existem ocorrências em excesso de acelerações bruscas, o treinamento pode trazer mais foco para isso.
Lembre-se de que oferecer treinamento de direção defensiva para motoristas é obrigatório para toda empresa de frotas.
Software de gestão de frotas
Junto à telemetria, o software de gestão de frotas é outra tecnologia que permite um monitoramento assertivo e facilitado dos motoristas e sua condução.
São tecnologias que funcionam muito bem quando integradas, pois a telemetria envia os dados ao software, que faz uma leitura inteligente dos dados e os disponibiliza para o gestor de frotas.
Isso significa que é possível monitorar todas as rotas em atividade simultânea, com alerta gerado automaticamente (se uma velocidade foi excedida, é possível identificar o veículo, o motorista e a localização exata).
Por isso, para que a atenção dispersiva seja combatida, é preciso ter um bom controle da operação, identificar os principais comportamentos perigosos, e oferecer treinamentos e capacitações que ajudem a conscientizar e melhorar a performance na rotina.
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Como a videotelemetria com sensor de distração pode ajudar?
A Cobli Cam é o sistema de videotelemetria da Cobli, uma tecnologia baseada no que a telemetria já faz, de medir e coletar dados de veículos, mas que conta com o diferencial de ter câmeras captando imagens da cabine e da via.
A câmera de segurança veicular tem diversas vantagens no que diz respeito ao descanso dos motoristas, afinal, ela proporciona mais segurança e reduz riscos de acidentes. Veja como ela pode ajudar:
- A câmera que realizar o monitoramento pode ser facilmente instalada no interior do veículo;
- O monitoramento permite a identificação precoce de riscos, ajudando na prevenção de ocorrências diversas;
- Verificação do nível de segurança das condições de trabalho dos motoristas;
- Alerta sonoro de velocidade e distração.
E é sobre esse último tópico que iremos focar agora!
Se o motorista faz uma curva acentuada demais, está distraído ou muito próximo do veículo da frente, por exemplo, o sistema detecta e o avisa através de um sinal sonoro. Isso é interessante porque os avisos se tornam instrumentos de prevenção, afinal, são acionados durante a rota.
Mesmo que o supervisor possa conversar posteriormente com os profissionais para reforçar a importância de evitar certos comportamentos, o aviso em tempo real tem efeito imediato, podendo ser crucial para evitar acidentes.
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