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Crowdshipping: saiba como funciona o sistema de entregas

Já pensou se você pudesse apertar um botão e todos os entregadores da sua região estivessem a seu serviço para uma entrega? Pois bem: essa é a ideia por trás do crowdshipping

Você deve estar achando a lógica um bocado familiar – e não é à toa: o crowdshipping tem sido um dos sistemas de entrega mais utilizados pelas pessoas e empresas nos últimos anos.

Por meio do crowdshipping, qualquer cliente pode utilizar uma plataforma para encontrar milhares de entregadores disponíveis e levar uma encomenda, mercadoria ou produto a qualquer lugar. 

É uma forma de logística que tem se tornado bastante popular graças ao avanço do uso de tecnologia – e que pode ser uma solução muito relevante para a sua empresa fazer entregas rápidas, baratas e eficazes. 

Neste texto, vamos explicar o que é crowdshipping, como ele funciona e como foi inventado. 

Também vamos falar mais sobre suas principais vantagens e citar alguns exemplos de empresas que disponibilizam esses serviços no Brasil. 

O que é crowdshipping? 

Crowdshipping é um termo em inglês que surgiu da união de duas palavras: crowd (multidão) e shipping (envio). 

Sua junção gera uma nova forma de logística, que consiste em entregas feitas por uma multidão de pessoas, normalmente utilizando veículos próprios para realizar essas atividades. 

A ideia aqui é que qualquer pessoa possa realizar entregas, seja usando um veículo próprio, alugado ou até mesmo a serviço de uma transportadora.

A função principal desse entregador é simples: ele deve retirar uma encomenda em um local e levar a outro, usando moto, carro, bicicleta, a pé ou qualquer outro veículo. 

É uma forma de logística bastante popular em grandes centros urbanos e também na chamada última milha – levando uma mercadoria de um centro de distribuição até uma residência ou loja. 

Aqui no Brasil, essa modalidade de logística tem se tornado popular por permitir que muitas lojas e pequenos negócios façam entregas sem precisar ter uma área dedicada para tal, o que facilita as margens. 

Além disso, com o cenário de crise econômica instalado há anos, muitos trabalhadores viram no crowdshipping uma forma de ter renda extra ou mesmo um meio de subsistência – não à toa, são muitos os exemplos de empresas do setor que atuam por aqui. 

Vamos falar mais sobre essas empresas mais adiante no texto. 

Antes, porém, é importante diferenciar o crowdshipping do crowdsourcing, que também é outra palavra bem comum na logística – e une crowd à palavra sourcing (fornecimento). 

A diferença entre os dois está nas pontas da cadeia: enquanto o crowdshipping usa muitos entregadores diferentes, o crowdsourcing utiliza muitos fornecedores diferentes. Entendeu?  

Como funciona o crowdshipping?

Para entender como funciona o crowdshipping, é preciso entender o princípio dessa modalidade, que consiste que muitos clientes e entregadores se encontrem em uma plataforma só. 

Isso poderia ser feito de forma analógica, como acontece em empresas que concentram motoboys e prestam serviços. 

No entanto, concorda que a quantidade de motoboys que uma empresa pode administrar é limitada, pensando em despacho de pedidos e tudo mais? 

E essa quantidade limitada pode não ser suficiente para a demanda que existe no crowdshipping. 

É aí que entra a tecnologia: por meio de algoritmos de inteligência artificial, plataformas como aplicativos são capazes de reunir e organizar os pedidos de entregas de múltiplos clientes, distribuindo-os para milhares, até milhões de entregadores, mesmo em uma só cidade. 

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Entregas de última milha são uma das principais formas de uso do crowdshipping.

A lógica aqui é simples: quando alguém faz um pedido, essa plataforma poderá encontrar o entregador que está mais perto do ponto de coleta e se ele está apto para levar o produto até o destino final. 

O objetivo do crowdshipping é simples: buscar a eficiência, reduzindo os custos e o tempo de entrega, além de simplificar os procedimentos logísticos. 

É uma ideia dentro da chamada economia compartilhada – que prega que as empresas não precisam ter ativos para necessariamente conseguirem realizar uma tarefa importante. 

Neste caso, os entregadores compartilham seu tempo e seus veículos para fazer a entrega para empresas e pessoas físicas, sem que estes precisem ter uma frota própria ou contratar uma frota terceirizada. 

