Dois homens, vestindo EPIs, e analisando possíveis informações em um computador, que está na mão deles.

Classificação de criticidade de equipamentos: o que é?

A classificação de criticidade de equipamentos é um processo estratégico dentro da gestão de ativos e operações industriais. Este método se destaca como uma abordagem analítica e proativa, fundamental para identificar e hierarquizar os equipamentos conforme sua importância e impacto nas operações de uma organização. 

Com essa avaliação, que é bastante criteriosa, os gestores podem direcionar seus recursos, esforços de manutenção e investimentos de forma mais precisa e eficiente.

Em sua essência, a classificação de criticidade de equipamentos busca estabelecer a relevância e a sensibilidade dos equipamentos em relação à continuidade operacional, à segurança, à produção e aos resultados financeiros de uma empresa. 

Mas, como isso é feito? Por meio de uma análise minuciosa, considerando diversos parâmetros, como a função do equipamento, sua interdependência com outros ativos, a frequência de uso, os potenciais impactos de falhas e os custos associados a uma parada não programada.

Segundo informações da Metso Outotec, em pesquisa realizada com 72 grandes multinacionais, falhas de equipamentos podem gerar prejuízo médio de 323 horas de produção por ano.

Por isso, é muito importante realizar a análise da classificação de criticidade de equipamentos. Ao realizar essa classificação, é possível segmentar os equipamentos em diferentes níveis de criticidade, geralmente categorizados de acordo com a gravidade das consequências de sua falha. 

Assim, torna-se possível priorizar ações de manutenção preventiva, planejar investimentos em substituições ou upgrades e definir estratégias de gestão de riscos para mitigar potenciais danos à produção e à segurança.

Neste texto, iremos nos aprofundar sobre o que é grau de criticidade, como realizar a classificação de criticidade de equipamentos, qual a importância da criticidade, como elaborar uma matriz para a classificação e muito mais.

O que é grau de criticidade?

O grau de criticidade refere-se à medida ou classificação atribuída a um equipamento, sistema ou componente com base em sua importância e impacto nas operações de uma organização. Realizar a classificação de criticidade de equipamentos é uma etapa dentro deste entendimento.

Esse indicador busca avaliar a relevância e a sensibilidade dos ativos em relação à continuidade operacional, à segurança, à produção e aos resultados financeiros.

Por exemplo, se você trabalha ou possui uma empresa de logística, provavelmente, os veículos são os ativos mais críticos e que não podem ficar parados.

Como o grau de classificação de criticidade de equipamentos é determinado?

O grau de criticidade é feito a partir de uma análise detalhada que considera diversos fatores para a construção da matriz de criticidade. Eles podem incluir a função específica do equipamento, sua interdependência com outros ativos, a frequência de utilização, os efeitos de uma parada não programada e os custos associados a esses eventos.

Geralmente, os ativos são classificados em diferentes níveis de criticidade, que podem variar de acordo com a natureza e as necessidades operacionais de cada empresa. Esses níveis podem ser designados, por exemplo, como de alta criticidade, média criticidade e baixa criticidade.

Ao atribuir um grau de criticidade a cada ativo, os gestores podem priorizar ações de manutenção planejada, investimentos em substituições ou upgrades, assim como desenvolver estratégias de gestão de riscos mais direcionadas. 

Qual a importância da criticidade?

A importância de realizar uma classificação de criticidade de equipamentos na gestão de ativos e operações é fundamental para a tomada de decisões estratégicas. 

Ela permite identificar e priorizar os ativos mais críticos para as operações de uma organização, o que tem diversas implicações:

  • Foco em prioridades;
  • Redução de riscos;
  • Otimização de recursos;
  • Planejamento estratégico;
  • Continuidade operacional.

Neste cenário, é possível analisar que a criticidade na gestão de ativos é crucial para direcionar recursos e priorizar equipamentos vitais. Isso reduz riscos, otimiza investimentos, guia o planejamento estratégico, apoia em cronogramas de manutenção e assegura a continuidade operacional. 

Ao focar nos ativos mais críticos, evita-se a dispersão de esforços e protege-se a operação contra falhas não planejadas, contribuindo para o sucesso e a eficiência da empresa.

Em resumo, a importância da classificação de criticidade de equipamentos está em orientar as decisões estratégicas, minimizar riscos, otimizar recursos e garantir a eficiência operacional, contribuindo diretamente para o sucesso e a sustentabilidade das operações de uma empresa.

Quais são os tipos de criticidade? 

Os tipos de criticidade podem variar de acordo com a metodologia ou critérios específicos utilizados por cada organização para classificar seus ativos. 

No entanto, geralmente, os tipos de criticidade podem ser categorizados da seguinte forma:

Criticidade Funcional

Essa criticidade está relacionada à função específica de um equipamento ou ativo dentro do processo produtivo.

Criticidade Operacional

Já esta criticidade, refere-se ao impacto que a falha de um determinado ativo pode ter na produção ou operação. 

Criticidade de Segurança

Nesta, há uma avaliação do potencial impacto de uma falha em termos de riscos à segurança dos colaboradores, clientes ou do ambiente de trabalho. 

Criticidade Econômica

Está considera os custos associados à falha de um ativo, incluindo os custos de reparo, perda de produção, perda de receita e impacto financeiro. 

Criticidade Ambiental

Por fim, esta criticidade avalia os possíveis impactos negativos ao meio ambiente decorrentes da falha de um equipamento.

Esses tipos de criticidade podem variar em importância dependendo da indústria, do tipo de operação e das necessidades específicas de cada organização. 

A combinação desses critérios pode ajudar a classificar os ativos em diferentes níveis de criticidade, permitindo uma gestão mais precisa e direcionada desses ativos dentro da organização.

