Aumento do combustível: o que fazer para economizar?

O aumento do preço dos combustíveis tem sido um assunto recorrente nos noticiários e nas conversas do dia a dia, já que é a alta dos preços impacta diretamente no orçamento dos brasileiros.

De acordo com um levantamento feito pela ValeCard, a gasolina apresentou alta de 5,30%, o diesel de 0,37% e o etanol de 2,65%, somente nesse primeiro trimestre de 2023.

Mas que fatores estão por trás de aumentos tão expressivos?

Bom, é só ligar a televisão ou abrir um site de notícias para esbarrar com inúmeras explicações: a cotação do dólar, maior demanda por petróleo devido ao arrefecimento da pandemia, guerras em outros países e muito mais.

Quer entender como esses e outros fatores explicam não só o último reajuste, mas também por que os preços dos combustíveis são tão instáveis?

Então você está no lugar certo!

Neste texto, vamos explicar tudo sobre aumento do combustível, como são formados, como funciona a política de preços da Petrobras e quais fatores determinam o quanto você gasta para abastecer o seu veículo!

Ah, também vamos dar umas dicas para driblar o aumento do combustível!

Como é definido o aumento do combustível?

O aumento do combustível é definido a partir de uma série de fatores que impactam diretamente no custo de produção e distribuição dos combustíveis.

Nesse sentido, está relacionado às variações do preço do petróleo no mercado internacional, taxas de câmbio, impostos, custos de transporte e logística, entre outros.

O preço do petróleo é um dos principais fatores que influenciam no aumento dos combustíveis, uma vez que a maioria dos combustíveis derivam do petróleo. 

Fatores como cotação do dólar, preço do petróleo e conflitos internacionais impactam o aumento de combustível.

Os custos de transporte e logística também influenciam no aumento dos combustíveis, uma vez que a distribuição do produto envolve uma série de etapas que geram custos

Confira abaixo como é definido o aumento dos preços da gasolina e do diesel:

Gasolina

Primeiramente, vale lembrar que a gasolina vendida nos postos de combustível é produto de uma mistura entre a gasolina propriamente dita (73%) e etanol anidro (27%).

Feito esse esclarecimento, vamos à composição do preço da gasolina, no qual está embutido três tributos: ICMS, PIS/Pasep e Confins.

Juntos, esses três tributos correspondem a 44% do preço da gasolina. A maior fatia é representada pelo ICMS (29%).

A Petrobras também ganha 29% do preço final. O restante se refere ao custo do etanol anidro (15%) e ao lucro de distribuidores e revendedores (12%).

Diesel

A Petrobras influencia mais o preço do diesel do que o da gasolina. Quase metade do preço final desse combustível vai para os cofres da petroleira: 47%.

Já tributos como o ICMS, o Cide, o PIS e o Cofins representam 23% do valor cobrado nos postos de combustível. Só o ICMS corresponde a 16%.

O restante se refere ao custo do biodiesel (12%), incluído no combustível, e ao valor embolsado por distribuidores e revendedores (15%).

Qual o impacto da política de preços da Petrobras no aumento do combustível?

Em 2016, a Petrobras adotou uma política chamada PPI: Preço por Paridade Internacional.

Desde então, o aumento do preço do petróleo no mercado internacional passou a ser repassado aos brasileiros pela empresa: se o valor sobe lá fora, sobe aqui também.

Antes da adoção do PPI, a Petrobras, controlada pelo governo federal, não repassava todos os aumentos ao consumidor para ajudar no controle da inflação.

No entanto, o controle de preços trouxe prejuízos à empresa, que teve de arcar sozinha com as oscilações do petróleo lá fora.

A adoção do PPI permitiu que a Petrobras recuperasse sua capacidade de investimento e voltasse a lucrar. Em contrapartida, o preço dos combustíveis passou a subir com mais frequência, o que provocou insatisfações, como a greve dos caminheiros de 2018.

Há quem defenda que a Petrobras abandone o PPI e segure os preços para aliviar o bolso do consumidor. Mas não é tão simples assim. 

Embora administrada pelo governo brasileiro, a Petrobras tem acionistas no mundo todo, que podem acioná-la judicialmente se considerarem que a empresa tomou decisões que prejudicaram seus rendimentos (como o represamento dos preços). Complicado, não é?

Quais fatores impactam no preço do combustível?

