Você com certeza já ouviu o ditado “prevenir é melhor remediar”, que fala da importância de se preparar previamente para evitar problemas. A gestão de riscos logísticos fala basicamente da mesma coisa: identificar e minimizar dificuldades que podem surgir na operação.
Imagine não ter que lidar com avarias inesperadas, atrasos de última hora ou problemas na cadeia de suprimentos. Isso não só poupa o caixa da sua empresa, mas também mantém a operação funcionando com a eficiência que você e o seu cliente esperam.
Neste artigo, vamos explorar as melhores estratégias de previsão de riscos, além de dicas práticas para te ajudar a minimizar impactos na rotina da atividade logística. Vamos nessa? Continue a leitura!
Índice:
Como é feita a gestão de riscos logísticos?
A gestão de riscos logísticos é uma estratégia fundamental dentro do universo da logística e transporte. Ela envolve a identificação de possíveis ameaças e a implementação de medidas preventivas para reduzir seus impactos.
Para a rotina de uma empresa de frotas, este tipo de ação pode fazer muita diferença, já que a operação está exposta a uma série de possíveis problemas (que muitos deles fogem do seu controle).
Veja só: apenas em 2022, foram registrados mais de 64 mil acidentes nas rodovias federais brasileiras, segundo dados da CNT.
Basta um desses acidentes acontecerem nas vias onde sua frota opera para gerar imprevistos para a operação logística. Seja pelo atraso de chegada ao destino final ou até algo mais grave.
A gestão de riscos atua justamente para evitar ou minimizar que situações deste tipo aconteçam. E, se acontecer, que cause o menor prejuízo possível à empresa e ao cliente.
Por isso, o objetivo da gestão de riscos logísticos é garantir que a cadeia de suprimentos funcione de maneira contínua, sem interrupções indesejadas que possam resultar em atrasos, custos adicionais ou insatisfação dos clientes.
Os principais tipos de riscos logísticos
Dentro da rotina de logística de frotas, existem uma variedade de riscos potenciais. Conhecê-los é um dos primeiros passos para implementar um gerenciamento de riscos eficiente.
Lembre-se que saber os possíveis riscos que existem te ajuda a preparar melhores medidas tanto para prevenir quanto para resolver os problemas. Veja os principais:
1. Riscos operacionais: riscos causados por falhas de equipamento, erros humanos e problemas nos processos, o que podem levar a atrasos e interrupções de atividades.
2. Riscos de transporte: problemas nos veículos, acidentes de trânsito, má condições das vias, problemas de tráfego, roubos e danos que podem causar prejuízos com veículos ou atrasos na entrega final.
3. Riscos de suprimento: envolve problemas com fornecedores, seja no cumprimento do prazo ou na quantidade e qualidade esperadas.
4. Riscos de demanda: acontece quando a demanda causa picos e quedas imprevisíveis na operação logística. Normalmente, causado por preferência dos clientes ou por fatores econômicos (exemplo: produção de álcool em gel durante pandemia da COVID-19).
5. Riscos estratégicos: relacionados a mudanças no mercado, como políticas governamentais, instabilidade política, padrões de consumo alterados ou surgimento de novos concorrentes.
6. Riscos Financeiros: são riscos associados a flutuações cambiais, aumento de preços em combustíveis ou matérias-primas, ou mudanças nas condições de crédito.
Como os riscos logísticos impactam na operação da frota?
Os diferentes riscos logísticos podem causar impacto direto nas operações das frotas. Imagine uma frota de veículos em uma empresa de entregas: qualquer falha ao longo da cadeia de suprimentos pode desencadear uma série de consequências, desde atrasos até problemas no abastecimento.
É preciso estar atento para não deixar que estes riscos comprometam a gestão da frota, nem afete as atividades obrigatórias para manter a operação funcionando, como cronograma de manutenção de veículos ou gestão do combustível, por exemplo.
Em muitos casos, o risco foge do controle do gestor ou do profissional de logística. É o caso de quando há escassez de alguma peça, por exemplo, devido a um problema com um fornecedor — o que pode resultar em veículo parado e inativo.
A falta de peças para a manutenção regular pode levar a um aumento nos custos de reparo e manutenção, afetando a vida útil dos veículos. Além disso, os riscos logísticos também podem influenciar diretamente o planejamento de rotas da frota.