Para empresas que já têm uma área de logística própria, o crowdshipping também pode ser útil, sendo adotado em operações específicas. 

Por exemplo: se um cliente mora perto do centro de distribuição, ele está dentro da zona de last mile e pode ser mais barato e rápido que o produto seja entregue usando crowdshipping. 

Isso permite, inclusive, que as empresas ofereçam entregas em prazos curtos, como same-day delivery, o chamado delivery no mesmo dia.

Quem inventou o crowdshipping? 

A primeira empresa a utilizar um sistema de crowdshipping, utilizando esse nome, foi a startup americana PigeonShip, que lançou um serviço assim em 2012. 

Quais são as principais vantagens do crowdshipping? 

Ao ler este texto, você já deve imaginar algumas das vantagens de se utilizar o crowdshipping na sua área de logística, mas vamos a uma lista delas: 

  • Entregas mais rápidas; 
  • Menor tempo de entrega e redução de atraso; 
  • Capacidade de ganhar escala, pois é possível atender mais consumidores sem elevar custos; 
  • Aumento das responsabilidades diante dos pedidos de clientes; 
  • Maior previsibilidade de custos, já que os riscos de transporte são menores; 
  • Concentração de entregas em áreas mais densas e povoadas; 
  • Redução do impacto ambiental, já que entregas podem ser feitas por patinetes e bicicletas. 

Como implementar o crowdshipping? 

Como tudo dentro de uma empresa, é preciso ter um certo cuidado para implementar o crowdshipping dentro das suas operações. 

Afinal de contas, é a satisfação dos clientes que está em jogo – se as entregas tiverem baixa qualidade, sua empresa poderá ter a reputação afetada. 

Por isso, é importante utilizar plataformas que estejam bem certificadas e tenham controles de qualidade, garantindo que a mercadoria não chegue danificada ou atrasada. 

Além disso, é preciso ter a confiança dos clientes, dado que para o crowdshipping funcionar, vários dos dados deles estarão acessíveis a terceiros – incluindo nome e endereço. 

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Parte do que faz o crowdshipping funcionar tão bem hoje é a internet e a popularização dos smartphones.

Uma boa forma de cuidar disso é utilizar plataformas que fazem a checagem dos antecedentes criminais dos entregadores, além de valorizar esses profissionais com taxas extras e gorjetas por bons serviços prestados. 

Muitas das plataformas de crowdshipping têm ainda sistemas que podem se integrar aos sistemas de gestão logística das empresas, para facilitar processos e aprimorar o controle das entregas. 

É uma forma também onde o sistema da Cobli pode se integrar às plataformas, permitindo que gestores de logística possam visualizar tudo em um só lugar. 

Conheça algumas empresas que fazem crowdshipping no Brasil

Existem diversas empresas brasileiras e estrangeiras que fazem crowdshipping aqui no Brasil – e provavelmente você conhece várias delas. 

Eu Entrego

Fundada em 2016, a EuEntrego conecta lojas e estabelecimentos comerciais a entregadores pelo país, usando bicicletas, caminhões e motos. 

Nos últimos anos, o serviço tem se tornado mais conhecido por ser utilizado por empresas como o Mercado Livre. 

Lalamove

Fundada em 2013, a chinesa Lalamove chegou ao Brasil no início de 2019 e tem diferentes tipos de veículos que podem ser requisitados a qualquer momento – de motos até carretos, para o transporte de móveis. 

Uber Flash

Conhecida pelo transporte de pessoas, a Uber também faz o transporte de produtos através do serviço Uber Flash, que permite o envio de pequenos pacotes. 

Normalmente, o serviço é feito por meio de carros, pelos mesmos motoristas que levam pessoas. 

Recentemente, a empresa também introduziu motos em sua operação. 

iFood

Quem disse que comida não é crowdshipping? O iFood é um dos casos mais conhecidos de crowdshipping aqui no Brasil – permitindo que entregadores façam serviços para diferentes restaurantes, e não só uma única pizzaria, por exemplo. 

Rappi

A colombiana Rappi é outra empresa que também tem no crowdshopping a base de sua operação. 

Esta publicação te ajudou? Confira essa e outras explicações sobre questões de logística e gestão de frota no blog da Cobli

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