profissional de logística fazendo matriz de criticidade na gestão de ativos.

Matriz de criticidade: o que é e como funciona?

A matriz de criticidade é uma ferramenta poderosa para auxiliar na identificação e priorização dos ativos importantes para uma organização, principalmente no contexto da gestão de ativos.

No meio da logística de distribuição, ter a matriz de criticidade permite avaliar o impacto da falha de um determinado ativo e definir estratégias adequadas de manutenção e investimento. Isso é fundamental para o sucesso de um negócio.

Também é papel de apoio da matriz considerar o impacto da falha e a frequência que ocorre, justamente para analisar quais pontos têm maior potencial de causar interrupções significativas nos processos operacionais e nos resultados financeiros.

Durante esse texto, iremos falar muito sobre como fazer uma matriz de criticidade, quais os benefícios de usá-la na gestão de ativos e outros pontos importantes para esse gerenciamento. 

O que é matriz de criticidade?

A matriz de criticidade é uma metodologia que tem como principal intuito classificar os ativos de uma empresa.

Em sua formatação, a matriz analisa a importância para a operação e os riscos associados caso ocorra algum tipo de falha.

Essa classificação, para haver assertividade, será realizada por meio da combinação de dois fatores: o impacto da falha e a frequência de ocorrência.

O impacto da falha na matriz

Quando falamos sobre o impacto da falha, este refere-se aos efeitos que a interrupção ou mau funcionamento de um ativo pode causar no processo produtivo, na segurança, no meio ambiente ou em outros aspectos críticos para a organização. 

A frequência de ocorrência na matriz

Agora, sobre a frequência de ocorrência, isso está relacionado à probabilidade de falha do ativo, considerando fatores como a idade, condição de uso, histórico de manutenção e outros indicadores relevantes.

Ou seja, quando há a combinação desses dois fatores, é possível classificar os ativos em diferentes níveis de criticidade. Eles, em geral, são feitos por uma escala numérica ou codificação de cores. 

Então, ao falar de ativos de alta criticidade, ou seja, aqueles que apresentam maior impacto da falha ou maior frequência de ocorrência, deve-se prestar mais atenção para ajustes certeiros.

Como funciona a matriz de criticidade? 

O funcionamento da matriz de criticidade está ligado diretamente a ser uma ferramenta de apoio à tomada de decisões na gestão de ativos. 

Com ela implementada, será possível identificar quais são os ativos mais importantes para o funcionamento da empresa e direcionar recursos e esforços de forma adequada.

Quando falamos no seu funcionamento, é importante pensar em algumas etapas cruciais para que haja boa fluidez na matriz:

  • Identificação dos ativos;
  • Avaliação do impacto da falha;
  • Avaliação da frequência de ocorrência;
  • Classificação dos ativos.

Nesse sentido, através de sua implementação e acompanhamento rigorosos, sua empresa estará mais preparada para garantir a confiabilidade, produtividade e segurança de seus ativos, impulsionando o sucesso e a competitividade no mercado.

O que é nível de criticidade?

O nível de criticidade é uma medida da importância de algo em relação ao seu impacto em um sistema ou processo. 

Ele é usado para determinar a prioridade que deve ser dada a um problema, tarefa ou ativo, e pode ser aplicado em diversas áreas, como gestão de projetos, gerenciamento de riscos, manutenção industrial e até mesmo na vida pessoal.

Em termos simples, o nível de criticidade indica o quão grave ou prejudicial seria uma falha ou problema. Quanto mais crítico for algo, maior será a necessidade de atenção e recursos para resolvê-lo.

Com base na avaliação do impacto da falha e da frequência de ocorrência, os ativos podem ser classificados em diferentes níveis de criticidade, como:

Crítico

Ativos cuja falha teria um impacto significativo e imediato nas operações da empresa. São os mais importantes e exigem maior atenção e investimento em manutenção preventiva e planos de contingência.

Importante

São os que têm um impacto moderado nas operações da empresa se falharem. Embora não sejam críticos, ainda são considerados essenciais para o funcionamento adequado da empresa e requerem cuidados e atenção na manutenção e gerenciamento de riscos.