Agora vamos explicar que influência fatores como o dólar, os altos e baixos das economias mundiais e conflitos internacionais têm no preço do combustível.

Leia com atenção os próximos tópicos!

Dólar

Embora produza 3 milhões de barris por dia, o Brasil também precisa comprar petróleo e seus derivados de outros países.

Essa transação comercial ocorre em dólar, moeda em que é feita a cotação do petróleo no mercado internacional.

Consequentemente, quando o dólar sobe, importar petróleo fica mais caro.

Quando isso ocorre, as transações comerciais ficam ainda mais caras e o resultado é o aumento do combustível!

A elevação do valor do dólar frente ao real nos últimos anos, ajuda a entender por que o preço dos combustíveis tem aumentado tanto. 

Oferta e demanda

Quer dizer que se o dólar não estivesse nas alturas o combustível não estaria subindo? Não necessariamente.

Uma das principais causas da elevação do preço do petróleo tem sido o aumento da demanda pelo produto.

Você deve conhecer a Lei da Oferta e Demanda, certo?

Segundo essa lei, o preço de uma mercadoria sobe quando há mais demanda do que oferta, isto é, quando tem mais gente querendo comprar do que produtos disponíveis no mercado.

Em contrapartida, os preços caem quando a oferta ultrapassa a demanda, ou seja, quando há mais produtores oferecendo suas mercadorias por aí e menos gente interessada em comprá-las.

Você deve se lembrar que, no início da pandemia, o preço do petróleo despencou, não é?

Por que isso aconteceu? Porque a Covid-19 desacelerou a economia mundial: restrições sanitárias obrigaram as lojas a fechar as portas, o que levou fábricas a produzirem menos e assim por diante 

Consequentemente, a demanda por combustível caiu e o preço do petróleo também. No entanto, o que temos visto com mais frequência é a elevação do preço do petróleo.

E isso vem acontecendo porque há mais demanda por combustível, uma vez que a pandemia está controlada em boa parte do mundo e as economias voltaram a crescer. A oferta de petróleo, porém, não aumentou. Por isso, o preço está tão alto.

A dinâmica da oferta e demanda tem um grande impacto no preço do petróleo e, por extensão, dos combustíveis.

Aliás, conflitos internacionais são outro fator que costuma levar a aumento do combustível. Vamos falar sobre isso no próximo tópico.

Conflitos internacionais

Guerras e conflitos internacionais podem prejudicar a produção de petróleo ou o comércio entre os países.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, temos lido notícias sobre o impacto da guerra no preço do petróleo.

A Rússia é um dos maiores produtores de petróleo do mundo e os mercados temem que sua incursão militar no país vizinho prejudique a extração do óleo.

O Ocidente também tem receio de que o presidente russo decida restringir as exportações de petróleo para punir os países que se opõem a suas ambições geopolíticas.

Além disso, os Estados Unidos e a Europa impuseram grandes sanções econômicas à Rússia, o que pode prejudicar sua capacidade de financiamento.

Sem acesso aos mercados internacionais, a produção de petróleo russa pode ser seriamente comprometida.

O resultado de tanta tensão geopolítica, você já sabe qual é: aumento do preço dos combustíveis!

Sempre que há tensão em regiões produtoras de Petróleo, seja a Rússia, a Venezuela ou o Oriente Médio, pode ter certeza: o preço da gasolina e do diesel vai subir.

Como lidar com o aumento do preço de combustível em uma operação logística

Se você chegou até aqui, já é praticamente um especialista em combustíveis fósseis: sabe como são formados os preços da gasolina e do diesel, o papel que a Petrobrás tem nisso e quais fatores influenciam o quanto você gasta no posto.

Só falta saber como lidar com o aumento do combustível na sua frota, concorda?

Existem diversas maneiras de enfrentar o aumento de combustível no dia a dia!

Mas antes de saber sobre isso, você pode baixar o guia de como aumentar a economia com combustível que a Cobli preparou. Basta clicar aqui!

Agora, confira abaixo algumas dicas para economizar combustível enquanto os preços estiverem nas alturas:

Calibre os pneus

Quer economizar combustível? Então, calibre os pneus do seu veículo regularmente!

Se os pneus estão murchos, o atrito entre a borracha e o asfalto é intensificado, afetando o desempenho do veículo e, consequentemente, eleva o gasto de combustível.

Troque as marchas corretamente

Seguir a rotação do seu veículo na hora de trocar a marcha é essencial para evitar desperdício. Permanecer muito tempo na marcha inadequada leva o motor a queimar mais combustível, sabia?