Apresentação de novos equipamentos na fábrica
A elaboração da matriz de criticidade é um processo estruturado que envolve a avaliação e classificação dos equipamentos

Como classificar a criticidade de um equipamento?

A classificação de criticidade de equipamentos é um processo estratégico que requer uma análise abrangente, levando em consideração diversos fatores que podem ser essenciais para a sua empresa. 

Essa primeira avaliação busca identificar a importância e o impacto de cada equipamento nas operações de uma organização, fornecendo uma base sólida para a gestão de ativos e até entendendo alguns tipos de manutenção essenciais.

Primeiramente, é necessário estabelecer critérios e parâmetros específicos para essa classificação. Isso pode envolver uma avaliação detalhada da função do equipamento na produção, a frequência e a criticidade de sua utilização, além dos possíveis efeitos de uma falha e como isso impacta o seu negócio de forma geral. 

A análise de criticidade muitas vezes é realizada por meio de sistemas de pontuação ou matriz de classificação, onde os equipamentos são avaliados e classificados com base nos critérios estabelecidos. 

Equipamentos essenciais para a continuidade operacional, segurança ou produção podem ser designados como de alta criticidade, enquanto aqueles com menor impacto são classificados em níveis mais baixos.

Assim, a classificação de criticidade se torna uma ferramenta valiosa para a tomada de decisões estratégicas, orientando a gestão de ativos de forma a maximizar a eficiência operacional e reduzir potenciais impactos negativos decorrentes de falhas ou paradas não programadas.

Como elaborar uma matriz de criticidade? 

Elaborar esta matriz é um processo estruturado que envolve a avaliação e classificação de criticidade de equipamentos com base em critérios específicos. 

Abaixo, listamos um passo a passo para elaborar essa matriz:

Identificação de critérios relevantes

Defina os critérios que serão utilizados na análise de classificação de criticidade de equipamentos.

Isso pode incluir a função do equipamento na operação, impacto de falhas, frequência de uso, custos associados a falhas, entre outros. Os critérios devem ser relevantes para a operação e alinhados aos objetivos da empresa.

Atribuição de pesos e pontuações

Atribua pesos para cada critério de acordo com sua importância. 

Por exemplo, se a segurança é um fator crítico, pode-se atribuir um peso maior a esse critério. Em seguida, estabeleça uma escala de pontuação para cada critério, geralmente de 1 a 5 ou 1 a 10, para avaliar o desempenho do equipamento em cada aspecto.

Coleta de dados e avaliação dos equipamentos

Analise cada equipamento de acordo com os critérios definidos. 

Recolha informações, dados operacionais, histórico de manutenção e feedback dos usuários para avaliar o desempenho de cada equipamento em relação aos critérios estabelecidos.

Atribuição de classificação de criticidade

Calcule a pontuação ou nota de criticidade para cada equipamento, considerando os pesos e as pontuações atribuídas a cada critério. 

Equipamentos com pontuações mais altas serão considerados mais críticos para a operação.

Dois homens, vestindo EPIs, e analisando possíveis informações em um computador, que está na mão deles.
O grau de criticidade refere-se à classificação de um equipamento com base em sua importância e impacto nas operações

Criação da matriz de criticidade

Organize os equipamentos em uma matriz, onde o eixo horizontal representa a probabilidade de falha e o eixo vertical representa o impacto da falha. 

Classifique os equipamentos com base nessas duas dimensões, identificando os mais críticos (alta probabilidade e alto impacto) e os menos críticos (baixa probabilidade e baixo impacto).

Análise e decisões estratégicas

Utilize a matriz de criticidade como base para tomada de decisões estratégicas. 

Isso inclui priorização de investimentos, definição de planos de manutenção preventiva, alocação de recursos e gestão de riscos.

Como aplicar a matriz de classificação de criticidade de equipamentos?

A aplicação da matriz de criticidade de equipamentos é um processo estruturado que demanda passos claros e bem definidos. Começa pela identificação de critérios relevantes para a classificação dos equipamentos, como a função desempenhada, o potencial impacto de falhas, a frequência de uso e os custos associados a eventuais problemas. 

Em seguida, é fundamental atribuir pesos a cada um desses critérios e estabelecer uma escala de pontuação para avaliar o desempenho de cada equipamento de acordo com esses parâmetros. 

A análise dos equipamentos deve ser embasada em dados operacionais e no histórico de manutenção, o que permitirá atribuir uma pontuação de criticidade a cada um.

Como definir prioridades na manutenção de equipamentos?

Definir prioridades na manutenção de equipamentos envolve considerar diversos fatores para garantir a eficiência e a continuidade das operações. Até neste momento a classificação da criticidade de equipamentos é essencial.

Veja 05 etapas para realizar essas definições:

1. Classificação por criticidade

Utilize uma matriz de criticidade para identificar os equipamentos mais críticos para a operação. Concentre os esforços de manutenção nos equipamentos de alta criticidade.

2. Análise de falhas anteriores

Considere o histórico de falhas e manutenções anteriores para identificar equipamentos que têm maior propensão a problemas. Ações preventivas podem ser aplicadas a esses equipamentos.

3. Manutenção preditiva e preventiva

Adote estratégias de manutenção preditiva e preventiva para equipamentos críticos, programando inspeções e reparos antes que ocorram falhas.

4. Custos de manutenção

Analise os custos associados à manutenção de cada equipamento. Priorize equipamentos cujos custos de reparo sejam menores em relação ao impacto de uma falha na produção.

5. Disponibilidade de peças e recursos

Considere a disponibilidade de peças de reposição e recursos necessários para a manutenção. Equipamentos que exigem menos tempo ou recursos para reparos podem ser priorizados.

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