Secundários

Sua falha teria um impacto mínimo nas operações da empresa. Geralmente, esses ativos podem ser substituídos ou suas falhas podem ser gerenciadas sem causar grandes interrupções nas operações.

Não crítico

Esses ativos são o que teriam um baixo impacto nas operações da empresa. Geralmente, não são considerados essenciais para as operações e podem não exigir muita atenção em termos de manutenção e gerenciamento de riscos.

gestor de logística realizando a matriz de criticidade.
A matriz de criticidade tem como principal intuito classificar os ativos de uma empresa.

Como classificar a criticidade de um equipamento?

Classificar a criticidade de um equipamento envolve avaliar sua importância para as operações da empresa e o impacto que sua falha teria sobre essas operações. 

Diversos métodos podem ser utilizados para essa classificação, cada um com suas vantagens e desvantagens. Confira:

Método AMFE (análise de modo de falha e efeito)

Através de sua aplicação, empresas podem direcionar recursos de forma precisa, aumentar a confiabilidade dos equipamentos e minimizar os riscos de falhas.

Um índice de criticidade é calculado para cada modo de falha, considerando a probabilidade, a severidade do efeito e a detectabilidade.

No entanto, pode ser um processo demorado e complexo, exigindo conhecimento técnico especializado.

Método da matriz de criticidade

Uma matriz é criada com dois eixos: frequência de falha e impacto da falha. Cada equipamento é classificado em uma das células da matriz, de acordo com sua frequência de falha e impacto.

Pode ser menos preciso que o método AMFE, pois não considera as causas das falhas e a detectabilidade.

Método RPN (número de prioridade e risco)

O RPN é calculado multiplicando a probabilidade de falha, a severidade do efeito e a detectabilidade. Os equipamentos são classificados conforme o valor do RPN, com os maiores valores indicando maior criticidade.

Pode ser menos preciso que os métodos anteriores, pois não considera todos os aspectos relevantes da criticidade.

Método baseado em custos

Este método analisa os custos associados à falha de um equipamento, incluindo custos de reparo, tempo de parada e perda de produção. Os equipamentos são classificados conforme o custo total associado à falha.

A maior desvantagem é que esse método não considera outros aspectos importantes da criticidade, como segurança e impacto ambiental.

Como fazer uma matriz de criticidade?

Com a parte teórica aprendida, partir para a construção da matriz de criticidade é o próximo passo. Mas, para aprender a como fazer uma matriz de criticidade, é importante realizar cada etapa com atenção.

Toda etapa do fluxo é necessária para o sucesso da matriz, até por isso, é importante entender como identificar e priorizar os ativos críticos na matriz de criticidade. 

Defina os critérios de impacto da falha

O primeiro passo para fazer uma matriz de criticidade é determinar os diferentes aspectos que serão considerados na avaliação do impacto da falha, seja ele financeiro, operacional, na segurança ou na reputação da empresa

Cada critério pode receber uma pontuação ou ser categorizado em níveis, dependendo da complexidade e das necessidades da organização. 

Por exemplo, se um veículo da sua frota apresenta muitas falhas durante entregas, quantos prejuízos podem ser gerados à marca ou mesmo na satisfação com clientes?

Estabeleça os critérios de frequência de ocorrência

Com os critérios bem definidos, chegou o momento de identificar os principais fatores que afetam a probabilidade de falha de um ativo, como idade, histórico de manutenção, condições de operação e outros indicadores relevantes. 

Por exemplo, algum caminhão da sua frota já está com o tempo de vida muito alto e dando mais prejuízos do que lucros? É importante entender isso.

Nessa etapa, também determine uma escala ou categorização para medir a frequência de ocorrência, que pode variar de baixa a alta, por exemplo.

Atribua pesos aos critérios

Agora, após ter definido os critérios, é importante atribuir pesos para as falhas e frequências de ocorrência

Essa etapa impactará diretamente quando houver uma análise de criticidade. Por exemplo, se a parte financeira é uma prioridade máxima para a organização, no modelo de frotas, o critério precisará receber um peso maior.