Diferentemente do que diz a lenda, dirigir com a marcha desengatada pode elevar o consumo de combustível!

Você conhece aquele truque de deixar o veículo em ponto morto e aproveitar as descidas para supostamente economizar gasolina, certo?

Além de perigosa, essa prática resulta no aumento do gasto energético, especialmente em veículos com injeção eletrônica, que depositam ainda mais combustível no motor quando não há ninguém pisando no acelerador.

Evite sobrecarregar o veículo

Excesso de peso também resulta em aumento do consumo de combustível.

Se um caminhão trafegar com mais carga do que o indicado, o motor vai queimar mais combustível para dar conta da viagem.

Por isso, se o seu objetivo é economizar, respeite a capacidade de carga do seu veículo.

Dirija com velocidade constante

Sabe o que acontece toda vez que você pisa forte no acelerador? O sistema do seu veículo entende que ele precisa de potência máxima e injeta mais combustível no motor.

Para diminuir o gasto de combustível, portanto, opte por dirigir em velocidade constante, pisar de leve no acelerador e evitar arrancadas bruscas.

É preciso entender que frear demais também eleva o gasto energético do veículo, viu? Por isso, quando estiver no sinal vermelho, evite ficar acelerando e freando sem necessidade.

Além de ajudá-lo a gastar menos no posto de gasolina, dirigir em velocidade constante tornará sua viagem mais segura.

Faça manutenção periódica do veículo

Não adianta seguir todas as nossas dicas para economizar combustível se o seu veículo estiver com defeito.

Para evitar desperdício de combustível, é necessário garantir que o motor esteja funcionando corretamente.

Portanto, não descuide da manutenção periódica do seu veículo: alinhamento e balanceamento, filtros de combustível, óleo e ar, velas, etc. Marque já uma revisão com um mecânico de confiança!

Descubra qual combustível compensa mais

Toda vez que o preço da gasolina sobe, proprietários de veículos flex começam a fazer as contas para saber se compensa abastecer com álcool.

Embora mais cara, a gasolina garante mais autonomia e eficiência energética ao veículo. Isso quer dizer que com um litro de gasolina, você consegue cobrir mais quilômetros do que com um litro de álcool.

O que não quer dizer que abastecer com gasolina é sempre melhor.

Anote aí: vale a pena encher o tanque de álcool quando o valor desse combustível corresponder a no máximo 70% do preço da gasolina.

Não sabe fazer essa conta? É fácil! Pegue o preço da gasolina e multiplique por 0,7. Se o resultado for inferior ao preço do álcool, abasteça com etanol. Se for maior, opte pela gasolina mesmo.

Planeje suas rotas

Uma ótima maneira de desperdiçar combustível é ficar rodando sem rumo por aí, concorda?

Por isso, para driblar o aumento do combustível é importante planejar cuidadosamente suas rotas.

Caminhos mais longos resultam em mais gasto de combustível, obviamente. No entanto, se você optar por uma rota mais curta, mas cumpri-la em um horário de congestionamento, também vai gastar mais.

Para descobrir o melhor (isto é, o mais econômico) trajeto a seguir, considere investir em um sistema de roteirização. Que tal conhecer um pouco sobre a Cobli?

O sistema de roteirização da Cobli é capaz de elaborar rotas com até 300 endereços! Na hora de montar o seu trajeto, nossa ferramenta considera as restrições de circulação de determinados veículos em determinadas vias e os horários em que seu cliente prefere receber a carga.

Com a Cobli, você pode até optar por reduzir distâncias percorridas ou o tempo gasto em cada trajeto.

Nosso roteirizador também considera variáveis como o horário em que cada cliente prefere receber as cargas, os picos de congestionamento e até as paradas obrigatórias que o condutor é obrigado a fazer durante sua jornada de trabalho.

E sabe qual o melhor de tudo? A adoção do sistema de roteirização da Cobli resulta em diminuição de despesas! Alguns dos nossos clientes cortaram pela metade os gastos com combustível!

E antes de terminar, que tal mais uma ajudinha?

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Viu só como a Cobli pode ajudá-lo a driblar o aumento do combustível? Siga nossas dicas para gastar menos no posto de gasolina!

Esta publicação te ajudou? Confira essa e outras explicações sobre questões de logística e gestão de frota em nosso blog.

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