Atrasos na entrega de mercadorias essenciais podem resultar em ajustes de última hora nos itinerários, o que pode levar a uma menor eficiência na utilização dos veículos e aumento nos custos operacionais.
Vale lembrar que o impacto dos riscos logísticos na operação da frota não se limita apenas à eficiência operacional. Também afeta a qualidade do serviço prestado aos clientes. Atrasos nas entregas devido a problemas logísticos podem levar a insatisfação, prejudicando a reputação da empresa.
Quando uma frota não possui uma boa gestão de risco logístico, isso pode virar um grande obstáculo para o seu sucesso.
05 melhores estratégias para reduzir riscos logísticos
A gestão eficaz de riscos logísticos requer um conjunto de estratégias bem definidas para minimizar as ameaças potenciais e fortalecer a segurança da cadeia de suprimentos.
A seguir, separamos as melhores estratégias que podem ser implementadas para reduzir riscos logísticos. Confira!
1. Identifique os riscos logísticos
Uma das bases da gestão de riscos é a capacidade de identificar ameaças potenciais. Isso envolve avaliar cada etapa da cadeia de suprimentos, desde fornecedores até a entrega final. A análise criteriosa permite a antecipação de problemas e a implementação de medidas preventivas.
Uma boa dica para isso é com a análise de histórico de incidentes. Quais falhas anteriores foram registradas? Como sua empresa pode evitar que ocorra novamente? É um caminho para iniciar o seu mapeamento de riscos. Uma outra dica é conseguir avaliar os pontos de vulnerabilidade que existem dentro da cadeia de suprimentos e até mesmo coletar feedbacks de clientes.
2. Diversificação de fornecedores
Depender de um único fornecedor pode ser arriscado. Busque diversificar as fontes de suprimentos! Manter relacionamentos sólidos com diversos fornecedores permite alternativas em caso de atrasos ou falhas em uma fonte específica.
Isso não apenas reduz o impacto de imprevistos, mas também impulsiona a competitividade, uma vez que a empresa pode negociar melhores preços e condições. Por isso, tenha alternativas prontas ajuda a manter a operação em andamento, mesmo diante de imprevistos.
3. Contratos e acordos sólidos
Estabeleça contratos e acordos detalhados e bem definidos com fornecedores, parceiros de transporte e outros envolvidos na sua cadeia de suprimentos. Esses contratos não apenas firmam as expectativas, prazos e responsabilidades de todas as partes envolvidas, mas também incluem cláusulas de contingência para situações imprevistas — o que vai resguardar sua empresa em qualquer problema mais grave.
É uma estratégia simples e , por vezes até “óbvia”, mas que proporciona um alicerce legal robusto para enfrentar qualquer problema que possa surgir, minimizando potenciais disputas e desentendimentos.
4. Estoque de segurança
Manter um estoque de segurança é uma tática comprovada para enfrentar variações inesperadas na demanda ou atrasos no fornecimento.
Com uma quantidade adicional de produtos em estoque além do necessário, uma empresa pode agir como uma espécie de “amortecedor”. Isso garante que, mesmo em situações como aumentos repentinos na demanda ou atrasos de fornecedores, a operação não seja interrompida. Um estoque de segurança bem gerenciado deixa seu setor logístico preparado.
5. Tecnologia de monitoramento
Tecnologia e logística andam juntas e isso já não é novidade. Mas não poderia ficar de fora da lista de melhores estratégias para uma boa gestão de riscos logísticos!
Plataformas avançadas de monitoramento em tempo real vão rastrear o movimento de produtos e veículos em todas as etapas da cadeia de suprimentos. Você e sua equipe consegue acompanhar com precisão o status de cada veículo em rota.
Além de oferecer visibilidade imediata, também permite a detecção de problemas com antecedência, como atrasos ou desvios de rota. Com base nos dados em tempo real, os gestores podem tomar decisões rápidas e informadas para minimizar impactos negativos.
Ao aplicar essas estratégias, o setor logístico da sua empresa consegue assegurar as operações, minimizar riscos e até mesmo conseguir alocar a energia que é gasta resolvendo problemas em energia para fazer sua empresa acelerar crescimento e produtividade.
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