Faça uma avaliação dos ativos

Não há como fazer uma matriz de criticidade sem avaliar os ativos da empresa! Para cada ativo, faça a análise considerando os critérios de impacto da falha e frequência de ocorrência.

Também lembre-se de atribuir pontuações ou categorias a cada critério, considerando os dados disponíveis e as informações coletadas.

Calcule a criticidade dos ativos

Some as pontuações ou utilize uma fórmula de cálculo para obter uma medida de criticidade para cada ativo. 

Essa medida pode ser representada numericamente ou por meio de uma codificação de cores, facilitando a visualização e a compreensão dos resultados.

profissionais de logística montando a matriz de criticidade em conjunto.
Ao montar a matriz de criticidade, um dos passos mais importantes é definir os critérios de impacto das falhas.

Como fazer a análise de criticidade de equipamentos?

A análise de criticidade de equipamentos envolve uma avaliação detalhada para determinar a importância relativa de cada equipamento para as operações da empresa e o impacto que sua falha teria sobre essas operações.

Para fazer a análise, é necessário seguir algumas etapas:

Identificação dos equipamentos

Liste todos os equipamentos essenciais para as operações da empresa. Isso inclui equipamentos de produção, sistemas de energia, equipamentos de segurança, entre outros.

Avaliação do impacto da falha

Para cada equipamento identificado, avalie o impacto que sua falha teria sobre as operações da empresa. 

Considere fatores como perda de produção, custos de reparo, impacto na segurança dos funcionários, impacto nos prazos de entrega de produtos/serviços, entre outros.

Avaliação da frequência de ocorrência

Determine a frequência com que as falhas ocorrem em cada equipamento. Isso pode ser feito usando dados históricos de manutenção, registros de falhas anteriores, análise de confiabilidade do equipamento, entre outros métodos.

Classificação da criticidade

Com base na avaliação do impacto da falha e da frequência de ocorrência, classifique cada equipamento em diferentes níveis de criticidade. 

Isso pode ser feito usando uma matriz de criticidade, que combina esses dois critérios para atribuir uma classificação, como:

  • Crítico;
  • Importante;
  • Secundário;
  • Não crítico.

Priorização de ações

Use a classificação de criticidade para priorizar ações de manutenção e gerenciamento de riscos para cada equipamento. 

Equipamentos classificados como críticos devem receber maior atenção e investimento em termos de manutenção preventiva, monitoramento contínuo e planos de contingência. 

Já os classificados como não críticos podem exigir menos investimento em manutenção e podem ser monitorados com menos frequência.

Revisão e atualização

Periodicamente, revise a análise de criticidade dos equipamentos para garantir que esteja alinhada com as necessidades operacionais e estratégicas da empresa. 

À medida que as operações mudam ou novos equipamentos são introduzidos, atualize a análise de criticidade para garantir que os recursos e esforços sejam direcionados adequadamente.

Quais são os benefícios de utilizar a matriz de criticidade na gestão de ativos? 

Um dos principais benefícios ao implementar uma matriz de criticidade na gestão de ativos é a priorização de recursos, pois isso facilita a identificação dos ativos mais críticos e direcionamento dos recursos de forma eficiente.

Com essa metodologia implementada no dia a dia, é possível concentrar esforços e investimentos nos ativos que têm maior impacto na operação e nos resultados da sua empresa.

Além disso, entre os benefícios, quando falamos em planejamento de manutenção, a matriz de criticidade ajuda a estabelecer estratégias adequadas para cada veículo da frota, por exemplo. 

Um veículo que atua na operação logística mais importante das suas entregas, pode requerer uma manutenção mais frequente e preventiva.

Já os computadores que realizam o inventário do estoque, podem ser submetidos a manutenções reativas.

Quando há um foco nos processos da matriz de criticidade, a companhia evita gastos desnecessários em ativos de baixa criticidade, direcionando os recursos financeiros para as áreas que exigem maior atenção.

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